quarta-feira, 5 de março de 2008

LIVRO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO E A EDUCAÇÃO SUPERIOR

LIVRO MOVIMENTO ESTUDANTIL BRASILEIRO E A EDUCAÇÃO SUPERIOR

MICHEL ZAIDAN FILHO
E
 OTÁVIO LUIZ MACHADO 
 
(ORGANIZADORES). Recife: Editora Universitária da UFPE, 2007. 
 
 

SUMÁRIO

 
Prefácio 
................................... Edmilson Santos de Lima (Professor da UFPE). 
TRECHOS: “Ao ler os diversos textos/depoimentos, onde a emoção e saudade de um tempo marcante na vida de cada um dos depoentes, o leitor fará uma viagem a um período em que grandes conquistas foram obtidas através da mobilização estudantil”. 
 
 
Introdução
................................... Otávio Luiz Machado (Mestrando do PPGS/UFPE) e Michel Zaidan Filho (Professor da UFPE). 
TRECHOS: “O foco não é dado novamente aos fatos que foram tratados e retratados por uma pequena e insistente visão acerca dos movimentos estudantis brasileiros, que não ousaram ir além de outras questões, espaços e temporalidades”. 
 
 
PRIMEIRA PARTE: Universidade e seus movimentos 
 
Contexto do Nordeste do início dos anos 1960, a Sudene e a Escola de Engenharia da UFPE
................................... Tânia Bacelar (Professora da UFPE). 
TRECHOS: “Muitos engenheiros, depois famosos e respeitados, cursaram a tradicional Escola de Engenharia da UFPE nos anos aqui analisados. Vários foram bolsistas da Sudene. Competência, entusiasmo, compromisso em mudar o grave quadro social do Nordeste e em elevar o padrão tecnológico da economia regional eram marcas da juventude que freqüentava a famosa Escola de Engenharia e eram, também, marcas da primeira Sudene”. 
 
O contexto da Universidade do Recife do início dos anos 1960 até o golpe de 1964 ................................... Luiz Costa Lima (Professor da UERJ e PUC-RJ). 
TRECHOS: “Divergíamos quanto à concepção do intelectual. Para o MCP, assim como para o CPC da UNE, o intelectual era tido como guia das massas. (...) Como eu tinha aprendido, por meus anos na Espanha franquista, o que significava o dirigismo cultural e como pouco se distinguia do fascismo, participei de uma linha de resistência ao dirigismo oba-oba tanto do MCP, quanto do CPC da UNE”. 
 
O projeto de mudança social da geração dos anos 1960
................................... Jurandir Freire Costa (Professor da UERJ). 
TRECHOS: “Seja como for, considero que a tarefa de resistência a qual nos entregamos, com ou sem plena consciência do papel que desempenhávamos, alterou a forma tradicional que tinham as elites brasileiras de se relacionarem com o povo ou a noção de povo. Não sou historiador, mas penso que se tratou de um fenômeno político de proporção semelhante ao abolicionismo ou ao movimento pela instauração da República. Entenda-se bem, digo isto, do ponto de vista da modificação do olhar da elite em relação o resto da sociedade. Acho que os Diretórios acadêmicos, por extravagante e exagerado que possa parecer a alguns, cumpriram este papel. Depois daquela intensa, entusiástica e animada participação dos estudantes, a relação da elite com a sociedade mudou”
 
 

Memória do Movimento Estudantil no Brasil

................................... Lauro Morhy (Professor da UnB e Vice-Presidente do CNPq). 
TRECHOS: “O movimento estudantil era realmente pujante e pleno de idealismos. Gerava belos sonhos, impulsionado pelo entusiasmo e pelo vigor da juventude. Compunham o movimento vários grupos político-ideológicos de todos os matizes e também os estudantes independentes. Na verdade alguns desses independentes tendiam para a esquerda, e atuavam como “linha auxiliar” de grupos político-ideológicos organizados. Estes grupos geralmente atuavam clandestinamente, pois não era possível o seu registro como partido político. Mas eram eles que fermentavam toda aquela movimentação estudantil, por meio das suas lideranças. Entre esses grupos, havia o “pecebão” ou “partidão” - Partido Comunista Brasileiro PCB); o Partido Operário ou Política Operária (POLOP) e a Ação Popular (AP). A AP surgiu da fusão de uma corrente da Juventude Universitária Católica (JUC) com outro grupo que se chamava grupão. O grupão incluía estudantes independentes, alguns dos quais tinham ligações político-partidárias. Mas a característica comum dos que o compunham, era a tendência socialista, a busca por um novo socialismo, um socialismo brasileiro”.
 
