quarta-feira, 13 de maio de 2009

A América Latina e os desafios da globalização: ensaios dedicados a Ruy Mauro MariniEmir Sader e Theotonio dos Santos (coord.);

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A América Latina e os desafios da globalização: ensaios dedicados a Ruy Mauro MariniEmir Sader e Theotonio dos Santos (coord.);

A América Latina e os desafios da globalização: ensaios dedicados a Ruy Mauro MariniEmir Sader e Theotonio dos Santos (coord.); Carlos Eduardo Martins e Adrián Sotelo Valencia (orgs.)
Considerado um pilar da construção do pensamento marxista não só no Brasil mas em toda a América Latina, paradoxalmente, o legado de Ruy Mauro Marini é pouco conhecido no País. A América Latina e os desafios da globalização: ensaios dedicados a Ruy Mauro Marini reúne dezesseis ensaios de intelectuais consagrados, dedicados ao legado do pensador brasileiro, produzidos nos dez anos de sua morte.Para Theotonio dos Santos, identificado ao lado de Marini e Vânia Bambirra como a corrente da “teoria da dependência”, a vida de Marini como militante clandestino, exilado e revolucionário, “só podia ser uma incômoda presença em nosso país”. No momento em que a emergência de crises agudas coloca em cheque os preceitos neoliberais, a homenagem a Marini cumpre um duplo objetivo – ao mesmo tempo em que busca corrigir a pouca difusão de sua obra no Brasil, retoma a avaliação sobre a produção teórica latino-americana desde os anos 1920, dialogando com os desafios que se apresentam no horizonte. Dividido em quatro partes, os ensaios de América Latina e os desafios da globalização retomam o aspecto político e militante das obras de Marini, os debates sobre as tendências do sistema e da economia mundial, a articulação entre a acumulação de capital e o trabalho, e o pensamento social latino-americano. Ao mesmo tempo em que recuperam a análise crítica sobre a produção teórica na região, os autores retomam, sob a conjuntura contemporânea, os conceitos e temas desenvolvidos por Marini. Para ele, as transformações socialistas não foram derrotadas com a emergência do neoliberalismo. Ao contrário, os projetos revolucionários devem emergir renovados para combater a intensificação contínua da superexploração e da exclusão interna. A avaliação de Marini é um contraponto poderoso a incredulidade disseminada junto aos parâmetros capitalistas. Suas obras dialogam com uma geração para a qual o socialismo se apresentava como uma tarefa imediata e emergia como uma transformação necessária e realizável.Os textos resgatam a reflexão sobre a conjuntura latino-americana, seus aspectos de construção social específica, e sua inserção num contexto amplo do desenvolvimento histórico da humanidade. Marini busca suas raízes em Karl Marx, Lenin, Rosa Luxembrugo e Leon Trostski para repensar a produção social da América Latina, num tempo em que a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) postulava uma linha desenvolvimentista para a região.Suas contribuições não foram poucas – a teoria da dependência, os conceitos de sub-imperialismo, superexploração do trabalho e inúmeras reflexões sobre modelos participativos de decisão são alguns dos legados deixados por Marini, que estão presentes no debate sobre os desafios sociais de nosso tempo.Trecho da apresentação de Carlos Eduardo Martins e Adrián Sotelo ValenciaA restrição à obra de Ruy Mauro Marini no Brasil e seu paradoxal desconhecimento por parte dos brasileiros têm três raízes. A primeira, o golpe militar de 1964, que o levou ao exílio no Chile e no México, antes que desenvolvesse grande parte de sua obra. O golpe apartou o país do enfoque latino-americanista que marcou as ciências sociais da região nos anos 1960-1970. A segunda, a ofensiva da Fundação Ford voltada para a construção de uma comunidade acadêmica liberal capaz de gerenciar o capitalismo brasileiro em marcos democráticos, uma vez terminada a ditadura. A terceira se refere à ofensiva neoliberal empreendida na região ao longo dos anos 1990, estimulada pelo consenso de Washington e pela crise das universidades públicas, o que sujeitou a intelectualidade a pressões externas. Entretanto, a crise de legitimidade do neoliberalismo potencializa a abertura de novos espaços. --
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