Bloqueio
Ocupação de alunos adia posse do reitor da UFPE
Publicado em 31.10.2007, às 11h34
Do JC OnLine
Com informações de Margarida Azevedo, de Cidades/ JC
A reitoria da Universidade Federal de Pernambuco amanheceu bloqueada por dezenas de estudantes que protestam contra o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Por causa disso, foi adiada a solenidade de recondução dos professores Amaro Henrique Pessoa Lins e Gilson Edmar Gonçalves e Silva aos cargos de reitor e vice-reitor da UFPE que seria realizada na tarde desta quarta-feira (31), a partir das 16h, no Teatro da UFPE. Mais de 100 manifestantes, de acordo com um deles, estão dentro do prédio da reitoria e não permitiram a entrada de nenhum funcionário. Os alunos do Movimento de Ocupação da UFPE, que ocupam a reitoria desde a manhã da última sexta-feira (26), são contra os aumentos do número de vagas e da taxa de aprovação previstos pelo Reuni. Manifestações contra o projeto já aconteceram em outras cinco cidades do País.
O pretesto vai continuar "até a revogação do Reuni e a realização de um plebiscito com toda a comunidade acadêmica da UFPE", disse um dos integrantes. Um espantalho vestido de roupa preta segurando uma placa com a sigla "Reuni" foi colocado na frente do prédio como símbolo da manifestação.
Segundo a assessoria de imprensa da UFPE, "o grupo quebrou um acordo feito com o reitor de que não fecharia o prédio da administração central". Devido à ocupação, Amaro Lins decidou suspender sua posse e a do vice-reitor para "evitar constrangimento aos convidados". Ainda não há data definida para a cerimônia.PROJETO - Aprovado na tarde da sexta (26) com 23 votos a favor, dois contra e uma abstenção, o projeto prevê a ampliação de vagas e a criação de novos cursos. A Universidade Federal defende que o Reuni possibilita a ampliação do quadro de professores e vai proporcionar três mil bolsas estudantis, além de reformas. Os estudantes, por outro lado, acreditam que o projeto quer aumentar a taxa de aprovação e a quantidade de alunos na universidade, em detrimento à qualidade do ensino.
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