Rebeldia, contestação e silêncio: o movimento estudantil em 1968
................................... Simone Tenório Rocha e Silva (Mestre pela UFPE). 
TRECHOS: “O AI-5 consolidou o poder dos grupos mais conservadores dentro das Forças Armadas, que viam o endurecimento como única fórmula para garantir o desenvolvimento do país dentro dos moldes desejados pelo grande capital internacional, associado à burguesia interna. A sociedade da ordem e do progresso parecia ter enfim triunfado sobre a sociedade da participação, onde o povo ganharia voz nas decisões políticas”.
 

Os estudantes, o problema universitário e a política nos anos de 1960

................................... Maria de Lourdes Fávero (Professora da UFRJ). 

TRECHOS: “A partir dos anos de 1950, entre outras questões levantadas e discutidas sobre o ensino universitário no país, podem ser destacados, no período de 1958 a 1968: o papel da universidade na sociedade brasileira, a busca da autonomia universitária, a estrutura organizacional das instituições universitárias, a cátedra como unidade básica da universidade, a insuficiência de recursos destinados ao ensino superior, o aumento de vagas nas instituições de ensino superior públicas e a conseqüente expansão de seus cursos. Mas um problema permanecia intocado: como reformar as universidades, partindo-se de escolas superiores isoladas e de universidades resultantes de mera justaposição de escolas, com os emperramentos e limitações decorrentes?”

 
SEGUNDA PARTE: estudantes e movimentos políticos 

Aspectos da participação dos comunistas no movimento estudantil de Pernambuco (1920-1964)

................................... Michel Zaidan (Professor da UFPE). 

TRECHOS: “O exemplo da participação dos comunistas e outros militantes políticos no movimento estudantil de Pernambuco revela como, seja pela radicalização de setores médios ou a ressocialização operada pelo aparelho escolar, como este movimento foi portador de uma alta produtividade histórica na geração de vocações públicas, empresariais e cívicas, bem como de lideranças sociais importantes para a vida do país”.

 
A Ação Popular no movimento universitário do Recife nos anos 1960: um simples depoimento
................................... Elimar Nascimento (Professor da UnB). 

TRECHOS: “Na verdade, em 1969 é todo o movimento estudantil que se arrefece e se radicaliza, com as ações armadas. As classes médias começam a voltar para a casa, encantadas com o milagre econômico que começa, enquanto as ações armadas de assalto à banco e seqüestro de embaixadores ganham destaques. Em 1969 ou 1970, participar de ações de protesto estudantil contra a Ditadura era uma temeridade, e poucos aceitavam este desafio. Com a morte dos principais líderes armados entre 1969 (Marighela) e 1971 (Lamarca), a esquerda urbana, e de classe média, era derrotada”.

 
 
O PCBR e os estudantes
................................... Jacob Gorender (São Paulo-SP). 

TRECHOS: O setor estudantil esteve muito presente no PCBR. O setor estudantil era numeroso em todas as organizações. Ou em quase todas. O certo é que a grande massa de militantes da luta armada daquela época era da classe média. Não eram exclusivamente operários. Aí a razão do grande número de estudantes, que são jovens e ainda estão adquirindo cultura. E isso então explica a presença excepcional deles. Mas não só estudantes como também de profissionais liberais. A classe operária tinha presença pequena número de operários mais muito poucos. Os operários não estavam convencidos”.

 
 
TERCEIRA PARTE: estudantes e a universidade 
 
 
Reflexões sobre a condição estudantil 
................................... Michel Thiollent (Professor da UFRJ). 

