domingo, 27 de julho de 2008

PESQUISA O QUE QUEREM OS JOVENS

PESQUISA O QUE QUEREM OS JOVENS. VER EM:
http://www.terra.com.br/istoe/edicoes/2020/artigo96369-3.htm

Conjuve lança Pacto pela Juventude

FONTE: http://www.juventude.gov.br/e-fato/pacto-pela-juventude


Conjuve lança Pacto pela Juventude
por Sidney Dias Mariano última modificação 23/07/2008 17:54
O Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) lançou na terça-feira (22/7), o Pacto pela Juventude, selando o seu apoio às resoluções apresentadas pela I Conferência Nacional de Juventude, que aconteceu em Brasília, no período de 27 a 30 de abril. A iniciativa tem por objetivo envolver todos os atores governamentais e da sociedade civil para manter acesa a discussão sobre as políticas públicas de juventude, com foco nas prioridades apontadas no encontro. A reunião contou com a participação do secretário nacional de Juventude, Beto Cury.
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Juventude, Danilo Moreira, o Pacto prevê uma série de atividades que serão desenvolvidas em âmbito nacional, estadual e municipal. A primeira delas ocorrerá no dia 12 de agosto, data em que se comemora o Dia Nacional da Juventude, por meio de uma cerimônia no Palácio do Planalto, que vai reunir autoridades dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, representantes da sociedade civil e de movimentos juvenis, entre outros.
Para entender melhor o Pacto pela Juventude
O que é o Pacto?Trata-se de um compromisso público, coordenado pelo Conjuve, com o objetivo de dar visibilidade e buscar a efetivação dos parâmetros e diretrizes da Política Nacional de Juventude e das resoluções da I Conferência Nacional de Juventude, realizada no período de 27 a 30 de abril, em Brasília (DF).
Qual o seu objetivo?Articular agentes governamentais, sociedade civil e movimentos juvenis, visando colocar em prática as propostas aprovadas pela Conferência, que mobilizou mais de 400 mil pessoas em todo o Brasil, promovendo uma ampla discussão sobre as políticas públicas de juventude.
Como o Pacto será estruturado?Por meio de um conjunto de ações e compromissos que devem ser assumidos pelos governos federal, estaduais e municipais, legisladores e, sobretudo, candidatos aos cargos de prefeito e vereador.
Como será a adesão ao Pacto?Em eventos públicos onde governantes e candidatos assumirão o compromisso com o fortalecimento das políticas públicas de juventude, tendo como referência as 22 prioridades definidas pela Conferência Nacional de Juventude.
Quando começará oficialmente o Pacto?No dia 12 de agosto, Dia Nacional da Juventude, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, quando haverá também uma reunião extraordinária do Conjuve, nos dias 12 e 13, para discutir o assunto. O presidente Lula e os ministros de Estado serão convidados para o evento, juntamente com os presidentes dos partidos políticos.
Etapas do Pacto - Em nível FederalPrincipais parceiros: Ministérios e Frente Parlamentar de Juventude.Evento: Pacto pela Juventude "O Brasil precisa, a juventude quer!", no dia 12 de agosto de 2008.Lançamento da revista de balanço da Conferência Nacional de Juventude.Apresentação de iniciativas dos Ministérios, conselheiros governamentais do Conjuve.Atividades pela aprovação da PEC da Juventude (PEC 138/2003), na Câmara dos Deputados.
- Em nível EstadualPrincipais parceiros: gestores de juventude e Conselhos Estaduais de Juventude e/ou Comissões Organizadoras Estaduais.De 14 de agosto a 30 de setembro de 2008: Pacto pela Juventude com a presença de governadores, gestores, parlamentares, sociedade civil e movimentos juvenis (Conjuve, Comissões Organizadoras Estaduais, delegados das etapas estaduais e nacional).
- Em nível MunicipalPrincipais parceiros: Juventude Partidárias e Conselhos Municipais de JuventudeEventos públicos para assinatura de Termo de Compromisso com o Pacto pelos candidatos a prefeito e vereador, incluindo a temática nas plataformas de campanha e programas de governo.
Para mais informações acesse www.juventude.gov.br ou envie seu e-mail para conselho.juventude@planalto.gov.br

Juiz Federal do Pará absolve comunicador comunitário

Fonte: lista de e-mails
Juiz Federal do Pará absolve comunicador comunitário


No dia 24 de julho de 2008 a jurisprudência brasileira mais moderna foi fortalecida com sentença proferida pelo Juiz Federal da Seção Judiciária do Pará, que declarou que “não constitui infração penal manusear Rádio Comunitária de baixa potência”.

O fato ocorreu com o comunicador Marcos Paulo Sousa Soeiro, da Rádio Pará FM (localizada na cidade de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém), que estava sendo acompanhado pela assessoria jurídica do Fórum em Defesa das Rádios Comunitárias.

O Fórum em Defesa das Rádios Comunitárias foi criado em junho de 2007 e, pela primeira vez, obteve um resultado judicial que aponta no avanço da doutrina brasileira mais moderna. O Princípio da “insignificância” ou “bagatela”, que prega que o Estado não deve se ocupar com a repressão de crimes sem potencial ofensivo, está cada vez mais sendo utilizado para absolver comunicadores comunitários que se utilizaram de equipamentos de baixa potência nas Rádios Comunitárias.

Na audiência de Instrução e Julgamento do Processo n. 2007.701715- 2 (que apurou o crime de propagação ilegal de sinais de radiofreqüência) quando haveria oitiva de testemunhas de acusação e de defesa, o Juiz Federal Leonardo Aguiar – diante da ausência reiterada da testemunha de acusação (um policial federal) – resolveu fazer o que chamamos de julgamento antecipado da lide (com base no art. 386, III, CPP), e declarou o seguinte (texto completo):

SENTENÇA
“1. Relatório: Dispensado.

2. Fundamentação: No caso dos autos, é claro que não poderia a Rádio, ainda que de baixa freqüência, funcionar sem a devida autorização do poder público, pois os serviços de radiodifusão constituem, por definição constitucional, serviços públicos a serem explorados diretamente pela União ou mediante concessão (Lei 4.117/62) ou permissão (Lei 9.612/98). Assim, a conduta perpetrada é, indubitavelmente, ilícita.

A questão que se coloca, contudo, diz respeito à possibilidade de aplicação – ou não – do princípio da insignificância ao caso concreto, diante da provável baixa potência do equipamento utilizado, uma vez que segundo o Termo de Apresentação de fl. 22, o transmissor tinha potência de tão somente 25W.

Tendo em vista o aspecto da existência ou não de lesão significativa ao bem jurídico tutelado pela norma penal, a insignificância (ou atipicidade material) não se aplica ao presente caso, por impropriedade teórica, eis que se trata de um “crime formal”. Ocorre que a jurisprudência pátria vem avançando significativamente na aplicação do referido princípio, de modo a englobar não apenas aquelas situações de atipicidade material, tal como a sua formulação roxiniana original, mas também para abranger situações que violem o princípio da subsidiariedade do Direito Penal.

Nesse sentido, veja-se a seguinte passagem do voto condutor do julgamento do RCCR 2005.35.00.014261- 8/GO, de lavra do Exmo. Desembargador Federal Cândido Ribeiro: “O princípio da insignificância encontra respaldo no nosso ordenamento jurídico, em virtude do caráter subsidiário e fragmentário do Direito Penal, isto é, não há de se falar de intervenção penal, quando a proteção das pessoas, da sociedade, enfim, dos bens jurídicos possam ser efetivadas por meio de outros ramos do Direito, que se mostrem suficientes para a repressão daquela conduta tida por ilícita”.

Ora, sob tal prisma, tenho que realmente a persecução penal, na espécie dos autos (propagação ilegal de sinais de radiofreqüência realizada com transmissor cuja potência não vai além de 25 W), violaria o princípio da subsidiariedade, eis que a atuação da esfera administrativa pelo efetivo exercício do poder de polícia mostra-se, por si só, suficiente para reprimir e coibir a conduta ilícita.

Nesse sentido, trago à colação os seguintes julgados do Eg. TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO: “PENAL E PROCESSUAL PENAL. INSTALAÇÃO CLANDESTINA DE RÁDIO COMUNITÁRIA. BAIXA FREQUENCIA. PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA. 1.O crime de utilização de telecomunicaçõ es, previsto no art. 183 da Lei nº 9.472/97, não se caracteriza quando o aparelho dado como instalado é de baixa potência (abaixo de 30 watts) e alcance, sem aptidão para provocar interferência de significação nas telecomunicaçõ es.2. Não é socialmente útil a apenação de tal conduta,que deve ser punida apenas na esfera administrativa. Não deve o aparelho punitivo do Estado ocupar-se com lesões de pouca importância, insignificantes e sem adequação social. O direito penal, somente deve incidir até onde seja necessário para proteção do bem jurídico. 3. Improvimento da apelação. (ACR 2002.33.00.023776- 4/BA, Rel. Desembargador Federal Olindo Menezes, Terceira Turma, DJ 2 de 17/2/2006, p. 19.)”

“PROCESSO PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. RÁDIO CLANDESTINA. POTENCIA DE 23,1 W. AUSENCIA DE PREJUÍZO. PRINCIPIO DA INSIGNIFICANCIA. REJEIÇAO DA DENÚNCIA.
I – A doutrina e a jurisprudência têm recomendado a não-aplicação da sanção penal quando o crime for de pequeno montante, utilizando-se da teoria da insignificância social da violação da norma ou de crime de bagatela. II – No presente caso, o dano não pode ser considerado de modo expressivo, apto a ensejar a necessidade de reprimenda na esfera penal. III – Recurso desprovido. (RCCR 2005.35.00014261- 8/GO, Rel. Desembargador Federal Cândido Ribeiro, Terceira Turma, DJ 2 de 21/09/2007, p. 31.).”

