terça-feira, 16 de junho de 2009

*Congresso de Estudantes aprova criação de nova entidade estudantil*

FONTE: LISTA DE E-MAILS

*Congresso de Estudantes aprova criação de nova entidade estudantil*

Cerca de duas mil pessoas estiveram no campus da UFRJ no Fundão, no Rio de Janeiro neste feriado, 11 a 14 de junho. Elas participaram do Congresso Nacional de Estudantes, um congresso estudantil com representantes de todo o país. Durante o evento, os principais assuntos, polêmicas e rumos do movimento foram pauta dos debates. Também foi discutido um calendário nacional de lutas da juventude.A principal proposta, aprovada por ampla maioria, foi a fundação de uma nova entidade alternativa à UNE (União Nacional dos Estudantes), que se chamará Assembléia Nacional dos Estudantes Livre (ANEL). Os estudantes aprovaram a fundação da nova entidade, por discordarem dos rumos tomados pela UNE, entidade atrelada ao governo, considerada “marionete do governo Lula, defendendo os planos neoliberais dentro das escolas e universidades" pela estudante Clara, do DCE da UFRJ, na abertura do congresso.Entre os dois mil participantes, foram inscritos 1.350 delegados eleitos em universidades e escolas secundaristas de todas as regiões, além de 419 observadores e 199 pessoas como apoio, convidados e palestrantes. Ao todo, 16 teses foram apresentadas.O Congresso teve a participação, entre outros convidados, do intelectual Plínio de Arruda Sampaio e de Paulo de Tarso Venceslau, um dos organizadores do congresso da UNE de 1968, que terminou com a prisão de 800 estudantes pela ditadura.*A Luta na USP* - Gabriel Cassoni, do DCE da USP, falou logo em seguida sobre a mobilização que está enfrentando a tropa de choque na USP. “Em 2007 ocupamos a reitoria da USP e aquele movimento se espalhou por todo o país. Neste ano, novamente a USP se levanta e a tropa de choque invadiu a universidade como não ocorria há mais de 30 anos, desde a ditadura. Isso foi não só para calar a nossa luta, mas calar a luta do movimento estudantil nacional, para que não ocorra o que ocorreu em 2007”, disse. Ele finalizou com o chamado: “Façamos como em 2007, a luta da USP é a luta de todos nós”.José Vitório Zago falou em nome do Andes, ressaltando o papel da universidade nas mudanças da sociedade: “É preciso que a universidade seja uma alavanca, um instrumento de libertação da sociedade”. E apontou a direção desta transformação: “Acabar com o capitalismo é a tarefa para salvar a humanidade”.*Estudantes e trabalhadores -* A importância da unidade das lutas dos estudantes e da classe trabalhadora esteve presente em todo o evento. Hebert Claros, do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, falou sobre os efeitos da crise sobre os trabalhadores e a juventude e sobre a necessidade de unir esses dois setores nas mobilizações. Falou sobre os jovens que também são trabalhadores: “sabemos da dificuldade do jovem para arrumar emprego por não ter experiência, sabemos a precarização do salário que é pago ao trabalhador jovem. Cerca de 70% da mão-de-obra da Embraer é jovem. São jovens já superexplorados, que já têm tendinite e problemas na coluna. E é assim em outras fábricas. Boa parte da nova diretoria do sindicato é jovem e reflete esta realidade do mercado de trabalho”. Ele falou ainda sobre a campanha pela reestatização da Embraer e sobre o apoio à mobilização da USP, afirmando que ambas as lutas são de todos, trabalhadores e juventude.Zé Maria falou em nome da Conlutas, apontando o problema da crise econômica, suas consequências e as tarefas colocadas diante dela. “É um desafio para a juventude brasileira desencadear um processo de lutas, junto com os trabalhadores, não só contra as consequências desta crise, mas pelo enterro da sociedade capitalista”. Ele também falou sobre a proposta de fundação de uma nova entidade, que será debatida durante o Congresso: “Aqui os estudantes estão discutindo a construção de uma entidade para reunir a juventude brasileira e unir a luta da juventude á da classe trabalhadora deste país. E este desafio é enorme, pois os estudantes e os trabalhadores devem fazer mais do que aqueles que lutavam há anos atrás. Faço um chamado para que possamos fazer deste congresso um momento importangte de construção dessa organização e, mais que isso, de construção da unidade das lutas sempre que a gente enfrente as mesmas causas, uma unidade que construa uma nova sociedade, uma sociedade socialista”, finalizou.*Apoio aos estudantes do Haiti -* A Conlutas distribiu um panfleto no Congresso vinculando as lutas dos estudantes da USP e do Haiti que recentemente foram reprimidos pelas tropas da ONU ferindo vários deles. A Conlutas fez um chamado para que o pelnário aprovasse o apoio a essas lutas.Para maiores informações:Leandro Soto – (11) – 8822 3234

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