COMENTÁRIO DE OTÁVIO LUIZ MACHADO: O Ministro Tarso Genro, que na solenidade não se dirigiu em nenhum momento ao igualmente homenageados do ato, os estudantes Jonas e Ivan, mortos brutalmente no dia 1 de abril de 1964, deveria ao menos colocar no site do Ministério o que aconteceu na solenidade. O mais grave foi impedir que a irmã de Jonas (Marisa Barros) falasse no ato. Só não aconteceu pela força dela mais uma vez em tentar mostrar ao povo brasileiro os primeiros assassinatos da ditadura, que nossas elites (incluindo a nossa elite política atual) insistem em esquecer.
fonte: http://www.mj.gov.br/data/Pages/MJ7CBDB5BEITEMIDD15C9A573C814AABB7113C695FA8C6A3PTBRIE.htm
31/03/2009 - 12:31h
Tarso assina anistia política de Miguel Arraes em Recife
Brasília, 31/03/09 (MJ) – Há exatos 45 anos, quando um golpe militar instalou a ditadura no país, o então governador de Pernambuco, Miguel Arraes, foi preso pelos militares e conduzido para fora do Palácio do Campo das Princesas, sede do governo do estado. É nesse mesmo local que, nesta quarta-feira (1º), às 11h, o ministro da Justiça, Tarso Genro, assinará a portaria que concederá anistia política a Arraes.
O ato será realizado na abertura da 20ª Caravana da Anistia, com a presença do governador do estado, Eduardo Campos, neto de Arraes, do prefeito de Recife, João da Costa, do presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares Pires, e do presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão.
Durante a cerimônia, haverá sessão de memória em homenagem a Arraes e a Dom Helder Câmara. E o governador promoverá a doação do acervo documental do Instituto de Criminalística do Estado para o Memorial da Anistia Política no Brasil, do Ministério da Justiça.
À tarde, no Tribunal de Justiça de Pernambuco, duas turmas especiais da Comissão de Anistia realizarão sessão especial de julgamento. Na pauta, requerimentos de perseguidos políticos pernambucanos.
Duas caravanas
Na quinta-feira (2), ainda em Recife, a Comissão realizará a 21ª Caravana da Anistia. Na Câmara Municipal, o evento vai homenagear Francisco Julião e as Ligas Camponesas, que organizava trabalhadores rurais em torno da luta pela reforma agrária. Novamente, duas turmas especiais apreciarão processos de pedidos de anistia.
Com as duas caravanas, a Comissão de Anistia pretende julgar mais de 60 requerimentos de pernambucanos que sofreram perseguição política durante a ditadura. “O projeto resgata a dignidade do perseguido onde ela foi ferida e cumpre a missão de tornar público o pedido de desculpas do Estado brasileiro”, afirma o presidente da Comissão, Paulo Abrão.
Desde seu lançamento, em abril de 2008, a Caravana da Anistia já percorreu 11 estados em todas as regiões do país, apreciando mais de 350 requerimentos. Além de tornar público o trabalho e os critérios da Comissão, o projeto aproxima a juventude brasileira da temática da luta pela democracia.
Criada em 2002, a Comissão recebeu mais de 64 mil requerimentos, dos quais cerca de 45 mil já foram apreciados. Foram anistiados 29 mil brasileiros – em menos da metade, cerca de 12 mil casos, houve reparação econômica por danos comprovados.
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