09/06/2009 - 17h53
Polícia joga novas bombas contra estudantes da USP; protesto pede retirada da PM
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
Policiais militares que tentam reprimir um protesto de estudantes da USP (Universidade de São Paulo) lançaram bombas de efeito moral contra os manifestantes, que bloquearam o acesso à universidade, por volta das 17h50. Ainda não há informações sobre feridos ou sobre quantos estudantes participam do protesto.
Segundo informações preliminares da reitoria da USP, os estudantes jogaram pedras e paus contra os PMs, que reagiram.
Os estudantes protestam contra a presença da Polícia Militar no campus da USP. Em resposta à permanência da PM, professores e alunos, que não haviam aderido à paralisação, decidiram entrar em greve na última quinta-feira.
Nesta terça, o governador José Serra (PSDB) afirmou que o governo cumpre uma ordem judicial e, por isso, mantém a PM na universidade. "A questão é a seguinte: o governo está cumprindo ordem judicial. A reitora pediu segurança e o governo não tem outra alternativa se não cumprir a ordem judicial dada por um juiz", disse.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) o portão 1 de acesso à USP --localizada na rua Alvarenga-- foi bloqueada pelos manifestantes, mas não há informações sobre quantos estudantes participam do ato.
Os manifestantes pedem a reabertura das negociações com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e a retirada da PM do campus da USP. Desde o dia 1º, policiais militares permanecem na USP para evitar que funcionários, em greve desde 5 de maio, bloqueiem a entrada de prédios, incluindo o da reitoria, impedindo a entrada dos que não apoiam a greve.
Os grevistas querem reajuste salarial de 16%, mais R$ 200 fixos, além do fim de processos administrativos contra servidores e alunos que participaram de greves anteriores.
As negociações entre o Cruesp e o Fórum das Seis --que representa funcionários, professores e estudantes das três universidades paulistas-- estão paradas desde 25 de maio.
Na ocasião, um grupo de estudantes invadiu a reitoria após os reitores impedirem parte dos alunos e um sindicalista de participar da reunião.
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