quarta-feira, 2 de abril de 2008

FICHA DE LEITURA DO LIVRO CULTURAS DA REBELDIA: A JUVENTUDE EM QUESTÃO

CARMO, P. S. CULTURAS DA REBELDIA: A JUVENTUDE EM QUESTÃO. 2ª ed. São Paulo: Editora Senac, 2000.

p. 10


“É por isso que o tema da juventude vem despertando grande atenção. As reflexões sobre o “jovem” e suas manifestações específicas intensificaram-se na década de 50 do século XX. Tal destaque se deve à sua relativa autonomia em relação aos pais, ao alongamento do período escolar e ao adiamento da entrada para a vida adulta e o mundo do emprego. O segmento juvenil vem se tornando cada vez mais objeto de investigação, de estudos e de interesse social” (p. 10).

p. 11

“A década de 50 é colocada como marco inicial desta apresentação. A aceleração de muitas transformações ocorridas no pós-guerra, de forma direta e indireta, ainda ressoa em nossos dias. É o caso da filosofia existencialista francesa, do movimento dos poetas e escritores da chamada geração beat e o surgimento do rock´n´roll americano. No plano político, a Revolução Cubana propagou idéias e atitudes dos revolucionários, em especial Che Guevara, na juventude estudantil de todo o Ocidente” (p. 11).


p. 18

“Quanto ao futuro, muitos pais sonhavam: “Filho meu vai ser engenheiro, médico ou funcionário do Banco do Brasil”.

p. 25

“Após a Segunda Guerra Mundial, um grupo de filósofos franceses refletia sobre a angústia da existência humana. O impacto da experiência traumática das guerras mundiais havia gerado ampla discussão entre alguns intelectuais, e se tornara moda particularmente entre os jovens. Tratava-se do existencialismo. Seu papa, Jean-Paul Sartre (1905-1980).
Descrente da capacidade de a humanidade solucionar racionalmente seus problemas, a juventude do pós-guerra se via tomada por uma sensação de desanimo e desespero. Isso porém não resultava em inatividade absoluta. Os existencialistas, ateus, deram a essa juventude novas formas de pensar o mundo, a partir do pressuposto de que existir já é um enorme absurdo.
O primeiro objeto de reflexão filosófica dessa doutrina é o homem, não na sua essência ou no mundo das idéias, mas na sua existência concreta. Os filósofos afirmam que somos os arquitetos de nossas vidas, os cons-...

p. 26

... ...-trutores de nosso próprio destino, embora submetidos a limitações reais do dia-a-dia. Numa espécie de inversão da proposição de Descartes (Penso, logo existo), o núcleo seria “existo, logo penso”. Paralelamente procuram desvendar o mundo interior do ser humano, a solidão, o sentimento de revolta”.

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