TRECHOS: “Aprende-se muito nas universidades, como também aprende-se muito fora delas, nas ruas, nas praças, no centro, na periferia, no campo, conversando com colegas ou pessoas das mais diversas condições. A vida coletiva dos estudantes em repúblicas constitui um momento-chave de maior abertura para o mundo. A nova geração não imitará a antiga. Só poderá criar formas de consciência, relacionamentos, tipos de trabalho intelectual ou de expressão cultural e artística que sejam apropriados ao atual contexto da vida universitária e voltados para os desafios, crises e rápidas evoluções da sociedade. As atividades intelectuais não se desenvolvem apenas como exigência curricular, mas como “projeto de vida”. Imagino que muitos estudantes de hoje, procurando promover formas de expressão cultural e dominar mecanismos da informação, poderiam, entre outros objetivos, pôr o seu conhecimento a serviço de iniciativas de cultura, formação e informação alternativas, em diversas áreas, sob forma de experimentações na vida social e cultural relacionadas com percepções do passado, do presente e com preocupações de futuro”.

 
 
A Universidade e as Repúblicas de estudantes: o caso de Coimbra, Portugal
................................... Aníbal Frias (Doutor pela Universidade de Paris X – Nanterre). P. 

TRECHOS: “As repúblicas de Coimbra são casas estudantis caracterizadas por um modo de vida comunitária, um investimento de seus membros na organização quotidiana e um espírito de fraternidade. Irredutíveis à função de "morar", elas se distinguem de outras residências universitárias mais convencionais. Ainda que existente em outros lugares, tal modelo possui uma singularidade devida às características sociais e históricas da Universidade e às marcas culturais da Academia[1] de Coimbra, onde as repúblicas se encontram inseridas. Este quadro abrangente, ao mesmo tempo institucional, territorial e social, se confunde com a Alta[2], espaço de evolução das repúblicas. Ele se encontra convertido pelo pesquisador em uma escala de observação dessas estruturas e de seus membros. Esta aproximação é completada pelo estudo da vida interna das casas comunitárias já que elas desfrutam de uma grande autonomia”.

 
A CIA e a Universidade Federal de Pernambuco
................................... Craig Hendricks (Professor do Long Beach City College). 

TRECHOS: “Acredito mesmo que deve ter havido um trabalho de inteligência levado a cabo por funcionários americanos no Recife, e no resto do Brasil – era um país de grande interesse para os americanos nos anos 70. Muito investimento americano, muitos receios sobre o Chile, e sobre outros lugares. Tenho certeza que o Brasil atraiu muita atenção do Departamento de Estado comandado por Henry Kissinger em 1973-1974.

O seqüestro de Elbrick, a relevância do Brasil para a política americana na América Latina, tudo tendia a focalizar a atenção nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos. A esquerda era fraca nos anos 70; e a ditadura era poderosa e a repressão intensa”.
 
Análise do discurso do novo movimento estudantil

................................... Luiz Carlos Pinto, Maurício Antunes Tavares e Otávio Luiz Machado (Pós-graduandos do PPGS/UFPE).

TRECHOS: “As expectativas com que nossa sociedade trata a juventude vem de uma visão nostálgica e romanceada da memória do passado. Nesta tarefa de buscar no passado um mapa para juventude atual acaba desfavorecendo uma rigor histórico, desconsiderando contextos e sujeitos. Como acontece com outras fases da vida – como infância, velhice, etc – a juventude é definida quase que exclusivamente a partir da idade biológica, ficando em segundo plano aspectos relacionados às experiências dos sujeitos reais. Assim, a divisão cronológica pura e simples do ciclo da vida, sem considerar as diferenças históricas, culturais, econômicas, sociais e étnicas entre os grupos etários, induz a homogeneização de conceitos teóricos absolutos e abstratos, projetados como totalidades sociais, embora distantes das experiências de vida dos grupos reais”.
 
 

Casas de estudantes e Educação Superior no Brasil: aspectos sociais e históricos

................................... Otávio Luiz Machado (Mestrando PPGS/UFPE).

