FONTE: http://www.ufmg.br/liberdade/naparededamemoria.htm
Gabriel Ferreira Braga
A pesquisa iconográfica e documental – sobre as ações do movimento estudantil da UFMG, durante o regime militar – encontrou algumas dificuldades que nortearam seu foco. Por se tratar de um passado próximo, espantou-nos que sua memória esteja diluída, dispersa, clandestina. Isso ocorre, de certa forma, pelo descaso de algumas entidades estudantis e, principalmente, pelas ações do regime militar, que fez desaparecer pessoas e documentos.
Na falta de uma memória organizada e que englobe as várias facetas desse movimento, nossa pesquisa baseou-se em alguns poucos acervos: o do próprio Projeto República; o da AESI; os dos D.A.s das faculdades de Engenharia, Direito e Educação; o do ex-reitor Eduardo Osório Cisalpino; e o do Teatro Universitário, dentre outros de grande valia. Quanto aos documentos, muitos não têm datação precisa e a maioria do corpus se referia aos anos 70.
Vale lembrar que o esquecimento é inerente à memória; que o tempo, como traça, esburaca. Finalmente, cabe dizer que, cientes de tudo isso, buscamos representar, na exposição, o maior número de aspectos possíveis do movimento estudantil, compreendendo manifestações de natureza política, cultural e festiva. Todos prontos? Submergir!
Gabriel Ferreira Braga
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