RAMALHO, Braulio. Foi assim. O movimento estudantil no Ceará (1928-1968). Rio de Janeiro-São Paulo-Fortaleza: ABC Editora, 2002.
p. 15
“A exemplo do que ocorreu em todo o Brasil, o Movimento Estudantil (ME) no Ceará teve uma participação significativa nas lutas populares e democráticas. Em alguns casos, empunhou de forma pioneira bandeiras de luta que seriam encampadas nacionalmente pelo ME.
Em relação à história recente, mais precisamente ao período 64-68, o ME universitário do Ceará desempenhou um papel de destaque na denúncia e resistência ao autoritarismo, ao mesmo tempo em que pugnava pela reconstrução e democratização da própria universidade. A história do ME cearense, nesse período, a par de se vincular e interagir com o ME nacional, tem características e peculiaridades próprias. Este livro procura contribuir para clarificar algumas especificidades do movimento em nosso Estado.
Dividido em duas partes, no primeiro momento caracteriza-se pelo resgate da história do ME cearense, desde seus primórdios, no final da década de 20, até a promulgação pelo governo militar do Ato Institucional nº 5, em 13 de dezembro de 1968. Em seguida, volta-se para a análise da forma como se gestou no pós-64, a resistência dos universitários cearenses ao autoritarismo e à luta pela redemocratização da sociedade. Direciona-se ainda pra explicitar as relações das principais correntes políticas que atuavam, à época, no ME cearense. Relações contraditórias e mutáveis, não só das tendências (comunistas, trotskistas e apistas) entre si, mas dessas com o conjunto dos universitários do Estado. Por último, concorre para desvelar as razões da hegemonia do PC do B no ME cearense, acontecimento atípico em relação ao restante do país”.
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