segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Mensagem aos amigos(as), especialmente os(as) das comunidades universitária e científica:


FONTE: Mail do Prof. Lauro Morhy

Mensagem aos amigos(as), especialmente os(as) das comunidades universitária e científica:

1.)Na sexta-feira última (10/10/08) um jornal local publicou uma reportagem sobre a UnB-CESPE (conteúdo essencialmente já antes publicado), focalizando precipitadamente apurações em andamento ou sub-judice.

2.)Quanto à informação de que recebi R$28,9 mil “por serviços prestados ao CESPE” informo que é FALSA ! Essa importância foi recebida da CAPES (BOLSA BAP), que muito me ajudou em atividades de ensino/pesquisa, ao longo de pouco mais de dois anos (ca. de R$1.100,00/mês), a partir de 1996. Estas informações podem ser encontradas nos meus registros funcionais no SIAFI. A cópia desses registros está em meu poder e à disposição da Reitoria da UnB, às autoridades competentes, ao nosso sindicato e aos amigos(as) que desejarem vê-la.

3.)Quanto a outras denúncias volto a informar que ao longo da minha gestão como Reitor da UnB nunca recebí pagamentos do CESPE ou de Fundações de Apoio; nunca usei cartão corporativo; nunca morei em imóvel da FUB/UnB; nunca contratei parentes; não fui e nem sou membro de Fundação de Apoio; sempre cumpri com os meus deveres junto à Comissão de Ética Pública; não sou questionado por apropriação de dinheiro público; sempre recomendei e promovi a transparência (criamos o Portal da UnB, Anuário Estatístico, Planos Anual e Quinquenal, Plano de Desenvolvimento Institucional, Relatórios e o máximo de informações na INTERNET). Convênios e Contratos assinados tiveram normalmente recomendações jurídicas, principalmente das instituições financiadoras, foram e são auditados pelo TCU, respeitável instituição de controle de contas.

4.)Observo que, até antes da minha primeira gestão, o País trabalhava sob outros padrões de gestão e controle, razão pela qual os gestores e as instituições eram raramente questionados. As exigências aumentaram nos últimos anos do século passado, mas o apoio aos executivos não. Sempre houve carência de pessoal e de recursos em geral, obrigando os executivos a iniciativas de superação das dificuldades, buscando recursos em outras fontes públicas e privadas. As contas da instituição, entretanto, sempre estiveram abertas ao sistema de controle oficial. Trabalhamos sempre com grande dedicação e todo empenho, em favor da UnB, da educação superior, da pesquisa científica e buscando interagir e servir à sociedade. Descompassos em relação a Fundações de Apoio e ONGs em geral, resultantes, em grande parte, da falta de uma base legal regulamentadora, executora e controladora institucional mais afinada com a realidade, levaram a situações hoje questionadas pelo Ministério Público e pelos órgãos de controle em geral. Questionamentos semelhantes atingiram e atingem numerosas instituições públicas, sobretudo as que tiveram mais iniciativas. É necessário distinguir e corrigir o que saiu do rigor da Lei, o que foi de boa fé e o que foi doloso. E isso não poderá ser feito em Tribunais de Exceção fora do âmbito da Justiça. O nosso período foi de grandes atividades e expansão da FUB/UnB em todos os sentidos. Não houve acomodação; a instituição esteve à frente (inclusive no Provão, nas atividades científicas, na extensão, nos serviços à sociedade), teve importantes resultados, mais do que seria de se esperar, levando-se em conta que pagou o preço do período da redução do Estado, das mudanças mundiais com o neoliberalismo, das políticas educacionais restritivas, com graves indefinições e adiamentos na educação superior.

5.)Não se deve aceitar a prática repressora de se colocar todos no mesmo caldeirão do crime que fervilha no país e em todo mundo. Pessoas que trabalham com seriedade e respeito devem ser preservadas, até porque tendem a ser poucas, e porque precisamos acreditar que ainda vale a pena ser honesto!!! Seria uma grande injustiça e decepção a comunidade aceitar que a UnB não teve resultados importantes nas nossas gestões, muito além dos que referem “notícias” claramente tendenciosas que estão escondendo e sonegando a VERDADE. É não querer ver a clara realidade, os próprios fatos e resultados alcançados, apesar de tantas dificuldades !

6.)Finalmente, quanto à notícia divulgada em 19/set/2008 por um jornal local, “Prejuízo de R$748mil em fraude”, sobre lamentáveis ações de servidores da SRH no período 1996-2000, devo lembrar que, em minha gestão, após sindicância que instauramos e os procedimentos legais subsequentes, com direito de defesa, esses servidores foram por mim demitidos. O que fiz com muito pesar, pelos fatos e pelas pessoas. Tudo com o conhecimento da comunidade e os devidos cuidados com a imagem da UnB.

Brasília, 13/10/2008

Lauro Morhy

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