terça-feira, 6 de novembro de 2007

Reitor Amaro Lins aciona a Justiça para reintegração de posse do prédio da Reitoria

A retirada dos ocupantes pela polícia poderá gerar muita violência. A negociação tem que continuar. Os estudantes precisam ter jogo de cintura para negociar. Ceder, se for necessário. Nem a União Nacional dos Estudantes (UNE) está defendendo as ocupações. Até a entidade máxima dos estudantes ficou contra os estudantes, o que era de se esperar. De um lado estudantes que querem discutir a educação superior e um projeto de país; de outro, uma entidade chapa-branca que pensa apenas em extrair recursos públicos consideráveis para os seus projetos e amigos.


Reitor Amaro Lins aciona a Justiça para reintegração de posse do prédio da Reitoria
05/11/2007
Fonte:
www.ufpe.br

No esforço de promover uma saída negociada do grupo de estudantes que fechou a Reitoria da UFPE desde a última quarta-feira (31), o reitor Amaro Lins teve, na tarde de hoje (5), mais uma reunião com uma comissão de alunos e apresentou uma contraproposta às reivindicações do movimento que se posiciona contra a adesão da Universidade ao projeto Reuni. Pouco depois das 21h, um representante do Sindicato dos Docentes (Adufepe) telefonou para o reitor informando que os estudantes decidiram pela permanência na Reitoria, não aceitando a proposta da Administração Central. Dessa forma, o reitor agora conta com a imediata reintegração de posse do prédio que será executada pela Justiça. A ocupação foi iniciada no dia 26 de outubro na tentativa de impedir a votação do projeto da UFPE que foi aprovado pelo Conselho Universitário naquele dia e encaminhado ao MEC na segunda-feira (28).
Abaixo, segue ata da reunião realizada entre Amaro Lins e a comissão, na presença de pró-reitores, assessores, docentes e representantes da Adufepe e do Sindicato dos Servidores Técnico-Administrativos (Sintufepe).
ATA DA REUNIÃO
No dia 05 de novembro de 2007 às 14h30, reuniram-se no Centro de Convenções da UFPE o reitor Amaro Lins e sua equipe e o Comitê de Ocupação do prédio da Reitoria, constituído por estudantes e observadores. O reitor Amaro Lins historiou o processo desde o dia 26, data do Conselho Universitário que aprovou o projeto da UFPE para o REUNI,até o momento atual. Os estudantes apresentaram uma pauta com as reivindicações relativas ao projeto REUNI e a outros itens de discussão relativos à vida acadêmica, como demanda de mais verbas para os campi de Caruaru e Vitória, preço de refeição do restaurante universitário,uso de catracas nas entradas dos centros, etc. O Comitê de Ocupação reiterou a necessidade de esclarecimento à comunidade da UFPE sobre o projeto REUNI; de divulgação do projeto para a sociedade; de garantia de não haver retaliação aos participantes da ocupação da reitoria;de retirada do processo de reintegração de posse; de plebiscito sobre o projeto REUNI.Em resposta ao Comitê de Ocupação, o reitor Amaro Lins afirmou que as questões relativas a verbas para os campi regionais, preço e modelo de funcionamento do Restaurante Universitário, modelo de funcionamento do Hospital das Clínicas, elaboração da estatuinte da UFPE já estão sendo em sua maioria discutidos na instituição e serão objeto de aprofundamento nos diversos fóruns da instituição com a participação dos estudantes. Quanto ao REUNI,o reitor se comprometeu a realizar 12 reuniões, na forma de audiências públicas para esclarecer, divulgar e discutir o projeto, após as quais as contribuições serão encaminhadas para o Conselho Universitário para apreciação. O reitor afirmou ainda que não haverá punições pela ocupação da reitoria. Com vistas a abordar os pontos já mencionados de forma mais detalhada, o reitor propôs uma nova reunião amanhã, dia 06 de novembro, às 16h, no Gabinete do Reitor com a comissão de estudantes. Todos os pontos citados estão condicionados à imediata desocupação da reitoria, na presente data.

Nenhum comentário: