quarta-feira, 2 de abril de 2008

FICHA DE LEITURA DO LIVRO Autogestão universidade e movimento estudantil.

GROPPO, Luis Antônio. Autogestão universidade e movimento estudantil. Campinas: Autores Associados, 2006.

p. 27

“A autogestão só vai aparecer realmente com força no contexto da universidade, para além da idéia de autonomia e co-gestão, quando a massificação também a atingir. Só quando for empenhada como bandeira por uma massa de estudantes advindos de outras categorias sociais, não apenas das elites e altas camadas médias – reforçando o aspecto da autogestão como uma vontade que sobrevive não apenas de modo subterrâneo , emergindo às vezes na história, mas como uma vontade que tem caráter “popular””.


p. 32

“Os movimentos estudantis dos anos de 1960, conforme o momento e o local onde se deram, foram expressões em modulações diversas dessas crises, por meio de demandas como a politização da vida universitária, propostas de co-gestão e autogestão , idéias do “poder estudantil” e práticas da universidade crítica. Passando pela crise da hegemonia da instituição universitária, concomitantemente à denúncia de sua funcionalização, mas passando logo da defesa de sua autonomia diante dos poderes político e econômico para a denúncia do seu falso isolamento, defendendo uma participação social progressista da universidade (algo expresso também por Darcy Ribeiro, 1975).
Assim , é possível dizer que a contestacao da universidade pelo movimento estudantil começa com a imersao desse movimento na crise da hegemonia da instituição , questão que nascera bem antes dos anos de 1960 (e, como as demais crises, não foi ainda resolvida, sendo tão-somente estendida no espaçoi e no tempo pelos mecanismos de dispersão constantemente usados pelas várias “reformas” universitárias)”.


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