FONTE: Folha de S. Paulo
18/04/2008 - 20h10
Reitor temporário da UnB defende diálogo com alunos e eleições paritárias
RENATA GIRALDIda Folha Online, em Brasília
O fim de 15 dias da ocupação estudantes do prédio da reitoria da UnB (Universidade de Brasília) foi marcado por uma faxina e promessas de uma relação amistosa entre o reitor temporário da instituição, Roberto Aguiar, e os alunos. Na presença dos estudantes, Aguiar disse que vai preparar o ambiente na universidade para a realização de eleições. O reitor disse que é favorável à eleição paritária --cujo voto de alunos, professores e servidores tem o mesmo peso.
"Eu sou favorável há muito tempo [às eleições paritárias]", afirmou Aguiar, em entrevista coletiva, referindo-se à principal reivindicação dos estudantes que é a definição de mesmo peso para os votos nas eleições na universidade.
Mas cabe ao Conselho Universitário da UnB aprovar se as eleições devem ou não ser paritárias. Uma comissão, formada por estudantes, professores e servidores, analisará o assunto para colocá-lo em discussão no conselho em data a ser marcada.
A assessoria de imprensa da UnB informou que nas 43 universidades federais, 23 realizam eleições paritárias. Os estudantes aguardam que o Conselho Universitário aprove a paridade e que, ainda este ano, ocorram as eleições para reitor já seguindo o novo sistema.
Nesta sexta-feira, Aguiar demonstrou que vai trabalhar nos 180 dias de seu mandato empenhado em manter um bom relacionamento com os estudantes. Ele acompanhou os alunos na vistoria feita pelo prédio da reitoria, quando foram identificadas portas quebradas, inclusive a que dá entrada ao gabinete do reitor.
Antes, os estudantes fizeram uma faxina no edifício da reitoria, limpando chão e paredes. Ao final, prometeram ao reitor que vão pagar os estragos ocorridos durante a ocupação.
Apelos
Aguiar elogiou o movimento dos alunos, que acabou pressionando pela saída de Timothy Mulholland, ex-reitor da UnB, e sua equipe. "Vocês deram uma lição de grandeza, vamos brigar juntos. Gostaria que vocês me desejassem sorte, pois estou pegando uma universidade cheia de problemas", disse ele.
Para a próxima semana, Aguiar pretende fechar sua equipe. Ele precisa escolher os nomes do vice-reitor e quatro decanos. No começo desta semana, ele admitiu ter dificuldades em conseguir convencer seus convidados, uma vez que sua gestão será de, no máximo, seis meses.
Segundo o reitor, sua agenda de trabalho inclui uma audiência seguida da outra. Ele disse que quer ouvir servidores de todas as áreas, professores e estudantes para buscar solução para os problemas mais urgentes.
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