segunda-feira, 24 de março de 2008

FICHA DE LEITURA: VALLE, Maria Ribeiro do. 1968: O Diálogo é a Violência. Movimento Estudantil e Ditadura militar no Brasil.

VALLE, Maria Ribeiro do. 1968: O Diálogo é a Violência. Movimento Estudantil e Ditadura militar no Brasil. Campinas: Editora da Unicamp, 1999.


OBS: A Ficha de Leitura aqui da obra Maria Ribeiro do Valle foi retirada da sua dissertação de Mestrado. Chamamos a atenção que o livro acima citado traz maiores elementos da exposição da autora sobre o tema.



“68. Sob a égide da utopia revolucionária, o movimento estudantil explode em vários países. O clima é de ruptura e de combatividade. O espírito é o de luta. Encontramos algumas bandeiras comuns, mas em cada país, não podem ser desconsideradas as questões políticas locais. Nos EUA os estudantes revoltam-se diante da possibilidade de combater no Vietnã. Com a morte de Martins Luther King, em abril de 1968, os protestos do movimento negro atingem imensa proporção. Os estudantes e os negros – que na guerra representam o maior número de mortos – unem-se nas manifestações de rua”.



“O dado novo que emerge em 68 e, por isso, privilegiado nesta, será o fato do movimento estudantil partir para o confronto. As tendências esquerdistas, portadoras de suas reivindicações, estarão divididas, fundamentalmenbte, em relação às formas de utilização da violência. A análise da imprensa do movimento estudantil proporciona um rastreamento das definições e redefinições do seu papel, suas táticas e estratégias, a partir da própria dinâmica dos acontecimentos na conjuntura de 1968”.

2 comentários:

Lívia Moiteiro Caetano disse...

Poderia ter sido feito algum comentário a respeito da conclusão da autora (consta no final do livro), já que ela deixa clara a importância que teve os inquisidores atingirem o ME pela sua posição física: destruir o prédio da Maria Antônia e invadir o Congresso da UNE em Ibiúna.

Até onde sei essa é uma tese nova, normalmente na história da educação se considera o "esfriamento" do ME devido a algumas reivindicações atendidas para a reforma universitária, quando na realidade a violência física, a prisão de cerca de 800 estudantes e a destruição do prédio (que era o local físico de encontro dos estudantes) contribui para desestruturar o ME depois da morte de Edson Luís.

Paulo Falcão disse...

Deixo aqui o link para um esclarececor debate com Maria Ribeiro do Valle:
http://questoesrelevantes.wordpress.com/2014/01/31/sabe-com-quem-voce-esta-falando-debate-entre-a-ideologia-marxista-e-a-logica-liberal/