Reafirmo que a fiscalização aferiu a potência do transmissor de fabricação caseira, principal equipamento utilizado para fazer funcionar a RÁDIO PARÁ FM, estando o mesmo inserido no nível de baixa potência, o que encontra amparo jurisprudencial na aplicação, no caso, do princípio da insignificância, tornando atípica a conduta do Denunciado. (grifo nosso)

3. Dispositivo: Pelo exposto, formo convicção de que a conduta do Denunciado, não obstante seja formal ou legalmente típica, carece de tipicidade material para se constituir em injusto penalmente punível, situação que leva ao fenecimento de justa causa para o desencadeamento da persecução criminal. Portanto, julgo antecipadamente a presente lide penal, e absolvo o Acusado, com base no art. 386, III, por não constituir o fato infração penal. (grifo nosso)

4. Intimados os presentes.”

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Lula não pode ser enganado por gente que não


COMENTÁRIO DE OTÁVIO LUIZ MACHDO: Lula não pode ser enganado por gente que não pensa na nossa gente, mas apenas no seu grupinho. Já já apresentaremos os motivos da enrascada que o Presidente Lula está prestes a entrar se o seu Governo liberar mais recursos para a UNE.
24 de julho de 2008
Lula recebe UNE e UBES e conhece projeto de reconstrução da sede das entidades
FONTE: www.une.org.br
O presidente se sensibilizou com a causa e pediu um tempo para analisar o projeto
Nesta quarta-feira (23), às 17h30, o presidente Lula recebeu membros das Diretorias da UNE e da UBES para uma reunião no Palácio do Governo, em Brasília (DF). As entidades apresentaram ao Governo Federal o projeto doado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, para a reconstrução de sua sede, na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. O intuito foi pedir o apoio financeiro do Governo para que a "volta pra casa" possa se concretizar.
O presidente se sensibilizou com a causa e pediu um tempo para analisar o projeto. Lula reconhece a responsabilidade do Governo para com os estudantes, já que a sede da UNE/UBES foi destruída pelo Governo brasileiro na época da ditadura militar, e prometeu apresentar uma posição a respeito no próximo mês.
Meu Apoio é ConcretoApós recuperar o terreno, em 1º de fevereiro de 2007, a UNE e a UBES vêm se mobilizando para viabilizar sua reconstrução. O prédio foi incendiado pela ditadura militar em 1º de abril de 1964 e o que restava do edifício foi derrubado em 1980. Catorze anos depois, o então presidente Itamar Franco doou o terreno às entidades, que apenas no ano passado recuperaram o seu direito de posse, já que no local funcionava um estacionamento ilegal.
A partir daí iniciou-se uma série de atos pela reconstrução da sede. A campanha Meu Apoio é Concreto, lançada pela UNE e pela UBES, com o objetivo de angariar fundos para a reconstrução da sede, já recebeu o apoio de diversos políticos, personalidades de setores como cultura e educação e ex-lideranças estudantis.
Neste ano, a Campanha ganhou um importante reforço: uma vinheta de 17 segundos, que incentiva a doação de recursos para reconstrução da sede, entre os dias 19 de junho e 3 de julho.
Projeto Oscar NiemeyerNo dia 10 de agosto de 2007, data em que a atual presidente da UNE, Lucia Stumpf, tomou posse, e, em meio às comemorações dos 70 anos da entidade, foi apresentado aos estudantes o projeto doado pelo arquiteto Oscar Niemeyer para a reconstrução da sede, na Praia do Flamengo, 132. Niemeyer idealizou um prédio com 13 andares, onde também haverá um teatro e um centro cultural, para abrigar as produções culturais estudantis, além de um espaço destinado ao museu de memória do movimento estudantil.Da RedaçãoFotos: Agência Brasil

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Lula poderá cometer o maior erro do seu Governo hoje após a reunião das 17:30 h ao apoiar a União Juventude Socialista (UJS) do PC do B

Lula poderá cometer o maior erro do seu Governo hoje após a reunião das 17:30 h ao apoiar a União Juventude Socialista (UJS) do Partido Comunista do Brasil (PC do B) e deixar a ver navios a nossa juventude

Em reunião hoje no final da tarde com o pessoal da União Juventude Socialista (UJS) do Partido Comunista do Brasil (PC do B) que apropriou-se da UNE, Lula poderá cometer o maior erro do seu Governo hoje após a reunião das 17:30 h. Maiores detalhes abaixo.



Ao Presidente Lula e demais poderes da República Senhoras e SenhorasA entidade intitulada União Nacional dos Estudantes (UNE), que foi tomada e transformada pelo grupo chamado União Juventude Socialista (UJS) do Partido Comunista do Brasil (PC do B) numa outra entidade, com nome e história apropriada indevidamente, infelizmente quer saquear ainda mais recursos públicos em nome de uma entidade que se existisse de fato deveria ser tão representativa. A história da UNE pertence ao povo brasileiro, mas o grupo que "aparelhou" a entidade merece todo o nosso nojo e repugnação. Tal grupo nao tem respeito com os ex-militantes, com os atuais estudantes e setores do movimento estudantil e muito menos com o povo brasileiro. É o mesmo grupo que utilizou 2,3 milhões de reais da Petrobras para fazer um projeto (que seria da história da UNE) ao seu interesse e com sérias distorções. Sendo:1) A inobservância da data de fato de fundação da UNE (1938), o que inclusive a coordenadora técnica do projeto da UNE concorda, mas que a UJS/PC do B ignorou com a maior desonestidade;2) A sede da UNE não foi destruida e incendiada pelo Governo Federal . Nem a demolição do prédio da UNE teve tal participação. O incêndio da UNE imediatamente ao golpe de 1964 foi promovido por setores da sociedade civil. Quando a demolição do prédio da UNE, nos anos 1980, a responsabilidade foi da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro;Documentos da UNE, que podem ser vistos no nosso blog, ajudam a compreender o assunto. É só consultar aqui:
http://sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com/2008/07/documento-da-une-no-ps-golpe-de-1964.html

Um artigo em que aprofundei tais questões intitulado "Diga Não ao repasse de 30 milhões do Governo Federal à UJS do PC do B" pode ser visto aqui: http://sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com/2008/07/no-aos-30-milhes-do-governo-lula-ujs-do.html

