terça-feira, 19 de maio de 2009

número especial da Revista Histedbr On line desenvolvido em conjunto pelos grupos de estudos e pesquisa "História, Trabalho e Educação"


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Número especial da Revista Histedbr On line desenvolvido em conjunto pelos grupos de estudos e pesquisa "História, Trabalho e Educação"

Grupos.com.br

Caros colegas,
É com imenso prazer que divulgamos o lançamento do número especial da Revista Histedbr On line desenvolvido em conjunto pelos grupos de estudos e pesquisa "História, Trabalho e Educação" vinculado ao Histedbr e a "Rede de Estudos do Trabalho" coordenada pelo Professor Giovanni Alves. Enviamos abaixo o editorial e a relação dos artigos, convidando-os à leitura e solicitando a divulgação da revista.
O endereço eletrônico da revista é
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/33esp/index.html
Abraços a todos
Carlos Lucena
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          Editorial
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Este número especial da Revista Histedbr On Line – Globalização, Trabalho e Educação –  representa um esforço conjunto do Grupo de Trabalho “História, Trabalho e Educação” do Histedbr e a Rede de Estudos do Trabalho - RET. Este estudo problematiza a globalização e seus impactos econômicos, políticos e sociais nas últimas décadas. Percebemos um processo contraditório em curso em que a precariedade convive com a alternativa e as utopias persistem perante a desilusão e a falta de esperança.
Problematizar estes impactos articulados à formação humana é o desafio apresentado aos grupos de investigação que aqui socializam os resultados de suas pesquisas e reflexões, tendo como eixo articulador a crítica contundente às iniciativas voltadas à reprodução do capital. É assim que apresentamos um conjunto de artigos, documentos, resenhas e resumos de dissertação que contribuem para essa discussão, debatendo os processos perversos materializados na exploração do homem pelo homem.
Adrián Sotelo V. aponta os conceitos fundamentais do modo de produção capitalista a partir de O Capital de Karl Marx. Parte-se da premissa que há em O Capital uma unidade lógica, senão dialética, para compreender suas categorias, conceitos e suas leis fundamentais, para relacioná-las com o processo histórico-social do modo de produção capitalista. Francisco Luiz Corsi e Giovanni Alves analisam a crise financeira global de 2008, salientando que o desabamento dos mercados financeiros explicitou a natureza contraditória do sistema mundial do capital sob a predominância da financeirização da riqueza capitalista. Ariovaldo Santos e Elsio Lenardão debatem o movimento de expansão do capital e os processos de dominação política e econômica presentes na sociedade capitalista. Francisco Máuri de Carvalho Freitas em “Imperialismo e e ducação”demonstra a contribuição de Lenin para a análise do imperialismo e sua atualidade para a análise do capitalismo monopolista. Ricardo Lara, Márcio Lupatini e Ellen Lucy Tristão apresentam a concepção pós-moderna como arma contra-revolucionária da burguesia em sua defesa de uma sociedade regida pela lógica do capital financeiro.
Fabiane Santana Previtalli e Maria Vieira Silva analisam a relação trabalho e educação, problematizando as diferentes dimensões entre organização e controle do trabalho, capacitação e qualificação profissional. Marcos Cassin e Monica Fernanda Botiglieri debatem as relações entre Trabalho e Educação nas transformações históricas da organização do trabalho e as exigências desta na organização da educação para o trabalho e para a manutenção das relações de produção. José dos Santos Souza demonstra a ação da Central Única dos Trabalhadores e suas proposições para a formação dos trabalhadores, com o objetivo de verificar se ocorre uma ação consciente de disputa de hegemonia ou uma espécie de consentimento ativo diante da reformas educacionais demandadas pela atual recomposição do capitalismo. Carlos Lucena, Robson Luiz de França e Gabriel Humberto Muñoz Palafox debatem as políticas públicas voltadas para a formação profissional no Brasil. Problematizam a dialética entre o trabalho, a formação humana e os complexos processos sociais presentes nas dimensões econômica, política e social que se materializam através da divisão internacional do trabalho. Roberto Leme Batista e Renan Araújo analisam a ideologia da nova educação profissional no Brasil, presente em diversos documentos oficiais que consolidam a legislação da educação e a nova institucionalidade da educação profissional, apresentando as competências como requisitos exigidos da força de trabalho em uma espécie de "consenso nacional".
Antonio Bosco de Lima, Mara Rúbia Alves Marques e Sarita Medina Silva debatem a qualidade da educação em um processo de reestruturação do capital orientado pelos pressupostos do Banco Mundial. Celso João Ferretti, Fernando Casadei Salles e Jorge Luis Cammarano González discutem as relações entre globalização, trabalho e formação humana, problematizando as mudanças no capitalismo e suas mediações com a prática escolar.
Maria de Fátima Rodrigues Pereira e Elza Margarida de Mendonça Peixoto analisam a formação de professores relacionada ao conjunto das reformas curriculares, das políticas de avaliação, das de financiamento produzidas no contexto histórico da reorganização produtiva do capital monopolista. Edinéia Fátima Navarro Chilante e Amélia Kimiko Noma problematizam a função de reparação da dívida social atribuída à Educação de Jovens e Adultos (EJA) pelo Parecer CNE/CEB 11/2000 e pela Resolução CNE/CEB 1/2000.
Ana Elizabeth Santos Alves e José José Rubens Mascarenhas de Almeida analisam o trabalho informal e a sua funcionalidade para a acumulação do capital nas feiras livres das zonas urbanas das cidades como exemplo de espaço que estampa de forma bem evidente a precarização do trabalho, o desemprego “oculto” e o comércio. Edson Caetano e Camila Emanuella Pereira Neves debatem a trajetória das mulheres no exercício do magistério relacionando-a com o mundo do trabalho e, assim, ampliar os olhares sobre a constituição da profissão docente. Luiz Bezerra Neto, Eduardo Pinto, Cristina Bezerra dos Santos Bezerra e Silva e Tammy Ticiane Locali discutem o trabalho infantil no setor de semi-jóias no município de Limeira.
Giane Maria de Souza e Teresinha de Fátima Nunes debatem o processo de ocupação e recuperação das fábricas comandadas por trabalhadores na América Latina – Argentina, Brasil, Bolívia, Uruguai e Venezuela – a partir do Encontro Pan-americano em Defesa do Emprego, dos Direitos, da Reforma Agrária e do Parque Fabril, realizado em Joinville (SC) no ano de 2006.
Apresentamos o documento histórico denominado “Livro de costura singer”: Fonte documental para os estudos sobre trabalho e gênero.” Recuperado por Ana Elizabeth Santos Alves e Tânia Rocha Andrade Cunha.
Cláudia Maria Moraes Mariano desenvolve resenha do livro de “Ricardo Antunes. O caracol e sua Concha: ensaios sobre a nova morfologia do trabalho, São Paulo: Boitempo, 2005. Neide de Almeida Lança Galvão Favaro e Michelle Fernandes Lima resenham o livro de Newton Duarte. Sociedade do conhecimento ou sociedade das ilusões?: quatro ensaios crítico-dialéticos em filosofia da educação. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
Ressaltamos também os resumos de dissertação de mestrado de Aline Barbosa Miranda, Polyana Imolesi Silveira França, Jane Maria dos Santos, Brígida Maria Pimenta Carvalho e Maria de Lurdes Almeida e Silva Lucena.
Esperamos que as reflexões aqui apresentadas contribuam para a problematização das relações entre a globalização, o trabalho e a formação dos trabalhadores.
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Carlos Lucena
Robson Luiz de França
Fabiane Santana Previtalli

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