FONTE: http://www.revistaviracao.org.br/juventude/?cid=38¬Id=199
Juventudes brasileira presente!
Camila Florêncio28/04/2008
Mesa redondas, discussões, troca de experiências, descontração, atrações culturais, informação, e muito e trabalho. Assim está sendo a 1ª Conferência Nacional de Políticas para a Juventude, onde se faz presente não “a juventude”, mas “as juventudes brasileira”, e que não deixam a peteca cair! Já no segundo dia rolaram 22 grupos de trabalho temáticos, onde ao final dos trabalhos os grupos devem chegar a quatro propostas prioritárias e mais duas relativas a outros temas que se relacionam com a temática do GT. Então a galera da Vira que está cobrindo a conferência foi dar um pulo nesses grupos pra saber o que tá rolando e onde a coisa tá pegando. Além dos GT´s de educação, política e participação, cultura, trabalho, entre outros, percebemos que alguns grupos tratavam justamente dessa diversidade que caracteriza esta conferência e suas respectivas bandeiras.
No Grupo de Trabalho Jovens com deficiência, Denise Alves da Secretaria de Educação Especial do MEC, fez uma apresentação da política Nacional da educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Denise fala da importância de ampliar os espaços acessíveis para todas as pessoas com condições de participação e aprendizado, e mostrou metas de desenvolvimento da educação que colocam a região Norte e Nordeste com prioritárias pelo baixo nível de qualidade e acesso à educação. Logo após esta explanação, se abriu para debate onde as/os participantes colocaram seus pontos de vista e fizeram uma crítica a essa inclusão, que muitas vezes não trabalha com os diversos tipos de deficiência e que ainda há o despreparo de alguns espaços para receberem esta população, mas que quando se começa a vivenciar a inclusão todas as pessoas ganham.
Já no grupo de Jovens Mulheres o debate ferveu quando a facilitadora Andréa do Coturno de Vênus defendeu como proposta imprescindível a descriminalização e legalização do aborto principalmente quando se trata de liberdade das mulheres, e então perguntou se existia alguém contra esta proposta... Bom, já dá pra imaginar né galera?! DEBATE!!! Mas não foi qualquer debate, logo se notou que as pessoas já tinham um bom acúmulo dessa discussão e concordaram em muitos pontos. O que está em questão não é apenas o direito da mulher sobre seu corpo, mas que ele é uma conseqüência de vários problemas, como falta de uma educação que trabalhe com a sexualidade, uma política de planejamento familiar que não atinge todas e todos, valores morais e religiosos que oprimem as mulheres... E que esta legalização deve ser acompanhada de uma política pública forte que tente suprir esses problemas e também trazer aconselhamentos para as mulheres que decidam abortar fornecendo subsídios para ajudá-la a tomar a decisão e acompanhamento psicológico. “O aborto não vai aparecer com a legalização, por que ele já existe” diz Andrea. “O que se quer é o reconhecimento do aborto como um problema de saúde pública, e que o mesmo está inserido dentro de um contexto dos direitos sexuais e reprodutivos”, disse Lis Pazine da Themis.
E no grupo Cidadania GLBTT um dos pontos de discussão foi em torno da homofobia e os diversos espaços e formas em que ela atua. “A prioridade é combater a homofobia na escola, pois quando o jovem começa a assumir sua orientação sexual neste ambiente, é vítima de homofobia principalmente por parte dos garotos, e a direção e professores muitas vezes são omissos, e preferem esconder. A escola é a principal ferramenta do Estado para se reproduzir, e é ai que temos que trabalhar.” Diz Deco Ribeiro de São Paulo. O grupo defende que o combate a homofobia tem que ser uma política pública de Estado, e tem que se ter um cuidado com a juventude por estar nessa fase de descoberta e de auto-afirmação. “
terça-feira, 29 de abril de 2008
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