Ufba reafirma modelo curricular

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29/07/2008 (09:12) atualizada em 29/07/2008 (10:01) COMENTÁRIOS (1)
Ufba reafirma modelo curricular
Vítor Carmezim
A Universidade Federal da Bahia (Ufba) deu nesta segunda-feira mais um passo na aproximação da instituição com o novo modelo curricular e educacional que deve ser implantado já no ano que vem. A Universidade Nova – que traz uma estrutura universitária baseada em formação por ciclos e está dentro do Programa de Apoio a Planos de Expansão e Reestruturação das Universidades Federais (Reuni) – tem estrutura similar à da Universidade de York, no Canadá, cuja vice-reitora de estudos, Sheila Embleton, esteve em Salvador ontem e visitou a Ufba para estreitar laços e promover intercâmbio para os alunos. A Universidade Nova foi um dos pontos discutidos na visita. "Temos bastante interesse no Brasil no que concerne ao setor da educação superior. Visitei três importantes cidades – São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador – porque queremos construir pontes importantes nestas localidades" , afirmou Sheila. A Universidade de York já tem programas na Universidade de São Paulo, na Universidade Federal Fluminense e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Com a Ufba, a instituição canadense também já tem programa de intercâmbio, mas pretende aprimorá-lo enviando alunos de lá para cá. No momento, três estudantes da Ufba estudam em York. Perguntada sobre a decisão da universidade baiana de instalar os bacharelados interdisciplinares e as outras quatro titulações da Universidade Nova – bacharelados, formação superior, licenciatura (com formação de professores para a educação básica) e superior de tecnologia – a vice-reitora adiantou que a passagem da Ufba para este modelo é um ponto positivo. "A interdisciplinarida de é uma coisa avançada. Não se pode pensar que, no mundo moderno, as disciplinas estejam fechadas. Acho que não deve ser difícil de implantar o modelo aqui", afirmou. E acrescentou: "A interdisciplinarida de é, inclusive, uma das nossas bandeiras, ao lado da justiça social, da possibilidade de acesso independente da classe social e da internacionalizaçã o". "Visitei a Universidade de York em 2006 e percebi que eles tinham uma concepção de pesquisa e extensão mais completa, não só na estrutura, mas também no conhecimento integrado", afirmou o reitor da Ufba, Naomar Almeida. Lá, e futuramente aqui, os estudantes fazem um curso voltado para áreas maiores, com formação mais ampla e depois afunilam os estudos de acordo com o caminho que pretendem seguir. Aqui, as principais áreas serão divididas em humanidades, artes, tecnologias e ciências, e saúde. cotas – Ações afirmativas também são aprovadas pela vice-reitora Sheila Embleton. De acordo com ela, é preciso dar suporte aos setores da sociedade que historicamente não tiveram acesso à educação de forma adequada e que têm dificuldades para conseguir uma formação superior. "Lá, no Canadá, nós também temos uma ação afirmativa para pessoas que vivem em locais mais pobres e têm esta dificuldade. Ministramos aulas especiais e damos suporte financeiro para que possam permanecer na instituição", disse. O viés ambiental também não ficou de fora. "Eles têm um campus ecologicamente correto, com uso racional do espaço e dos recursos naturais. A Universidade Nova também tem essa proposta, afinal temos um importante contingente de natureza que precisamos preservar", afirmou Naomar.