Por outro lado, a relação duvidosa entre a direção da UJS/PC do B que tomou conta da UNE com setores do Governo Federal também reforçarão um possivel questionamento jurídico se mais recursos públicos foram investidos para serem apropriados privadamente por tal grupo. Uma reação internacional também será incentivada, pois significará a quebra dos direitos humanos, a apropriação indébita de recursos públicos e a mais fraude histórica no nosso País. Tratar outros setores do movimento estudantil que criticam o Governo Federal como "lixo" é um atentado à liberdade de expressão e que vai contra os valores democráticos de nossa sociedade. Uma fala do Ministro Tarso Genro bem recente, demonstra a ignorância de Vossa Excelência quanto à luta dos estudantes. Ao afirmar que "Os radicalóides adotaram o mesmo discurso das elites", o senhor Ministro esquece que quem trouxe o debate sobre a reforma universitária no nosso país não foi o Governo, mas o movimento estudantil. Foi na ditadura militar que os estudantes nada puderem opiniar ou debater sobre os rumos da Reforma Universitária que eles mesmo iniciaram. Fique Vossa Excelência sabendo que a UNE não representa os estudantes brasileiros. Querer dizer que os estudantes estão apoiando tal e qual ponto da Reforma Universitária do Governo Federal porque a UNE assim concordou é a maior embromação. Trate o Brasil e os movimentos estudantis de luta com mais respeito, porque os estudantes que vejo lutando contra o Prouni, o Reuni e a Reforma Universitária do Governo Lula são as mesmas pessoas que querem uma universidade contribuindocom o povo brasileiro ao formar profissionais que saberão exercer sua profissão com todo o zelo e competência, uma universidade produzindo conhecimento a partir do interesse público e uma universidade que debata a partir dos seus espaços o grandes dilemas nacionais. Algo que a direção da União Juventude Socialista (UJS) do Partido Comunista do Brasil (PC do B) na União Nacional dos Estudantes não conhece, mesmo estando há 20 anos tomando posse da UNE (a nossa ditadura civil-militar durou 21 anos).Veja artigo abaixo:"Diga Não ao repasse de 30 milhões do Governo Federal à UJS do PC do B" Fonte: http://sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com/2008/07/no-aos-30-milhes-do-governo-lula-ujs-do.htmlFinalmente a União Juventude Socialista do Partido Comunista do Brasil (UJS/PC do B) que se apossou da União Nacional dos Estudantes (UNE) foi à luta. Não se assustem, pois não é a luta para trazer conquistas aos estudantes, pela participação dos jovens no movimento estudantil ou para defender o povo brasileiro. A luta deles é para a construção de um prédio no antigo terreno quando funcionou ali a histórica e guerreira UNE. Foi o momento de uma UNE representativa, altiva, lutadora, crítica e que não beijava os pés das elites.A imagem do que será o prédio é fantástica. Um prédio luxuoso de 13 andares na Praia do Flamengo do Rio de Janeiro, que certamente contará com computadores de última geração, móveis combinando com o ambiente, carpetes e cortinas bem definidas. Tudo do bom e do melhor. Gosto não se discute. Só podemos discutir quem vai pagar a conta ,que estimada para baixo (R$30 milhões) e assim não assustar o contribuinte brasileiro que certamente pagará a conta toda ou parte dela. Eis a tônica do meu texto. A direção da UNE (com o grupo UJS/PC do B) está pressionando o Governo Federal a liberar tais recursos com as justificativas mais esdrúxulas. E para tentar enganar os contribuintes que pagarão a conta, mais um efeito do marketing político está circulando na Rede Globo, agora buscando arrecadar da população brasileira recursos para a construção de um senhor prédio. Privado apoiar privado até tudo bem. É o mais coerente, pois a UNE do jeito que se encontra hoje não interessa mais ao conjunto dos brasileiros. Quem achar que sim que faça sua doação.O Portal O Vermelho, que é o órgão do PC do B (Partido Comunista do Brasil), na sua versão on-line de 16 de Maio de 2008 trazia a triste notícia ao povo brasileiro:"Reconstrução da sede: A presidente da UNE, em sua fala, enfatizou a luta por reformas estruturais no Brasil, a necessidade de se abrir os arquivos da ditadura e a luta da UNE pela reconstrução de sua sede. Nos próximos dias, o presidente Lula deverá se reunir com a direção da entidade para tratar do assunto (para tratar obviamente do maior interesse que a direção da UNE pretende conquistar que é a nova sede e não as reformas estruturais ou a abertura dos arquivos da ditadura). O valor a ser repassado para a construção do novo prédio é de cerca de 30 milhões de reais. ´O primeiro ato do regime militar foi destruir nossa sede. Agora é a hora da reconstrução´ (Ver em http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=37440É bom dizer que o dito repasse de R$30 milhões do Governo Federal não seria para a uma entidade nacional dos estudantes, mas para um grupo partidário que se utiliza da UNE há cerca de duas décadas para atender aos seus interesses particulares e imediatos. Tal grupo tem nome e sigla: União Juventude Socialista do Partido Comunista do Brasil (UJS/PC do B).Sempre é bom dizer que o grupo (UJS/PC do B) comandante da UNE lá está há 20 anos enquanto a nossa ditadura civil-militar durou 21 anos. Sempre as mesmas caras, as mesmas idéias de fazer algo somente para o grupo e utilizando-se dó País para tal. O que cabe nos perguntar: é uma ação entre amigos? Ou trata-se de amigos em ação? As justificativas do slogan da Campanha para "obrigar" o Estado Brasileiro a pagar mais essa conta para a UJS/PC do B em nome da UNE é inadequada e de profunda má fé: O mesmo Estado que destruiu a sede da UNE e da UBES tem agora o dever de recontruí-la". Vamos aos argumentos. Em 1964, o prédio da UNE foi incendiado por parte de setores de uma sociedade civil conservadora. Quanto a tal fato não há dúvida nenhuma. No mundo jurídico a autoria de um crime é o principal argumento para se condenar uma alguém a ressarcir via indenização, ser apenado e ser preso. O prédio foi incendiando pela sociedade civil organizada e a demolição do mesmo ocorreu pela Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. Não foi o Governo Federal ou o Estado Brasileiro que promoveu tais atos.Não há condições jurídicas para que o Governo Lula assuma tal compromisso, o que é diferente nos casos de prisões, torturas e mortes de militantes de esquerda durante a ditadura, que comprovadamente o Estado terá que assumir ainda mais do que já assumiu. A UNE apoiava Goulart, que era odiado por setores da direita organizada. Quando os golpistas estavam prestes a tomar o poder foi natural que eles apoiassem o terror. E grupos da sociedade civil que partiram para incendiar a sede de uma entidade que representava naquela época a mudança e estava com sua imagem muito associada ao Governo Goulart. A própria entidade, em parceria com a Rede Globo trouxe tais elementos, embora o foco de tal projeto foi mesmo com a intenção de promover a promoção de tal grupo. Ou a UJS/PC do B não leu o material reproduzido ou não deram o mínimo ao que os depoentes gentilmente falaram. Ou as duas coisas juntas.Vejam alguns trechos do material produzido pela UNE sobre o incêndio ao prédio da UNE: 1) Depoimento de Franklin Martins: "Boa parte dos estudantes que queimaram o prédio da UNE foram estudantes do CCC (Comando de Caça aos Comunistas) da Faculdade de Economia".2) Depoimento de Ferreira Gullar: "Nós voltamos para a UNE. Quando nós nos aproximamos, no carro, nós vimos que havia um tumulto muito grande em frente à UNE. E o carro foi avançando devagar, porque o trânsito não andava. De repente ficamos parados em frente à sede da UNE, e, em volta de nós, uma multidão furiosa, com bombas molotov e com revólveres, dando tiros e jogando bombas molotov na sede. Passavam pela nossa janela e eu, presidente do CPC, com medo de ser reconhecido e trucidado (riso). Enquanto isso, como eu soube mais tarde, o pessoal que tinha ficado na UNE fugiu pelos fundos do prédio, em face dessa investida dos lacerdistas e dos direitistas. Eu vi o momento e que a sede começou a pegar fogo. Então, nós voltamos para casa. Eu residia nessa época em Ipanema. Fomos atravessando todo o resto da Praia do Flamengo, o bairro de Botafogo, e entramos na rua Barata Ribeiro, que tinha bandeiras saldando o golpe. Era um clima bastantedesagradável para nós. Havia um certo apoio, sobretudo da classe média, ao golpe, ao que estava acontecendo. Porque já tinha havido passeatas, manifestações da classe média, sobretudo, contra o governo João Goulart e, de certo modo, dando aval à sua derrubada".3) Depoimento de Antônio Carlos Peixoto: "eu fui para o prédio da UNE. No prédio da UNE tinha uns trinta e poucos malucos fazendo coquetel molotov, umas garrafas cheias de gasolina, fazendo aqueles talhinhos na rolha... Para armar o coquetel molotov tem que ter um talho na rolha pra botar o pavio. Eu disse: "Vocês estão loucos, vocês vão morrer. Vocês vão ser trinta e poucos cadáveres dentro de muito pouco tempo. Aqueles que vieram aqui ontem de noite e metralharam, mas encontraram tropa da Aeronáutica aqui, eles vão voltar. E dessa vez não tem tropa da Aeronáutica não. Vocês vão morrer". Eu acho que talvez tenha sido a coisa mais útil que eu fiz na minha vida até hoje. Botei gente para fora de lá a ponta-pé e a pescoção, na base da autoridade, aos gritos: "Sai! Vai embora, some, desaparece!". Consegui convencer mais três ou quatro que me ajudaram nesta ingrata tarefa e aí eu fechei a porta da UNE, eu acho que eu fui a últimapessoa que viu essa UNE. Fechei a porta e resolvi ir para casa. Também já tinha me mudado, estava morando na casa da minha avó, perto da Muda, na Tijuca. Então, em um primeiro arrastão, se eles não localizam dentro da casa onde o sujeito mora, não vão ter tempo de verificar a família, e tal. É preciso que estejam procurando especificamente aquela pessoa. Não ocorreu, nem ocorreria. Não era tão importante assim. E aí fui para lá, fui andando pela praia do Flamengo, começou a cair uma chuvarada, uma coisa horrorosa. Cheguei em frente à "estátua do índio" – o Monumento ao Índio Cuauhtemoc – debaixo de chuva e vi as primeiras labaredas saindo do prédio da UNE. Eles já o tinham incendiado. Nesse momento passa uma caminhonete, do Jornal do Brasil, e o indivíduo caridosamente – não sei se ele pressentiu alguma coisa, alguma solidariedade estranha que veio por fluidos esotéricos – me deu uma carona até a Praça da Bandeira.Passamos de longe em frente à UNE e eu a vi queimando mesmo. Então eu digo: "É, foi um pedaço da minha vida que foi embora". Depois disso eu vou tentar recompor os cacos, os pedaços, viajar para o interior do Brasil. Fui ao nordeste, percorri todos os estados do nordeste, desde o Rio Grande do Norte até a Bahia. Fui ao Rio Grande do Sul duas vezes, fui a Minas. Em junho, a direção do Partido me mandou para São Paulo, porque eu tinha uma cara muito manjada no Rio de Janeiro".Nos depoimentos que coletamos ou tivessos acessos com esses ou tantos outros personagens das cenas acima descritas confirmam a presença de grupos de civis na liderança do incêndio do prédio da UNE em 1964. E não o Estado Brasileiro. É bom dizer que as Organizações Globo, que a direção da UJS/PC do B se associa DESDE 2004 é a mesma Globo que gerou o clima para que a sociedade civil queimasse a sede da UNE. Mas não só ela obviamente. E é o grupo da mesma Rede Globo que liderou as elites para retirar o Collor depois que ele não conseguiu dialogar com elas mesmo tendo todo o seu apoio para ser eleito e iniciar o mandato. É a mesma Rede Globo que elegeu como liderança Lindberg Farias (na época estava no PC do B) para assumir a derrubada de Collor e assim retirar a imagem de golpista das nossas elites.