TRECHOS: “No caso das “repúblicas”, a inserção do estudante neste grupo ocorre com a inculcação de valores como solidariedade, responsabilidade e autonomia. O capital econômico não é o que influencia geralmente o cotidiano das “repúblicas”, pois o capital cultural e social acumulado trocado ao longo de sua vida universitária é o que é decisivo. Nas repúblicas mais abertas não existem critérios sócio-econômicos na seleção das novas vagas ou na organização do ambiente do espaço da moradia. Diferentemente do que ocorre nas “repúblicas”, nos alojamentos e nas casas de estudantes universitários, o critério central para a entrada do estudante é ser oriundo de famílias de baixa renda. Assim, a contribuição de todos estes espaços universitários na formação educativa e a própria inclusão maior dos grupos de universitários na vida universitária, cremos que é uma problemática importante a ser estudada”.

 
QUARTA PARTE: Homenagens especiais
 
Três militantes da Escola de Engenharia de Pernambuco do período da ditadura militar brasileira
 
Cândido Pinto
................................... Nadja Brayner e Maria Brayner (Professoras aposentadas da UFPE). 

TRECHOS: “E de fato, eles nunca conseguiram destruir Cândido, porque são impossíveis de destruir a honestidade, a integridade, o sonho, a coragem e o amor à justiça e aos ideais de fraternidade. Na verdade, Cândido nunca se “colocou” como vítima. Não era do seu feitio lamentar-se, até porque se considerava, e com justa razão, um lutador, um combatente posto fora de combate temporariamente, mas nunca derrotado, nem destruído. E Cândido continuou a sua militância como referência expressiva de todos os combatentes e, depois, sobreviventes da esquerda. Continuou sempre lutando boas lutas, porque para ele o sonho não acabara, mas continuaria vivo enquanto existisse miséria, desigualdade e injustiça”.

 
Ruy Frasão Soares 
 
Ruy Frasão Soares: a militância na EEP
 
................................... Otávio Luiz Machado (Mestrando PPGS/UFPE). 

TRECHOS: “Ruy foi um apaixonado pela educação. Ainda em São Luís-MA, sua cidade natal, Ruy pôde manifestar publicamente suas idéias em jornais da cidade, como a situação dos professores da rede estadual. Ainda viveu o dilema de não poder cursar Engenharia por não dispor ainda aquele Estado um curso universitário pelo qual pretendia se ligar. O curso de Engenharia trazia nele todo um desejo de realização profissional. Era marcante nos anos 60, no curso de Engenharia, uma autoconcepção profissional que instigava uma intervenção social dos profissionais em áreas muito além da técnica que a acompanha. Ser engenheiro permitia tornar-se um profissional altamente ligado ao campo social e político da sociedade”.

 
 
30 anos sem Rui Frazão Soares?
................................... Célia Frazão Soares Linhares (Professora da UFF). 

TRECHOS: “Recordando o 27 de Maio de 1974, quando Rui foi de modo brutal preso e espancado publicamente na Feira de Petrolina, para em seguida ser algemado e jogado numa mala de carro, que representou o empurrão fatal para os subterrâneos da tortura, das violências mais inomináveis e da própria morte, com a ocultação de seu corpo, um longo inverno de sombras, desesperos e procuras se abteu sobre nós. Esse nós, além de estar carregado com a tragédia familiar de dimensões indizíveis, também se entrelaça, civicamente, com os destinos de nosso povo, a quem Rui e seus quase 500 companheiros de sonho de um Brasil livre e justo, tanto apostou política e existencialmente”.

 
Edinaldo Miranda 
 
Poema Os colares e as contas
................................... Marcelo Mário Melo (Jornalista da Fundaj). 
TRECHOS: “A esperança de um homem/ Também cansa./ E há aquele dia /Em que ele reúne as ruínas/E ensaia a retirada./Um misto de perfume e pólvora/Bafeja o colóquio/Do Rei Midas/Com o Rei Mídia/Ali onde vampiros erguem brindes/E urnas recolhem /Votos e mais votos”. 
 
O Movimento Estudantil e o PCB: um breve depoimento
................................... Airton Queiroz (Professor da UFF). 

