FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u413812.shtml
18/06/2008 - 21h06
Professores e estudantes protestam contra lei da educação no Chile
da Folha Online
Professores e estudantes chilenos realizaram nesta quarta-feira mais uma manifestação para protestar contra a Lei da Educação que tramita no Congresso. Os manifestantes entraram em confronto com a polícia, que tentou dispersar os protestos.
A jornada de protestos foi uma das mais ativas das últimas semanas no Chile, onde há mais de um mês estudantes e professores se manifestam contra a nova lei.
Carlos Vera/Reuters
Manifestante lança contra canhão de água da polícia durante protesto em Santiago
A manifestação desta quarta-feira foi organizada em duas frentes --em Santiago e no porto vizinho de Valparaíso, onde fica a sede do Congresso chileno, que nesta quarta deu início às discussões do projeto de lei, cujo trâmite parlamentar foi acelerado pelo governo.
Em Santiago, cerca de 2.000 estudantes protestaram pelas principais ruas da capital. Em alguns pontos do trajeto houve enfrentamentos com a polícia, que tentou acabar com a manifestação, não autorizada.
A polícia usou bombas de gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar os estudantes, que por sua vez repeliram os ataques com pedras e pedaços de pau. Os distúrbios acabaram com a prisão de 292 pessoas, segundo o último boletim policial.
Em Valparaíso, 10 mil professores e estudantes protestaram em frente ao Congresso, enquanto a discussão do polêmico projeto de lei --que deve ser votado na quinta-feira-- começava com atraso. A manifestação nessa cidade aconteceu de forma pacífica.
Geraldo Caso/Efe
Policial lança bomba de gás lacrimogênio durante protesto contra reformas estudantis
"É uma expressão de massa extraordinária para mandar um sinal ao Parlamento, para que aja em sintonia com o povo", disse o presidente nacional do Colégio de Professores, Jaime Gajardo.
Vários deputados governistas se declararam contra a lei e alguns participaram dos protestos.
Professores e alunos rejeitam a Lei Geral de Educação (LGE), que substituiria a Lei Orgânica Constitucional de Educação (Loce), herança do regime de Pinochet.
Entre outros pontos, a LGE regula direitos e deveres dos integrantes de colégios públicos e privados e fixa requisitos mínimos que deverão ser exigidos em cada um dos níveis do sistema educacional.
Com France Presse
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