É estranho um grupo que se diz socialista ou comunista se associar à Rede Globo. È estranho a UNE que foi linchada pelas Organizações Globo, incluindo sendo chamada no momento de seu maior confronto com a ditadura civil-militar como EX-UNE. Agora em pleno Governo Lula e numa democracia consolidada a UNE ao assumir posições tal contraditórias e conservadoras contribui para a celebração do esquecimento e a inutilidade das lutas sociais.Por outro lado, a derrubada do prédio da UNE foi organizada pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. No depoimento do ex-Presidente da UNE Ruy Cesar está muito claro ao projeto UNE/Rede Globo:"No dia seguinte à nossa visita ao prédio da UNE, apareceu na reitoria e na diretoria da escola que funcionava no prédio um laudo de que o prédio estava condenado. Os engenheiros da Prefeitura chegaram à conclusão de que o prédio cairia e que ele tinha que ser desocupado naquele momento. Então, os estudantes foram arrancados das carteiras. De repente, tinha um bando de estudantes e professores no meio da rua olhando para um prédio vazio. Todos foram retirados rapidamente. A Associação dos Engenheiros do Rio de Janeiro disse que não havia nenhum problema com o prédio. Eles queriam fazer um outro laudo, mas nem a polícia nem a Prefeitura deixaram a Associação entrar para fazer o outro laudo, e a gente começou a organizar manifestações. A imprensa começou a divulgar que a Prefeitura demoliria o prédio imediatamente, e a situação ficou bastante difícil. Nós começamos a organizar um conjunto de forças no Rio de Janeiro, e a políciacercou o prédio com batalhões. Acho que havia quase três mil soldados na porta do prédio, fechando o prédio para que a gente não conseguisse acessar. E nós do outro lado, em frente, na Praia do Flamengo, com também outros três mil estudantes e parlamentares. Nós vivemos uns cinco dias de confronto, em frente a esse prédio, observando-os colocar as bombas para a implosão, tentando invadir. Fizemos várias tentativas de romper o cerco policial. O máximo que conseguimos foi pendurar uma bandeira numa sacada. Alguém me levantou, eu subi na sacada, e um guarda me puxou pelos pés. Nós fizemos uma batalha campal em frente à Praia do Flamengo. Heloneida Studart foi jogada da pista para o aterro, lá embaixo – acho que são uns quatro metros. Eles a pegaram pela cabeça e pelos pés e a jogaram na rua, de onde ela saiu toda ferida. Ela já era uma senhora. Raimundo de Oliveira teve o braço quebrado. Ele era deputado. Teve muita genteensangüentada e que saiu perseguida pela polícia. Fomos parar na ABI, onde o presidente Barbosa Lima Sobrinho manifestou apoio. No dia seguinte, conseguimos dobrar o número de pessoas em frente ao prédio. Mas foi um episódio bastante frustrante, porque nós assistimos ao prédio cair. Eles implodiram o prédio na nossa frente. Na frente do prédio se travava uma verdadeira batalha, brutal. Policiais e estudantes brigando. Toda hora vinha um choque, jogavam bomba. Já havia um desejo de confronto. Nós estávamos desesperados. A gente queria invadir aquele prédio de qualquer jeito. O prédio desabou, toda a frente e o miolo, e ficaram aparentes somente o fundo e a abóbada do teatro. Foi um episódio extremamente doloroso. Acho que foi uma agressão à história do Brasil, um atestado de ignorância não só dos militares, mas também dos dirigentes do governo e da Prefeitura do Rio de Janeiro. Uma incapacidade da opinião pública de reagir, umbando de estudantes solitários brigando pela preservação de um espaço, de um patrimônio, de uma forma completamente isolada".----A ditadura civil-militar realmente conseguiu o seu intento: transformou a UNE 40 anos depois num Diretório Nacional dos Estudantes. É uma entidade silenciosa, arrogante, atrelada de corpo e alma ao Governo Federal e sem projeto para o Brasil. É uma UNE que ficou no seu canto deixando o Congresso manter Renam Calheiros na Presidência do Senado. Várias emendas parlamentares e os apoios financeiros dos irmãos de Renan à UNE pesaram enormente. A UNE também não apresentou nenhuma crítica ao Governo Federal desde 2003. O apoio financeiro das estatais, dos Ministérios e do Governo Federal como um todo contribuiu enormemente para a tomada de posição que envergonhou o movimento estudantil e o fez retirar o apoio à UNE.O apoio ao Governo Lula por esssa gente tem um motivo apenas: mais recursos públicos. Não é um apoio gratuito, desinteressado ou baseado numa ideologia política. É puro interesse financeiro.Sem a luta de setores do povo brasileiro que luta, dos cerca de 40 milhões de jovens brasileiros - e não a presença de uns poucos mil membros do PC do B - ou o interesse que muitas políticas públicas na área de social que contempla ou seja bem vista por significativa parte dos quase 200 milhões de habitantes do nosso País a agenda social não estaria na ordem do dia.Se hoje, a UJS/PC do B que tem sua imagem muito associada ao Governo Federal tocar fogo na sede dos partidos dos seus opositores como o PSOL ou o PSTU não significaria que o Estado apoiou tal atitude. Quando os militantes da UJS/PC do B partem para cima dos seus opositores com porrada não significam que eles estão falando em nome do Estado, porque se eles quiserem se tornar membros do Estado precisam prestar concursos públicos ou serem eleitos pelo voto universal do povo brasileiro. É bom dizer que nos congressos da UNE a direção não é eleita pelo voto universal dos seus representados (os estudantes). Então eles não entendem muito bom o jogo democrático.A direção da UNE é considerada pelos estudantes brasileiros como vendida, chapa-branca, baba-ovo e outros termos menos amenos que não seria bom registrar aqui. E ainda: correia de transmissão do PC do B no movimento estudantil. Mas não é por menos. O Partido que comanda a UNE há quase vinte anos – o PC do B – já está de casa nova. O PC do B recebeu doação de cerca de R$600 mil da empresa que presta serviço à UNE na confecção das carteirinhas estudantis (a STB).E a direção da UNE ainda espera que o anúncio do repasse público à UNE aconteceça ainda no clima de inauguração da sede do PC do B. Coincidências? Não! Seria o triunfo da arrogância e do desrespeito ao povo brasileiro. Seria o prêmio aos que abandonaram as lutas, o debate e a crítica e preferiram ficar omissos, o que na história da UNE nem na ditadura civil-militar (1964-85) havia acontecido, exceto num curto espaço de tempo nos anos 1950. No caso do PC do B, a luta sempre foi o seu forte, mas na atual conjuntura ele se apequenou.A UJS/PC do B parece que ainda não percebeu a seriedade e das questões implicadas nas mesmas. Estamos falando de questões referentes aos direitos humanos, à democracia, à liberdade de expressão, ao acesso à cultura e à valores básicos de convivência entre os indivíduos, o que diversos tratados nacionais e internacionais promovem. Seria recomendável que a direção da UNE respeitasse as pessoas que construíram o movimento estudantil brasileiro, os inúmeros militantes estudantis que morreram defendendo o nosso País e a inteligência dos mais diversos atores sociais com que contracena cotidianamente.Estamos num país de homens e mulheres que lutam diariamente de todas as formas num momento histórico muito especial e numa democracia já consolidada, o que exige idéias e práticas condizentes com tal realidade.Só posso dizer que é preciso separar o que é um tipo de atividade que a UJS/PCdo B realiza na UNE dp que é realizado pelos movimentos estudantis sérios e engajados. Colocar tudo na mesma panela é injusto com osmovimentos de luta e com o próprio povo brasileiro mais excluído que espera do movimento estudantil ações mais coletivas e não serviço de reprodução de grupo político.Muitos setores do movimento estudantil seguem na luta e não compactuam com um pensamento único. E os jovens que tenho observado lutam a partir de um amplo debate de idéias e são muito autônomos e generosos, lembrando como disse o mais recente entrevistado do nosso projeto, que a grande herança de 1968 40 anos depois é que "lutar é necessário e é o mais importante".A campanha de doação espontânea que a UNE começa a circular na mídia para que qualquer cidadão brasileiro doe dinheiro para o seu intento tem que se devidamente verificando, levando-se em consideração que o acompanhamento da origem dos recursos e suas comprovações sejam rigorosas para que recursos públicos entrem para a entidade e acabe sendo contabilizado como "doação espontânea".Há poucos meses a UNE tem promovido uma verdadeira campanha para mudar sua imagem de governista, corrupta e de entidade que não luta.O caso mais explícito do cinismo da UNE foi tentar apropriar-se da luta dos estudantes que ocuparam a UnB. Mas todos sabem que a construção, organização, deflagração e manutenção da greve da UNB foi liderada pelas instâncias internas do movimento estudantil da própria UnB. Como o mais puro cinismo e conveniência, a UNE puxou uma passeata para o final do mês de abril, que não mobilizou como deveria os estudantes, pois a UNE está distante dos estudantes. Como jogada de marketing foi excelente para a direção da UNE, pois os jornais "engoliram" e passaram a associar o que acontecia na UNB à questão proposta pela UNE. Não deu outra. Passou a ser a líder, o que na verdade a UNE foi liderada. Ela não liderou nada. Uma das matérias na nossa mídia, como foi o caso do Jornal da TV Cultura, acabou dando umdestaque à UNE que não deveria:"Liderado também pela UNE, o movimento de Brasília já reflete em outros Estados. Cerca de 28 universidades federais devem enfrentar manifestações na próxima quinta-feira para reformulações internas e pelo fim das fundações que administram recursos públicos, destinado inclusive para pesquisas nessas universidades".Em resumo, com a União Juventude Socialista do PC do B (UJS/PC do B) na direção da UNE percebemos que:1) A UNE virou base do Governo Federal, embora não interessado em ajudar o Governo Lula, mas em barganhar o seu apoio (embora minúsculo pois não representam parcela significativa do movimento estudantil e nem dos jovens brasileiros) em cargos, verbas, pressões para atender seus parentes etc.;2) A UNE aliou-se à Rede Globo visando servir de canal entre a Poderosa Imprensa e o Governo Federal. Deu no que deu, pois a Rede Globo entendeu aquilo apenas como "responsabilidade social corporativa" e deu um pé na bunda da UJS/PC do B após obter os recursos;3) O apoio da STB (empresa que emite as carteirinhas estudantis da UNE) no valor de R$600 mil ao PC do B é o claro aparelhamento da UNE pela União Juventude Socialista (UJS) do Partido Comunista do Brasil (PC do B);4) O silêncio da UNE no caso do Renan Calheiros é o grande exemplo da desonestidade intelectual da União Juventude Socialista (UJS) do Partido Comunista do Brasil (PC do B). È troca de apoio;5) A União Juventude Socialista (UJS) do Partido Comunista do Brasil (PC do B) apoiou o recebimento de recursos da elite conservadora do país ao PC do B, o que compromete a imagem da própria esquerda brasileira que a UJS/PC do B diz defenderÉ bom dizer que depois de liberado milhões de reais em recursos públicos para a UNE "reconstituir" a sua história, o que foi visto foi a Rede Globo se beneficiar dos "produtos" do projeto e dos recursos públicos. o nome do projeto é"História da U.N.E.", que é divulgado pela própria UNE e pela Fundação Roberto Marinho como "Memória do Movimento Estudantil". A análise do produto final do projeto, o livro "Memórias estudantis: da fundação da UNE aos nossos dias," (de Maria Paula de Araújo, 2007), também é imprescindível. Já havíamos feito tal análise no artigo que está aqui:http://sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com/2008/05/artigo-direitos-humanos-democracia-e.htmlMas aqui repetimos. Em qualquer projeto de pesquisa, a escolha dos parceiros é importante. No caso da parceria entre UNE e Globo, que nada tinham um com o outro, muitos jovens brasileiros protestaram na PUC-SP quando da ocorrência de um seminário por lá. A direção da UNE também não consultou suas bases quando da realização da parceria com a Globo, o que gerou menção em várias teses apresentadas nos congressos da entidade após o episódio. Obviamente nunca considerados ou debatidos entre a direção da UNE e base estudantil.Um segundo aspecto, creio que a escolha das fontes é fundamental. No caso dos depoimentos, a escolha dos depoentes ocorre em função dos objetivos claros e definidos do projeto. É para se questionar que, ao se gastar tempo e recursos para entrevistar depoentes que porventura seriam importantes para a "história da UNE", o projeto tenha escolhido os ex-presidentes que estiveram recentemente na UNE: Gustavo Petta(Presidiu a entidade entre 2003 e 2007), Felipe Maia (2001-2003), Wadson Ribeiro (1999-2001), Ricardo Capelli (1997-1999), Orlando Silva Júnior (1995-1997), Fernando Gusmão (1993-1995). Ou ainda Mauro Guimarães Panzera, que foi presidente da UBES em 1990, bem como Felipe Chiarello, o presidente da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) de 1999 a 2001, que também participou de campanhas contra o corte de bolsas do Programa de Educação Tutorial, juntamente com a Coordenadora Técnica do Projeto da UNE, Angélica Muller.O mais enigmático dos entrevistados "selecionados" é Marcelo Britto da Silva, o Gavião, que foi Presidente da União Juventude Socialista (UJS) em 2007 e da UBES em anos anteriores, que garantiu mais uma vez a continuidade do PC do B na direção da UNE, pois para ele, "a UJS é uma entidade que tem uma responsabilidade para com a UNE muito grande. Tratamos a entidade com muito carinho e atenção no cotidiano do conjuntoda nossa militância".Mas o que permitiu a entrada de tantos depoentes no projeto da UNE/Globo foi a sua ligação com o PC do B ou a sua União Juventude Socialista (UJS), pois nada possuem de contribuição com a reconstituição da história da UNE.Sem falar em tantos outros depoentes que tiveram pouca participação da UNE, mas que foram "eleitos" como depoentes do projeto.