TRECHOS: “E nós lutávamos para que as condições de estudos fossem as melhores possíveis. Uma das preocupações que nos levaram a muitos movimentos durante os anos 65, 66 e 67 foi a transferência forçada da Escola da Rua do Hospício – que ficava no centro da cidade – para a Várzea (...)E essa mudança foi feita na marra, porque o governo tinha interesse em afastar os estudantes, principalmente os estudantes que tinham aquele nível de participação política – como nós tínhamos –, para uma região bastante distante onde nós dificilmente teríamos condições de fazer as passeatas que costumávamos fazer. Assim não teria como influenciar o povo que passava nas pontes do Recife. Então nós fomos forçados – no meio do curso – a esta transferência lá do centro da cidade para aquela cidade afastada.

 

As novas esquerdas e o movimento estudantil no Brasil: 1961-1967

................................... Luís Antonio Groppo (Professor da Unisal-Piracicaba-SP).

TRECHOS: “Assim, apesar da diretoria da UNE eleita por este Congresso ainda estar sob a presidência da AP, tanto quanto no início da década de 1960, ela já não era mais ideologicamente a mesma. Primeiro, porque a própria AP se afastara do humanismo cristão de suas origens e se aproximava cada vez mais do maoísmo. Segundo, porque a UNE assistia à crescente influência de dissidências estudantis comunistas (as quais haviam se desligado do PCB [Partido Comunista Brasileiro] por considerarem-no moderado demais). Sob tais influências, e diante do marcante fracasso das esquerdas tradicionais em 1964, a UNE abraçava uma nova visão sobre a relação entre estudantes e classes trabalhadoras, abandonando aquele populismo de outrora. Tratava-se agora de defender a revolução protagonizada pelas classes trabalhadoras, como se viu na citação acima. Era a hora de abraçar de vez os ideais combativos das novas esquerdas. Junto com a insatisfação crescente das classes médias e as tendências cada vez mais autoritárias do Regime, estavam reunidos os ingredientes de uma mistura que se revelaria explosiva no ano seguinte, quando se deu o movimento de 1968 – marcante evento de contestação ao governo militar – e o ingresso do país nos tempos mais violentos da ditadura, os “Anos de Chumbo” (1969-1974).

 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Posfácio
................................... Alexandre Santos (Clube de Engenharia de Pernambuco) .

TRECHOS: O presente livro, oriundo do projeto “A Engenharia Nacional, os estudantes e a educação superior: a memória reabilitada (1930-1985)”, que foi idealizado pelo historiador Otávio Luiz Machado e possui como Coordenador Técnico o Professor Michel Zaidan Filho é um documento de fôlego, que lança luz sobre um período ainda pouco estudado da história do país. Divulga as angústias vividas pelos estudantes ávidos por participação na vida da nação, realçando a importância dos engenheiros e de outros profissionais para a construção da sociedade brasileira.

COMENTÁRIO SOBRE A OBRA

"O livro representa uma etapa importante que vai impulsionar outras aberturas e circulação de debates. É disto que se faz uma democracia. Além disso, entendo como fundamental olharmos com orgulho e dor o nosso passado, em que as perdas só se reparam quando as ressignificamos politicamente, como uma herança social, nutrindo narrações que possam ser apropriadas com o coração" (CÉLIA LINHARES, UFF).



[1] As palavras "Universidade" e "Academia" são freqüentemente empregadas como sinônimos; apesar disso, a segunda remete antes à vida social e cultural estudantil, organizada localmente em torno de uma associação, tal como a Associação Acadêmica de Coimbra (AAC).

[2] Sobre a Alta académica como espaço ritual e sensível, ver nossos estudos: Anibal Frias, "Espace rituel et territorialité sonore à l’Université de Coimbra (Portugal) ", Abel Kouvouama e Marie-Caroline Vanbremeersch (coords.), Lisières et espaces sensibles, Paris, L’Harmattan, 2002; e "Une introduction à la ville sensible", Recherches en Anthropologie au Portugal, MSH, Paris, n° 7, 2001, pp. 11-36.

Um comentário:

Hruschka disse...

ola como posso adquirir estes livros, desde já abrigado.