Apresentação
O que ficou de 1968?
Quarenta anos são passados e a discussão sobre 1968 continua viva. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, expôs enfático o ponto de vista da direita, disse que, com sua eleição, havia chegado a hora de enterrar definitivamente a herança de 1968. Da mesma forma como, aliás, a direita em todo mundo sempre proclama a necessidade de enterrar o Manifesto Comunista, Che Guevara e outros tantos símbolos vivos da luta libertária no mundo.
Mas se as comemorações realizadas no plano internacional mostram com clareza que a herança de 1968 está viva, cabe a pergunta: qual é essa herança afinal?
É muito raro Teoria e Debate publicar edições monotemáticas. Mas consideramos que desta vez vale a pena. Qual a incidência no mundo atual, em termos sociais, políticos, culturais e comportamentais, do legado de 1968? Esses são os temas que debatemos nesta edição especial. E, no caso do Brasil, onde em geral são muito lembradas as movimentações estudantis e um pouco as culturais e comportamentais, buscamos também dar o peso merecido às lutas operárias de Osasco (SP) e Contagem (MG), quase sempre esquecidas.
Sumário
Debate1968 na mira
Marcelo Ridenti
Mundo
Que anos foram aqueles?
Emir Sader
SociedadeLuta política e memória social
Jean Rodrigues Sales
Contagem
A história contada pelos protagonistas
Andréa Castello Branco
A cidade operária símbolo
Nilmário Miranda
Osasco
Movimento deixou raízes profundas
Marco Aurélio Weissheimer
Os mesmos ideais
Roque Aparecido da Silva
Movimento estudantil
A revolta mundial da juventude e o Brasil
Luís Antonio Groppo
UnB, o sonho
Paulo Speller
No Paraná, o ano que foi uma vida
José Carlos Zanetti
Música
Canção e poder: itinerários
Walnice Nogueira Galvão
Literatura
Ditadura e resistência na obra de Callado
Ligia Chiappini
Teatro
A força dos palcos
Izaías Almada
Cinema
A realidade brasileira na tela
Toni Venturi
Opinião
Distorções nas leituras de 1968
Alípio Freire
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