Agenda do Lula com a Presidente da UNE

FONTE: http://www.presidencia.gov.br/presidente/agenda/


Presidência da República
AGENDA DO SENHOR PRESIDENTE

Quarta-feira
23 de julho de 2008

09:00 - Despacho Interno

09:15 - Roberto Mangabeira Unger
Ministro Extraordinário para Assuntos Estratégicos

10:00 - Guido Mantega
Ministro da Fazenda

10:45 - Despacho Interno

11:00 - Cerimônia oficial de chegada do Primeiro-Ministro de Trinidad e Tobago, Patrick Manning
Salão Nobre

11:15 - Encontro privado
Gabinete - 3º andar

12:15 - Assinatura de atos
Sala de Audiências

13:15 - Almoço
Palácio Itamaraty - Sala Portinari

15:15 - Ibrahim Al-Zeben
Chefe da Delegação da Palestina

15:45 - José Luis Gioja
Governador da província argentina de San Juan

16:30 - Antônio Carlos Valente da Silva
Presidente do Grupo Telefônica no Brasil

17:30 - Lúcia Kluck Stumpf
Presidente da União Nacional dos Estudantes - UNE

}}}}
18:30 - Luiz Dulci
Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

19:30 - Ottoni Guimarães Fernandes

terça-feira, 15 de julho de 2008

Ensino sem demagogia (por Dermeval Saviani)

FSP de domingo

Ensino sem demagogia
DERMEVAL SAVIANI
ESPECIAL PARA A FOLHA

Professor da Unicamp ataca discurso vazio do governo na área e propõesoluções para a educação no Brasil



