terça-feira, 13 de maio de 2008

Matéria FSP: Ano de 1968 foi marcado pela revolta estudantil no mundo; ouça professor

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30/04/2008 - 14h20
Ano de 1968 foi marcado pela revolta estudantil no mundo; ouça professor
da Folha Online
A importância do ano de 1968 não se restringe às manifestações estudantis ocorridas na França no mês de maio, mas se estende a revolta estudantil mundial que detonou no processo de renovação do movimento operário internacional.
As informações são de Ruy Braga, professor do Departamento de Sociologia da USP (Universidade de São Paulo). Braga explica que no México, nesta mesma época, aconteceu uma repressão brutal da polícia contra estudantes, que ficou conhecido como o massacre da praça Tlatelolco.
"O maio de 68, nos Estados Unidos, foi extremamente importante com uma associação do psicodelismo, dos hippies, a 'nova esquerda', o movimento negro e os festivais de rock", explica.
Na Alemanha houve uma grande mobilização estudantil em apoio ao Irã. Também ocorreu uma forte presença de estudantes na organização de passeatas e ocupações de universidades, em solidariedade ao vietnamitas e contra os Estados Unidos.
O professor da USP diz que maio de 1968 foi mais emblemático na França, onde estudantes da Universidade de Nanterre entraram em conflito com a reitoria por querer separar os alojamentos femininos dos masculinos. Alunos tentaram realizar um curso livre sobre a obra do psicanalista marxista Wilhelm Reich e isso também gerou discussões, que resultou em desalojamentos.
Ruy Braga diz que neste mesmo mês os estudantes franceses foram às ruas lutar contra a polícia nas barricadas e assumiram uma posição mais ativa, sendo reprimidos pelos policiais franceses.
No Brasil, um dos acontecimentos marcantes de 1968 foi a passeata dos Cem Mil, ato de protesto contra a ditadura militar, e a morte de Edson Luís de Lima Souto no restaurante do Calabouço, no Rio de Janeiro.
Segundo o professor, a característica que marcou este período foi o protesto estudantil generalizado contra as hierarquias tradicionais, cujos os elementos em comum eram a crítica ao colonialismo dos EUA e a solidariedade às lutas dos povos do Terceiro Mundo.

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