segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Sindicalismo em debate na UFPA

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23/10/2008 - Sindicalismo em debate na UFPA
O ato político-cultural realizado ontem na UFPA levantou a temática sobre a necessidade de defesa de um sindicalismo autônomo e democrático, com palestra ministrada pelo professor Edmundo Dias, da Unicamp. Segundo diretoria da Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa), o objetivo do ato foi chamar a atenção da comunidade acadêmica para as atividades autoritárias do executivo federal, que tem criado obstáculos para a manutenção do registro sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e tem incentivado a divisão do movimento sindical docente, com a criação de um sindicato paralelo, aliado à CUT e atrelado ao governo.
O Andes-Sn representava a Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), fundada em 1981, em Campinas (SP). Segundo Dias, na décad de 80, a sindicalização era vetada pelo regime da época. Porém, em 1990 a Andes solicitou o seu registro sindical junto ao Ministério do Trabalho, sendo devidamente atendido, dando origem ao Andes-SN. "A sigla foi mantida para preservar a memória das lutas sindicais que travamos ao longo da história", comentou.23/10/2008 - Protesto em defesa da Andes
O espaço Vadião da Universidade Federal do Pará (UFPA) teve uma programação especial ontem devido a um ato político-cultural, promovido por professores daquela instituição de ensino superior e da também Universidade Estadual do Pará (Uepa). O ato realizado era em defesa do Sindicato dos Docentes das Instituições de Ensino Superior ­ Sindicato Nacional (Andes-SN), e foi motivado pela tentativa do Governo Federal, através do Ministério do Trabalho, de tentar cassar o registro sindical da entidade.
O evento começou às 9h com exposições fotográficas e mostras de vídeo, e ainda contou com uma palestra do professor doutor Edmundo Fernandes, da Universidade de Campinas (Unicamp), e de shows de artistas paraenses.
Um dos motivos para a cassação do registro seria a formação de um segundo sindicato, o Proifes (Fórum de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior). "O sindicato está sendo provocado pela tentativa de criação de um segundo sindicato, no mesmo ramo das atividades de docência superior e de pesquisa pela primeira vez após 30 anos de existência enquanto representante inconteste dos docentes universitários públicos e privados", protesta em artigo Sadi Dal Rosso, ex-presidente da Andes-SN.
Para a diretoria da Associação dos Docentes da UFPA (Adufpa), principal representante da Andes no Estado, a atitude do governo é uma retaliação política à postura crítica do sindicato, pela oposição feita à administração do presidente Lula, desde as manifestações contra a Reforma da Previdência, em 2003. "Há 20 anos, quando fundamos a Adufpa, lutamos contra a ditadura, e hoje estamos lutando contra um governo que pretende ser democrático esvaziando os sindicatos que lutam pelos direitos dos trabalhadores", desabafa o cientista político José Carneiro, professor aposentado da instituição e diretor da Adufpa.
Em todo país, a Andes possui cerca de 100 mil professores filiados em 70 associações sindicais, sendo que mais de 2 mil estão no Pará. No próximo dia 11 de novembro, os professores irão fazer um novo ato de protesto, desta vez em frente ao prédio do Ministério do Trabalho, em Brasília. O ato político-cultural da Andes é uma promoção da Adufpa, em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores da UFPA (Sintufpa), Sindicato dos Docentes da Uepa (Sinduepa), e os Diretórios Centrais dos Estudantes da UFPA, Uepa e Unama.

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