Os mais variados diagnósticos põem em evidência o estado atual altamenteprecário da qualidade da educação pública brasileira. E o mais recenteprograma de enfrentamento da situação, o PDE [Plano de Desenvolvimento daEducação], se propôs a atacar de frente exatamente o problema da qualidadedo ensino, mas tem um calcanhar-de-aquiles: o insuficiente investimento.Tal situação agora repercute de forma ampliada por efeito da greve dosprofessores da rede pública estadual de SP [iniciada em 16/6], que põe emevidência o problema das condições precárias de trabalho que dificultam aação dos professores e afetam a formação, desestimulando a procura peloscursos de preparação docente.Tanto para garantir uma formação consistente como para assegurar condiçõesadequadas de trabalho, faz-se necessário prover os recursos financeiroscorrespondentes.Eis o grande desafio a ser enfrentado. É preciso acabar com a duplicidadepela qual, ao mesmo tempo em que se proclamam aos quatro ventos as virtudesda educação, as políticas predominantes se pautam pela redução de custos,cortando investimentos.Impõe-se ajustar as decisões políticas ao discurso imperante. Trata-se,pois, de eleger a educação como máxima prioridade, carreando para ela todosos recursos disponíveis.*Questão crucial*Não se trata de colocar a educação em competição com outras áreasnecessitadas, como saúde, segurança, estradas, desemprego, infra-estruturade transporte, de energia, abastecimento, ambiente etc. Ao contrário, comoeixo do projeto de desenvolvimento nacional, a educação será a via escolhidapara atacar de frente todos esses problemas.Se ampliarmos o número de escolas, tornando-as capazes de absorver toda apopulação em idade escolar, se povoarmos essas escolas com todos osprofissionais de que necessitam, em especial com professores em tempointegral e bem remunerados, estaremos atacando o problema do desempregodiretamente, pois serão criados milhões de empregos.Estaremos atacando o problema da segurança, pois estaremos retirando dasruas e do assédio do tráfico de drogas um grande contingente de crianças ejovens.Mas, principalmente, atacaremos todos os demais problemas, pois estaremospromovendo o desenvolvimento econômico, uma vez que esses milhões de pessoascom bons salários irão consumir e, com isso, ativar o comércio, que, por suavez, ativará o setor produtivo (indústria e agricultura), que irá produzirmais e contratar mais pessoas.De quebra, a implementação desse projeto provocará o crescimento daarrecadação de impostos, maximizando a ação do Estado na infra-estrutura enos programas sociais.Enfim, com esse projeto será resolvido o problema da qualidade da educação:transformada a docência numa profissão atraente em razão da sensívelmelhoria salarial e das boas condições de trabalho, para ela serão atraídosmuitos jovens dispostos a investir recursos, tempo e energia numa altaqualificação obtida em graduações de longa duração e em cursos depós-graduação.Com um quadro de professores altamente qualificado e fortemente motivadotrabalhando em tempo integral numa única escola, estaremos formando oscidadãos conscientes, críticos, criativos, esclarecidos e tecnicamentecompetentes para ocupar os postos do mercado de trabalho de um país queviria a recuperar, a pleno vapor, sua capacidade produtiva.*Falta de coerência*Estaria criado, por esse caminho, o tão desejado círculo virtuoso dodesenvolvimento. Trata-se de uma proposta ingênua, romântica? Não. Elaapenas extrai as conseqüências do discurso hoje dominante, cobrandocoerência aos portadores desse discurso.Está lançado o desafio aos formadores de opinião, aos empresários,dirigentes dos vários níveis e dos mais diferentes ramos de atividade e, emespecial, aos políticos.Ou assumimos essa proposta ou devemos deixar cair a máscara e pararmos depronunciar discursos grandiloqüentes sobre educação, em flagrantecontradição com uma prática que nega cinicamente os discursos proferidos
DERMEVAL SAVIANI é professor emérito da Universidade Estadual de Campinas(Unicamp) e autor de, entre outras obras, "Política e Educação no Brasil"(ed. Autores Associados).

Matéria do Jornal da Unicamp sobre o debate em torno de 1968







NILMÁRIO MIRANDA Ex-ministro faz palestra sobre Lei da Anistia

FONTE: LISTA E-MAILS

Diário do Nordeste – Fortaleza/CE – 14.08.2008Cidade
NILMÁRIO MIRANDA Ex-ministro faz palestra sobre Lei da Anistia
[http://gfx1.hotmail.com/mail/w3/pr01/ltr/i_safe.gif]

Segundo Nilmário, dos 163 desaparecidos políticos reconhecidos, apenas três foram encontrados (Foto: Silvana Tarelho)O ex-ministro chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, Nilmário Miranda, esteve, ontem, em Fortaleza para uma palestra sobre a Lei da Anistia. A discussão foi promovida pela Associação 64/68 Anistia e pelo Sindicato dos Jornalistas do Estado do Ceará (Sindjorce).Promulgada em 1979, a lei concedeu a anistia de cidadãos punidos por atos de exceção durante a ditadura militar brasileira. Mas também anistiava militares e agentes de segurança que tinham atuado como torturadores, fazendo com que seus crimes permanecessem impunes.''Países como Argentina e Chile também tiveram leis de anistia quando estiveram sob ditadura, mas elas foram revogadas no caso dos torturadores para poder responsabilizá-los. Chegamos numa fase de maturidade democrática em que isso pode também ser feito no Brasil'', pontua o ex-ministro.Frei TitoEm sua palestra, Nilmário Miranda citou ações recentes do governo federal, que reconheceu em prisioneiros que se mataram ou foram mortos durante confrontos e tentativas de fuga como vítimas do governo brasileiro Um exemplo disso é o cearense Tito de Alencar, frade dominicano preso e brutalmente torturado pelos militares. Ele também lembrou que, recentemente, o Ministério Público de São Paulo encaminhou ação à Justiça Federal para responsabilizar civilmente torturadores e autoridades da época da ditadura por crimes cometidos no DOI-Codi paulista, entre 1970 e 1976.Nilmário Miranda destacou que houve avanços, mas ainda há muito a ser feito para restabelecer a justiça: ''Ainda temos muitos desafios. Dos 163 desaparecidos políticos reconhecidos no Brasil, apenas três corpos foram encontrados até hoje. Parte dos arquivos da época ainda permanece fechado. As pessoas têm direito à verdade e à sua própria memória. Se não enfrentarmos essa questão de frente, corre-se o risco de ver o passado tornar a se repetir.Obs: também participaram do evento o presidente da OAB-CE, Hélio Leitão, o ex-ministro chefe da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Mário Mamede, vereadores e deputados.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

"Depois de nos quebrarem, nos prenderem, nos humilharem moralmente, o que mais farão conosco? Vão nos matar?"

FONTE:LISTA DE E-MAILS

"Depois de nos quebrarem, nos prenderem, nos humilharem moralmente, o que mais farão conosco? Vão nos matar?"

08/07/2008No vídeo Carta dos movimentos sociais gaúchos o Coletivo Catarse mescla imagens das recentes demonstrações de violência da polícia, da Justiça e do Governo do Rio Grande do Sul com a leitura dramática de uma carta redijida por diversos movimentos e entregue à Comissão de Direitos Humanos do Senado.
Carta dos Movimentos Sociais gaúchos
O VÍDEO PODE SER ASSISTIDO EM -
http://www.youtube. com/watch? v=-rogHIQuMow
A seguir, leia na íntegra a carta do movimentos:
Carta dos Movimentos Sociais do Rio Grande do Sul a Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal e Assembléia Legislativa
Aqui na presença da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal e da Assembléia Legislativa queremos coletivamente enquanto militantes sociais, homens, mulheres que buscam construir formas de organizar sem terras, sem trabalho, camponeses, operários, servidores públicos e trabalhadores para fazer valer direitos constitucionais registrar e denunciar dois temas: O direito de manifestação e a violência. Sobre a violência queremos destacar que esta tem sido a forma, a regra principal como a Polícia, aqui no RS conhecida como Brigada Militar, tem tratado as diferentes formas de manifestações sociais organizadas pelos movimentos sociais e sindicatos, tanto no campo como na cidade. Violência que tem se caracterizado pelo cerco fechado aos manifestantes, pela repressão moral e física aos mesmos, pelas abordagens humilhantes, prisões arbitrárias de militantes, pelo indiciamento massivo e por indiciamentos em processos judiciais . Neste rastro de violência, os mortos e feridos estão em maioria absoluta entre a classe trabalhadora:* Em 30 de setembro de 2005, Jair da Costa é assassinado em uma mobilização dos sapateiros em defesa do emprego, em Sapiranga, no Vale dos Sinos.* Em 24 de abril de 2007 em Farroupilha, um protesto dos comerciários contra o trabalho no domingo em frente a matriz das lojas Colombo, houve pancadaria e prisões.* Em 26 de abril de 2007 em Panambi, paralisação na Tromink, repressão policial, identificação e processo judicial de três dirigentes da Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos.* Em junho de 2007 uma ocupação do plenário da Assembléia Legislativa, por ocasião da venda das ações do BANRISUL, responsabilizaçã o judicial de representantes da CUT.* Em setembro e outubro de 2007 o MST realiza uma marcha a Coqueiros do sul, ao chegar próximo o judiciário decreta o impedimento de entrar na comarca de Carazinho, sendo esta composta de cinco municípios, aqui o direito de ir e vir foi suspenso.* Em 30 de novembro de 2007 em ocupação do Prédio Vazio da CORLAC em Porto Alegre pelo MTD, condução em fila indiana de 600 pessoas para três delegacias para identificação e processo judicial.* Em janeiro deste ano o MST realiza um encontro estadual com 1.100 pessoas em um dos seus assentamentos em Sarandi e a BM monta um aparato com 600 soldados para revistar todos em busca de um anel, 200,00 reais e uma máquina fotográfica. * Em fevereiro de 2008 o ELAOPA, encontro latino americano de organizações populares fez manifestações em Porto Alegre, usando o teatro como ferramenta de comunicação, foi reprimido e dispersado. * Em 08 de março de 2008 repressão violenta com prisões das mulheres da Via Campesina em função de protesto contra a invasão das faixas de fronteiras por empresas multinacionais.* Em 14 de março de 2008 uma atividade de protesto na SEC por parte dos professores ligados ao CPERS denunciando a enturmação e o fechamento de mais de 100 escolas, foram reprimidos e lideranças presas.* Em maio de 2008, em São Gabriel um forte aparato revista os acampados, separando as crianças das mães por horas, impedindo a presença de deputados para acompanhar as arbitrariedades da tal revista. * Em 20 de maio de 2008 em Porto Alegre, o Levante da Juventude fez um manifestação em frente a SEC, denunciando a precariedade do ensino público estadual e o fechamento de escolas e estes também foram reprimidos sendo dois militantes presos.* Em 11 de junho de 2008, repressão violenta com mais de uma dezena de feridos e mais de uma dezena de prisões em função de um protesto no pátio do mercado nacional em Porto Alegre com movimentos do campo e da cidade. O protesto era contra o alto preço dos alimentos e o monocultivo de eucaliptos. O direito de manifestação esta garantido no artigo V da Constituição Federal. Em todos os tempos as sociedades de classes foram e são marcadas por profundas contradições. Os conflitos de posição, de idéias, opiniões a cerca de como se da a organização das sociedades é algo que ainda que alguns queiram, jamais será abolida.Na história do Brasil, marcada por quatro séculos de escravidão, ainda que sob a chibata, os escravos se rebelaram, fugiram, eram perseguidos e todas as suas formas de resistência e organização foram perseguidas, demonizadas, cooptadas ou então esmagadas. Ainda assim depois de tantos conflitos as elites ficaram ao longo de 40 anos produzindo leis que em doses homeopáticas iam libertando os escravos. Até que enfim veio a Lei Áurea que aboliu, mas não resolveu. Milhares de homens e mulheres agora livres e igualmente miseráveis, sem um tostão de indenização, sem um pedaço de chão.A história andou, andou o processo civilizatório que também é contraditório e outra vez a força, a violência e a tortura fizeram outra geração ter que fugir, se esconder ou então matar ou morrer para que seus filhos pudessem ter o direito às palavras, as ruas, a empunhar bandeiras a explicitar as feridas da contraditória sociedade de classes. Era o tempo da ditadura militar.Outra vez as elites colonizadas deste país decretam que este período foi necessário, mas acabou e ficamos assim, seguimos na construção de um país finalmente democrático, acordamos que todos podem existir e que os que detêm o poder não perseguirão, não sufocarão, não criminalizarã o os contrários.Assim passamos os últimos vinte anos, a maioria produzindo riquezas e obedecendo as regras acordadas em 1988 e a minoria, todos os dias, discretamente desmanchando as regras de 88. Por quê?Nas últimas décadas o capitalismo tem tido novas necessidades, é planetário e finalmente o reino das mercadorias foi instaurado. No trono esta o lucro e a propriedade privada. A humanidade junto com toda a biodiversidade do planeta deve postar-se de joelhos diante destes e tudo o que estiver fora desta posição é atrasado, retrogrado, ilegal, criminoso, terrorista, bandido.Desse modo no mundo todo e aqui não é diferente, para todos aqueles que levantarem a voz para dizer que esta proposta de mundo esta nos arrastando para a coisificação, a desumanização, a barbárie social e ambiental passam a estar condenados, passam a cadeira dos réus por crime contra o direito inquestionável da reprodução do capital a qualquer custo.O lucro das papeleiras suecas, norueguesas, norte americanas, das grandes empresas esta acima de qualquer coisa. A produção de papel para a exportação, no ES, na BA, no RS esta acima da vida de milhares de pessoas, expulsas de suas terras. A terra esturricada de sede, infestada de formigas, árida, não abala, não toca, não afeta a classe dominante desta velha colônia.Passados mais de 500 anos seguiram enviando para as metrópoles as mesmas riquezas, à custa de nossa imensa pobreza, controlada por uma profunda violência. A violência faz parte da sociedade de classes, para manter muitos trabalhando e produzindo riqueza para poucos, só com muita violência, primeiro o chicote, depois cartão ponto, fiscal, gerente e finalmente se estes mecanismos não derem conta, a polícia com bala e pau coloca tudo no seu devido lugar.A questão é porque nos últimos dois três anos a violência tem sido maior sobre os movimentos sociais? Que motivações produziram esse grau de repressão, perseguição, criminalização?Se o sistema capitalista precisa garantir altas taxas de lucros,, precisa para isso, realizar altos investimentos para por sua vez garantir a reprodução de mais e maiores lucros e assim seguir seu metabolismo.Para que isso aconteça, todos os empecilhos no meio desse caminho devem ser removidos, as leis da Constituição de 88 são suprimidas, transformadas. O caminho para chegar ao paraíso das matérias primas como: ferro, ouro, bauxita, alumínio, manganês, terra, água, sol é aplainado e o que esta pela frente deve ser removido. Também perturba o sistema o serviço público, sempre pesado, sempre caro, ineficaz, preguiçoso e quando não corrupto, portanto pode ser dispensável.Desse modo cria-se toda uma pauta produzida pelo sistema capitalista e sua rainha a propriedade privada e tudo passa a valer, inclusive abolir o Estado Democrático de Direito como, por exemplo, aplicar despejos ilegais em Coqueiros do Sul, com base em processos não transitados e não julgados. Desse modo até as leis que dizem ser sagradas, não são cumpridas por quem as usa para justificar sua própria truculência. E o Estado? E o Judiciário? E o Ministério Público? Grupos desses setores ligados ideologicamente com a extrema direita, preconceituosa como a FARSUL, por exemplo, e pertencentes ao mesmo grupo instalado no poder dirigido por Yeda, justificam, aplaudem e criam mecanismos para legitimar o atual pensamento único que vigora nesse país e no mundo. Desse modo Polícia técnica, apolítica, não existe, nunca existiu e não existirá. Todos esses aparatos explicitam que é para manter a propriedade privada, o lucro e sua ideologia.E quem defende a vida humana e a biodiversidade, tem seus ossos quebrados, é humilhado, preso, criminalizado. Quem é o violento nessa conjuntura? Quem esta praticando a violência? Para onde vamos com essa proposta de mundo onde nos tornamos coisa, mercadoria em nome de garantir os lucros de meia dúzia? Depois de nos quebrarem, nos prenderem, nos humilharem moralmente, o que mais farão conosco?

