Juventude em Debate. Organizado por Helena Wendel Abramo, Maria Virgínia de Freitas, Marília Spósito. São Paulo: Cortez, 2000.
p. 8
“Após um período de latência, o tema da juventude tem sido retomado nos últimos anos, aglutinando os interesses de diversos atores sociais: intelectuais, pesquisadores, educadores, governantes, entre outros. Há algumas décadas os jovens já vinham sendo objeto das atenções nos meios de comunicação de massa, ocupando os noticiários quer sob a forma de mercado potencial de consumidores a ser conquistado, quer nas páginas policiais como protagonistas da escalada da violência nas grandes cidades brasileiras. Que esses veículos contribuíram para trazer à arena pública o tema da juventude é inegável , no entanto, também propiciaram o surgimento de vários estereótipos sobre uma pretensa condição juvenil, homogênea e com características universais, que atingiria de igual modo a todos os jovens.
Mas, apesar de ainda iniciais e fragmentadas, vêm-se constituindo no Brasil tentativas de compreender melhor o que se passa com os nossos jovens , para além de certo senso comum, disseminado com muita força na nossa opinião pública, que toma os jovens como os principais causadores da violência, ameaçados continuamente pelo fantasma das drogas, irremediavelmente individualistas, apáticos, consumidores vorazes de produtos ou mercadorias inúteis e desinteressados das questões públicas”.
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