Estado do Conhecimento sobre os estudos de juventude

FONTE:http://www.uff.br/obsjovem/mambo/
Estado do Conhecimento sobre os estudos de juventude

O Observatório Jovem está participando da pesquisa nacional Balanço e perspectivas do campo de estudos de juventude no Brasil em conjuntura de expansão. Um dos objetivos é organizar banco de dados de acesso público com as teses e dissertações completas. Verifique se o seu trabalho está em nossa lista e envie um e-mail com o arquivo para estadoarterj@globo.com. Clique aqui para consultar a lista de trabalhos defendidos em universidades do Rio de Janeiro e do Centro Oeste.

Socialismo com a nossa cara? É ou poderia ser, mas não é Socialismo!

Socialismo com a nossa cara? É ou poderia ser, mas não é Socialismo!

COMENTÁRIO DE OTÁVIO: Se podemos chamar de Socialismo o que a UJS do PC do B faz na e com a UNE talvez é porque Che Guevara também tem sido usado apenas como ilustração por um grupo de jovens fechado no seu pequeno mundinho.

FONTE: http://www.ujs.org.br/14_congresso/manifesto.pdf

Socialismo com a nossa cara
Manifesto da UJS
1. Nos bancos das escolas e universidades, no cotidiano do trabalho das fábricas e repartições,
nas periferias, no duro ofício de lavrar a terra, nas praças, ruas, palcos, quartéis, campos,
praias e festas dizemos presente.
2. Somos milhões de faces que dão a cara jovem ao Brasil. Somos Socialistas porque, jovens
que somos, andamos abraçados com o futuro e a busca da felicidade - desejos que são
diariamente frustados nessa sociedade capitalista que não tem perspectiva e só nos oferece a
desilusão e a exploração.
"Há tempos são os jovens que adoecem" [Legião Urbana]
3. Aqui no Brasil, somos discriminados e postos de escanteio. Amargamos o não
aproveitamento do melhor de nossa criatividade e energia na imensa fila dos desempregados.
A placa de "NÃO HÁ VAGAS" é a senha de nossa exclusão e marginalização. Somos milhões
que não têm acesso às universidades ou a nenhuma forma de ensino profissionalizante. O
analfabetismo ainda atinge muitos de nós. Nas escolas e universidades encontramos um
ensino elitista, atrasado e conservador, sem investimentos e democracia.
4. Toda a nossa história e a nossa cultura expressadas em incalculáveis prosas e versos, em
livros e nas artes, que constituem um fantástico patrimônio cultural, inclusive já encenadas no
cinema, teatro e televisão, não são acessíveis a todos. No Brasil, permanece o monopólio dos
meios de comunicação, que não permitem a expressão da cultura popular e a propagação de
idéias e da pluralidade.
5. Para nós, oferecem o individualismo, a discriminação e a exclusão social. As drogas, que
além de serem tratadas como crime, são lembradas somente nos telejornais, persistindo a
absurda ausência de uma mínima política de Estado capaz de tratar o problema como uma
questão de saúde pública, o que acaba por somente enriquecer os capitalistas e o tráfico.
6. Nossas cidades não nos oferecem espaços públicos de esporte e lazer; não temos acesso à
mobilidade urbana e ainda enfrentamos graves problemas de moradia. Nas periferias faltam
segurança pública e a realização de outros direitos fundamentais para o nosso
desenvolvimento pleno. A insegurança toma conta dos grandes centros. Esse meio não nos
interessa, não nos satisfaz, queremos cidades capazes de incluir a todos sem discriminação de
crença, cor e classe social e gênero.
7. Queremos acesso à saúde pública de qualidade e universal. Somente assim combateremos
as epidemias e as doenças que atingem a parcela mais necessitada de nosso povo. Não
queremos enriquecer a indústria farmacêutica nem o oligopólio dos planos de saúde privada. É
preciso investir em saúde preventiva e em qualidade de vida.
8. Nossa sexualidade precisa ser respeitada, livre de dogmas e de visões conservadoras. Não
nos oferecem educação sexual nas escolas e não temos acesso a métodos anticonceptivos.
São milhares de jovens que enfrentam uma gravidez sem nenhuma proteção e
acompanhamento. Por ser tratado como crime e não como problema de saúde pública, o
aborto em clínicas de fundo de quintal acaba sendo a única alternativa para interromper uma
gravidez precoce e indesejada. Muitos jovens são vitimados pela Aids, por falta de informações
e meios de prevenção. No Brasil, a sexualidade é banalizada e reproduz o machismo e a
homofobia.
9. Nosso meio ambiente é vítima da insanidade capitalista que o degrada, polui e destrói. O
Brasil do futuro depende do equilíbrio entre o desenvolvimento e a preservação das nossas
riquezas naturais.
"Quem quer manter a ordem?" [Titãs]
10.. Os donos do poder afirmam que vivemos uma democracia porque temos eleições.
Escondem que as regras dessa ordem só servem para os que têm poder financeiro.
11. Essa democracia nos discrimina, não nos ouve e não nos serve. Somos considerados o
futuro e, assim, no presente não temos espaço para opinar, participar e decidir. Mesmo esta
falsa democracia cada vez mais é atacada e limitada...
12. A violência nos persegue o tempo todo. Muitos dos nossos nos ferem ou se matam em
disputa entre gangues, ou são espancados pelos próprios pais.
13. Outros recebem uma bala perdida ou são vítimas de assalto ou perseguição. No
capitalismo não temos paz.
14. Nossa liberdade é extremamente vigiada e reprimida. As elites e os meios de comunicação
discriminam o negro, tratando-o como escravo "moderno" e deformando sua história. Às
mulheres não dão igualdade de direito e não entendem sua realidade e suas diferenças. A
homossexualidade é tratada como doença e não como livre orientação sexual. Preconceito e
discriminação são as marcas do nosso tempo.
"Que país é este?" [Legião Urbana]
15. Com um povo criativo, num vasto território e riqueza de fazer inveja, nosso gigante viveu
por séculos ajoelhado. O Brasil ainda precisa avançar na sua independência em relação aos
países imperialistas, em especial aos Estados Unidos.
16. O que move a chamada globalização é a busca do lucro, o desejo de acabar com a
soberania dos países, explorar seus trabalhadores, destruir suas culturas e anexar suas
riquezas. Conduzido neste rumo em décadas de submissão, nosso Brasil viu sua bandeira
pisoteada, sua independência destruída e seu futuro comprometido.
"Quero ver quem paga pra gente ficar assim" [Cazuza]
17. Nossa história está marcada pelo atraso e pela subordinação extrema. Portugal, Inglaterra
e Estados Unidos. Foram eles ao longo do tempo que promoveram a escravidão, a
monocultura, o atraso industrial, o desenvolvimento dependente e, mais recentemente, a
tentativa de desindustrialização e da nossa transformação em mercado de bugiganga.
18. Mas não foram eles os únicos responsáveis por esta triste história e pelo rumo atual.Os
latifundiários, praga secular do nosso país, sempre sustentaram este rumo através da violência
e do coronelismo político.
19. A chamada burguesia brasileira, incompetente e adepta do projeto imperialista, em sua
maioria, sempre se subordinou aos interesses de seus patrões e de seus subordinados
externos. O capital financeiro aqui já surgiu ligado aos grupos monopolistas estrangeiros.
"Homem primata, capitalismo selvagem" [Titãs]
20. Se o capitalismo em nosso país é trágico para o povo, no mundo não é diferente. Em sua
fúria exploratória tenta fazer do mundo inteiro um vasto campo para sua ganância.
Proprietários da tecnologia, fazem suas mercadorias e capitais percorrerem o mundo com
velocidade. Trilhões de dólares circulam nos sistemas financeiros como nuvens por todo o
globo, vivendo somente da especulação e do roubo.
21. Globalizado o capitalismo, globalizada a exclusão capitalista, que arrasta milhões para a
miséria, as doenças, a fome e a morte. Globalizado o capitalismo, globalizado o caráter
desumano, cruel e ineficiente. Globalizada a necessidade de superá-lo, de pôr fim nesta
barbárie "moderna".
"... carro alegre, cheio de gente contente..." [Pablo Milanés]
22. Assim é a história: a juventude e os povos do mundo não se calam diante do caos
capitalista. Em todos os continentes se levantam vozes e punhos contra o capitalismo e seus
males. Exigem direitos sociais, defendem seu país, sua liberdade e assim, de dedo em riste,
encaram o capitalismo, negador dos seus anseios.
"Mas eu não sou as coisas e me revolto" [Carlos Drummond de Andrade]
23. A história do capitalismo é também a história de resistência à exploração e sua defesa de
outra sociedade. Esta luta gerou em 1848, pelas mãos dos jovens alemães, Karl Marx e
Friedrich Engels, o Manifesto do Partido Comunista, programa básico de luta contra o
capitalismo e em defesa do socialismo. Programa que até hoje nos inspira. Em 1917, sob o
comando de Lênin e outros revolucionários, o socialismo prova na velha Rússia que o
capitalismo não é eterno. Em poucas década o socialismo alterou a face do mundo, levando à
construção da União Soviética e à vitória de vários povos do leste europeu e da Ásia. Nestas
suas primeiras experiências históricas, prova que é superior ao capitalismo ao oferecer direitos
sociais e uma nova perspectiva de vida para a Humanidade, mesmo vivendo sob o constante
cerco capitalista. Jamais um país enfrentou tantas agressões. E, ainda assim, foi a URSS que
derrotou a agressão nazista, perdendo 22 milhões de patriotas, abrindo uma época de maiores
direitos sociais, democracia e o fim do colonialismo.
No entanto, o povo, força principal da revolução, foi perdendo protagonismo. A democracia e a
liberdade foram se reduzindo para os trabalhadores e a juventude. A vida cultural e científica
passou a ser tratada com oficialismo, fatores que desarmaram as forças revolucionárias,
levando ao fim deste primeiro ciclo socialista na URSS e no Leste Europeu. Mas o tempo não
pára. A resistência do socialismo na China, em Cuba, no Vietnã, na Coréia Popular e no Laos e
a sua evolução, junto com a luta dos povos em todo o mundo abrem caminhos da nova luta
pelo Socialismo, em especial na Ásia e na América Latina.
24. Esses reveses nas primeiras experiências socialistas revelam erros e mostram a
necessidade de aprimorarmos mais seu projeto. A construção do socialismo está apenas no
seu começo. Hoje, perseguimos a edificação de um novo tempo, humanizado, igualitário, que
constituirá as bases do socialismo em nosso século. No socialismo com a nossa cara, o Brasil
experimentará a sua própria experiência, construída a partir da nossa própria história.
"Canta, canta, minha gente / deixa a tristeza pra lá / canta forte, canta alto / que a vida vai
melhorar..." [Martinho da Vila]
24. Temos alegria e rebeldia para derrotarmos a face velha e capitalista do Brasil e em seu
lugar colocarmos o socialismo com a nossa cara. O Brasil socialista que queremos terá um
poder popular, uma República de trabalhadores que acabará com a exploração e nele haverá a
verdadeira liberdade e a mais ampla democracia para o povo e para a juventude.
25. Terá o ser humano como seu primeiro objetivo, será libertário e criativo, incentivando o
conhecimento e a transformação, será justo e igualitário. A terra e as empresas trarão
benefícios para todos e não somente para um punhado de capitalistas. O trabalho passará a
ser um valor fundamental do desenvolvimento humano. Nosso país socialista se relacionará
com o mundo de forma independente, respeitando a autonomia dos outros povos.
Romperemos as amarras que nos mantiveram tanto tempo de costas para o nosso continente
e finalmente assumiremos nossa identidade latino-americana.
26. Nosso povo, internacionalista, apoiará as lutas de outros povos por um mundo melhor. No
Brasil socialista, nós jovens seremos considerados uma força presente e nele conquistaremos
o espaço para discutir, participar e decidir sobre nossos interesses e sobre o rumo do país.
"Os meninos e o povo no poder..." [Milton Nascimento e Fernando Brant]
27. Não queremos fórmulas. O nosso socialismo será verde e amarelo, tocará viola, dançará
samba e rock. Fará carnaval e jogará futebol. Será construído a partir de nossa realidade e
caminhos que nós descortinaremos. Não queremos fórmulas. O nosso socialismo será verde e
amarelo, tocará viola, fará Hip-Hop, dançará samba e rock. Fará carnaval e jogará futebol. Será
construído a partir de nossa realidade e caminhos que nós descortinaremos.
28. Beberá da experiência da história da luta do nosso povo. Terá o vigor dos versos
abolicionistas de Castro Alves, a revolta de Zumbi, o desejo de liberdade de Tiradentes, a
bravura de Helenira Rezende, de Osvaldão e dos guerrilheiros do Araguaia, o hino democrático
das Diretas Já, a cara jovem e pintada do Fora Collor, e a alegria dos que comemoraram a
chegada de forças políticas oriundas dos partidos populares e dos movimentos sociais ao
governo do país. Guardará a lembrança daqueles que ontem resistiram e hoje resistem ao
neoliberalismo e que carregam consigo a bandeira da esperança e a certeza de que o futuro
nos pertence.
29. Beberá também da história da nossa América Latina, da vontade de unidade que moveu
Bolivar, da revolução camponesa de Zapata, da luta de Sandino, do exemplo de dedicação e
combatividade de Ernesto Che Guevara.
30. Nele, conquistaremos emprego digno, ensino público e gratuito, de qualidade, para todos,
em todos os níveis. Nele garantiremos acesso à arte produzida em nosso país e no mundo.
Lutaremos por uma nova cultura, progressista, popular e brasileira, por incentivos e espaços
aos nossos artistas.A ciência e a tecnologia deverão ser desenvolvidas e utilizadas para
nossos interesses, não para generalizar desemprego, destruir a natureza ou produzir armas e
guerra.
Queremos que esporte e lazer façam parte do nosso cotidiano e que tenham facilidade para
viajar para todos os lugares de nosso país.
Os grupos de extermínio terão que acabar e a polícia, ao invés de nos perseguir, vai Ter que
prender aqueles que destroem a natureza, que roubam o dinheiro do povo, que vendem a
droga e promovem a prostituição.
Brasileiro, formado pelas várias etnias que se somaram e criaram um povo novo, nosso
socialismo terá de acabar de fato com a discriminação e os preconceitos de toda a espécie.
Nele exigiremos direito à saúde, à habitação e ao futuro. A natureza será protegida como será
nosso povo. Nossa infância terá atenção e ao invés de viver jogada pelas ruas, terá o direito de
brincar e de crescer sorrindo.Ajudaremos a acabar com o analfabetismo e com a ignorância. O
povo aprenderá a linguagem dos computadores e da Internet, mas não deixará de lado o seu
hábito de diálogo franco e seu contato social permanente. Queremos que TVs, Rádios,
Cinemas e todos os meios de comunicação deixem de ser instrumentos de quadrilhas e sirvam
aos nossos interesses.
Parece utopia, mas é plenamente realizável. Nós transformaremos a face do Brasil. Nunca
negamos nossa rebeldia e força para as grandes transformações. A revolução que queremos
exige muita luta. Não será obra fácil. De sua edificação terão que participar os trabalhadores do
campo e da cidade, a juventude, os artistas e as personalidades populares. A união popular
será a arma principal para vencermos. Dela deverão participar os sindicatos, as entidades
estudantis e todas as organizações do povo. Os partidos do povo, unidos, deverão também
fazer parte de uma ampla frente por uma vida nova.
"O homem coletivo sente a necessidade de lutar" - [Chico Science]
É para construir essa vida nova que te convidamos. A solidão não cabe para nós, pois vivemos
a luta deste tempo - cruel sim, mas também desafiador. Juntos escreveremos a história desse
novo Brasil que desejamos.
Aqui, na União da Juventude Socialista, vão se encontrar as bandeiras vermelhas, verdeamarelas
e os nossos anseios, nossa rebeldia, nossa solidariedade e a luta diária pelo
socialismo. Não nascemos para o silêncio, nascemos para cantar e viver outra vida, melhor e
mais justa. Assim será a república de trabalhadores que ajudaremos a construir. Nela estarão
"os meninos e o povo no poder...". Nela estará hasteada bem alta a bandeira do socialismo e,
nas faces, estampada a nossa alegria.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Simpósio Movimientos Estudiantiles en América latina. Siglo xx.

COMENTÁRIO DE OTÁVIO LUIZ MACHADO: é muito honroso estar junto a trabalhos tão imnportantes sobre a nossa AMÉRICA LATINA. Estamos fazendo o melhor para que possamos representar bem o nosso Brasil junto aos outros países no evento


Última actualización: 08/07/08
congreso chile
Movimientos Estudiantiles en América latina. Siglo xx.

Lista de ponentes

1.- ANA LÓPEZ: De la dictadura militar a la democracia pactada de la concertación y la derecha. El modelo de la Universidad- empresa en Chile (1973-2008)

2.- NORMA HUIZAR HERNÁNDEZ: 1968 no se olvida.


3.- FLORENCIA GUTIERREZ: Estudiantes y antiporfiristas. Debates y movilizaciones en torno al problema de la reelección presidencial.



4.- RENE RIVAS ONTIVEROS: México a cuarenta años de la noche de Tlatelolco.



5.- DENISSE DE JESÚS CEJUDO: Entre las aulas y la lucha agraria: los estudiantes de las escuelas normales rurales en México.



6.- LAURA BEATRIZ MORENO RODRIGUEZ: Nuevas propuestas culturales en los espacios de las luchas estudiantiles en México: documentos de la Dirección General de Investigaciones Políticas y Sociales (DGIPS)



7.- SANTIAGO ARÁNGUIZ PINTO: Movimientos estudiantiles y Reforma Universitaria en Chile durante la década de 1920.



8.- OTÁVIO LUIZ MACHADO: Movimentos estudantis e profissões no Brasil: mobilidade coletiva e projetos futuros dos estudantes (1958-1975).



9.-
GISLENE EDWIGES DE LACERDA: Estudantes e a busca pela liberdade: a influencia do Movimento Estudantil no processo de transição democrática brasileira
( 1975-1985)



10.- JAVIER MOYANO: Algunas interpretaciones sobre la reforma universitaria cordobesa de 1918. Una contribución al debate.



11.- PABLO TORO BLANCO: Débiles chispazos en medio del Apagón cultural: iniciativas artísticas y literarias y propuesta cultural del estudiante oficialista en la Universidad de Chile (1978-1984).




12.- RENATE MARSISKE: Una tarea interdisciplinaria y comparativa: La historia de los movimientos estudiantiles en América Latina.



13.- JOSÉ DOMINGO CARRILLO: Belice y el nacionalismo estudiantil en Guatemala, 1962.



14.- VÍCTOR MUÑOZ TAMAYO: Estado, mercado y universidad. Los agravios del cambio de siglo.



15.- RAFAEL DE LA GARZA TALAVERA: El movimiento estudiantil del 99 en la unam. Un análisis desde la perspectiva de los movimientos anti-sistémicos.



16.- JOSÉ G. VARGAS HERNÁNDEZ: Identidad y emergencia de los movimientos nacionales como expresión del nacionalismo. (PONENCIA COMPLETA)



17.- JAIME PENSADO: El movimiento politécnico de 1956: La primera revuelta estudiantil en México de los sesentas.



18.- ALCIRA SOLER: El 68 en México y Francia: un estudio comparativo a trávez de la imagen.



19.- MARTÍN BERGEL: El reformismo universitario latinoamericano y los rituales de construcción de una cultura compartida: el viaje de Haya de la Torre por el cono sur de 1922.



20.- ANA MARÍA TORRES ARROYO: Espacios alterados y contestatarios: salones Independientes (1968-1970)



21.- SERGIO ARTURO SÁNCHEZ PARRA: La cultura política del movimiento estudiantil universitario sinaloense. De la reforma universitaria al radicalismo armado: 1966-1978.



22.- FRANCISCO JAVIER GÁRATE V.: Una reforma que integra y revoluciona.



23.- MINA ALEJANDRA NAVARRO TRUJILLO: La “Corda Frates” y la reforma universitaria en Córdoba”



24.- JOSÉ IGNACIO GOMEZA GÓMEZ: Los congresos internacionales de estudiantes americanos. Primeras formas de organización del movimiento estudiantil latinoamericano



25.- LORENA MARTÍNEZ ZAVALA: El movimiento universitario de Puebla (1970-1973). Una aproximación desde la perspectiva de las oportunidades políticas.



26.- REGINA MARIA MICHELOTTO: Movimento estudantil de 1968: O caso brasileiro.



27.- IVÁN PINXEIRA TORRES: Codificación y decodificación: la irrupción pingüino y la disputa de los medios.



28.- FERNANDO DE LA CUADRA: Movimiento estudiantil en el Chile contemporáneo. Un análisis de la revolución de los pingüinos.



29.- CUAUHTÉMOC DOMÍNGUEZ NAVA: Raíz histórica del movimiento estudiantil de 1968 en México.



30.- FABIO MORAGA VALLE: El conflicto estudiantil en Chile. 2006-2008.



31.- ALBERTO DEL CASTILLO TRONCOSO: El movimiento estudiantil del 68 narrado a partir de las imágenes de la prensa.








A UJS/PC do B está vendo o país avançar,mas ela não contribui com nada

COMENTÁRIO: A UJS/PC do B está vendo o país avançar,mas ela não contribui com nada de significativo em termos de debates de idéias sobre o país

FONTE: http://www.ujs.org.br/2008/julho/08julho03.asp

Dias de grandes conquistas
Os últimos dias têm sido marcados por boas notícias para a educação em nosso país: Piso nacional para os professores, fim da incidência da DRU nas verbas da educação, aumento de 133% da produção científica, além da implantação do Reuni que tem ajudado na expansão do ensino superior brasileiro.
Foi aprovada pelo senado a promessa da campanha presidencial de 2006 com relação ao piso salarial nacional de R$ 950,00 para professores do ensino básico. A proposta depende agora de sanção do Presidente Lula, a partir daí os professores que ganharem menos do que o piso receberão um terço da diferença neste ano, outro terço em 2009 e mais um em 2010. A expectativa é que 1,5 milhão de professores sejam beneficiados com a medida.
Essa é uma ação de grande importância para acelerarmos a construção de um projeto de país que dê à educação o tratamento que é devido. Não é possível conceber uma educação de qualidade com salários tão baixos como os que são praticados em várias partes do país. Sabemos também que apenas os aumentos salariais não resolverão por si só a situação calamitosa na qual a educação brasileira se encontra, contudo, afirmamos que estamos, nesse momento, dando um grande passo.
A construção de uma educação pública, gratuita, laica e de qualidade depende, sobretudo da capacidade da sociedade e dos governantes de perceberem que é mais do que necessária a construção de uma profunda reforma do nosso sistema educacional. Uma reforma que elabore métodos pedagógicos eficazes, que possa ampliar ainda mais os investimentos, incentivar e fortalecer a participação da comunidade, investir na formação e na qualificação dos professores e equipar nossas escolas com material capaz de colocar os milhares de jovens em contato com as novas tecnologias.
E para garantir tudo isso ter profissionais bem pagos é fundamental. Um piso salarial dará aos docentes o testemunho do valor que a sociedade confere a sua profissão e representa o início da construção de um processo de valorização do magistério. Nesse sentido nosso objetivo deve ser garantir as condições para construir uma carreira digna para atrair bons profissionais.
Ainda no sentido de garantir mais verbas para a área da educação podemos comemorar o resultado da votação no Senado da Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que acaba com incidência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) sobre os recursos da educação, o que poderá representar um aumento de sete bilhões no orçamento da educação.
Essa proposta foi aprovada por unanimidade em segundo turno e seguirá agora para a Câmara dos Deputados. A PEC prevê que a desvinculação será gradativa a partir de 2009 e sua suspensão em 2011. Vale lembrar que a DRU é um mecanismo que garante ao governo federal gastar 20% de qualquer arrecadação sem justificar a destinação dos recursos. Ou seja, com a aprovação dessa nova PEC o governo não poderá mais mexer nas verbas destinadas à educação.
Outra boa notícia a ser comemorada é a confirmação do aumento da produção científica aqui no Brasil. Medida em números de artigos publicados em periódicos internacionais, a produção científica brasileira cresceu 133% nos últimos 10 anos.
Dentre os países chamados "em desenvolvimento" o Brasil só não cresceu mais do que a China que por sua vez quadruplicou a publicação de artigos. Com esse resultado o Brasil segue ocupando o 16º lugar em um ranking que lista 233 países. Esse desempenho de 2007 representa mais da metade de toda a produção científica da América Latina.
Por fim podemos falar de vitórias também na luta pela expansão da educação superior. Depois de muitos debates começamos a colher os frutos por ter apoiado e aprovado em várias universidades o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais e a expansão da Rede Federal de Educação Tecnológica.
O Reuni é uma vitória dos que defendem a expo crescimento e a democratização das universidades. Por causa dele foram aprovados, também no Senado Federal, dois Projetos de Lei que criam cerca de 50 mil cargos em Instituições Federais de Educação Profissional Tecnológica e de Ensino Superior. Essas vagas serão abertas ao longo dos próximos três anos e segundo o Ministério da Educação, a criação dos novos cargos visa dar suporte a implementação do Reuni.
Ainda estamos longe de alcançar o modelo educacional que buscamos, contudo, nunca é demais afirmar que os dias de hoje em nada nos lembra a situação vivida por nós antes de 2002.
Não queremos parar por aí. Para que o Brasil possa continuar nesse rumo é preciso que o Governo Lula continue fazendo sua parte. É necessário que faça a sanção do piso nacional do professor, assim como apoiar na Câmara dos Deputados o fim da DRU na educação.
Marcelo Gavião - Presidente Nacional da UJS

A UNE a serviço do Ministro Temporão

COMENTÁRIO DE OTÁVIO: Se a direção da UJS/PC do B na UNE quer prestar serviço ao Ministério da Saúde deveria primeiramente discutir com as lideranças de todo o Brasil se seria bom, se sim, como seria. Tentar mais uma vez jogar para dentro das entidades estudantis "pacotes governamentais" assim do nada é questionável. Eles tentaram também ao querer que os pesquisadores das universidades cumprissem o ridículo papel de coletador de documentos históricos para a UNE. Não colou. Essa gente da UJS/PC do B deveria pensar no Brasil e não apenas no seu minúsculo grupo.

FONTE: http://www.une.org.br/

8 de julho de 2008
UNE convoca estudantes de todo o Brasil para construir a Caravana da Saúde, Educação e Cultura
A iniciativa inédita da entidade, em parceria com o Ministério da Saúde, inicia suas atividades dia 11 de agosto, no Rio de Janeiro
Serão mais de três meses na estrada, passando pelas principais universidades do Brasil. Na bagagem, a idéia de discutir saúde, educação e cultura, sob a ótica da juventude brasileira nos 27 estados do País.
Falta pouco mais de um mês para o início das atividades da Caravana. Pensando nisso, a UNE está convocando lideranças estudantis de todo o País a formar comitês com o intuito de levar os temas da Caravana para dentro de suas universidades e, assim, preparar e perpetuar o que será discutido na passagem do ônibus por cada instituição.
Os comitês têm como objetivo potencializar os espaços da Caravana em cada universidade, trazendo para os debates as especificidades das diferentes realidades do Brasil. Para isso, a UNE convida os estudantes a pensar em uma rede de atividades que sejam realizadas antes e depois da passagem da Caravana.
"Sabemos que os debates gerais do movimento estudantil, as pautas locais e o tema da saúde são assuntos amplos e que não devem apenas ser trabalhados em um dia. A Caravana também é um importante instrumento de atividades que trabalha com os interesses específicos de cada universidade. Um bom exemplo são os cursos da área de saúde, que poderão aprofundar suas discussões", explica a diretora de comunicação da UNE, Camila Marcarini.
Os Comitês da Caravana precisam ser bastante plurais, sinaliza a UNE. Isso porque é importante que, na elaboração das atividades pré e pós Caravana, diferentes visões e opiniões sejam levadas em consideração. Para tanto, a mobilização para formação e trabalho dos comitês ficam a cargo das entidades ligadas ao movimento estudantil: Diretórios Centrais dos Estudantes (DCE’s), Diretórios Acadêmicos (DA’s), Centros Acadêmicos (CA’s), Executivas e Federações de cursos, além das Uniões Estaduais dos Estudantes (UEE’s).
"Os comitês terão autonomia para pensar a programação da Caravana, podendo também propor novidades. É importante que, tanto a reunião de formação dos comitês, como as de organização e programação sejam amplamente divulgadas, para assim incluir a pluralidade de idéias", informou Camila.
"Esse será um importante momento para a UNE, não apenas para chegar até as universidades, mas também para aprofundar o debate sobre a sociedade em que vivemos e suas desigualdades, além da necessidade de os movimentos sociais entrarem na disputa e na construção de uma sociedade justa e igualitária. Discutir saúde, educação e cultura é discutir o mundo que temos e o mundo que queremos construir", conclui a diretora da entidade.Da Redação