FONTE:LISTA DE E-MAILS
Reitoria da Unicamp quer expulsar hóspedes da moradia
Com o pretexto da reforma de um bloco, a reitoria da Unicamp prepara a expulsão dos hóspedes. Cerca de 20 moradores ficaram sem casa na semana passada e centenas de calouros procuram por vagas12 de março de 2009
A reforma que está sendo superficial e não está resolvendo os problemas de fato da moradia que já afeta a todos os blocos, chegou no Bloco P. Não por coincidência é o bloco onde mais haviam hóspedes (moradores não oficiais) na moradia. Os moradores do bloco P serão realocados para o O, a questão que prejudica os moradores é que há uma diferença de seis casas a menos no segundo bloco, portanto, cerca de 20 pessoas ficaram sem casa desde a semana passada.Segundo a administração, a reforma não poderia ser em outro bloco, do mesmo tamanho que o O, por exemplo, porque estão seguindo um planejamento das obras. Planejamento este que desconsiderou completamente as pessoas que moram nas casas.Todo o problema começou quando a administração usou de uma base numérica dos moradores oficiais para encaixá-los nas novas casas. Não levou em consideração a boa convivência de quem já mora junto há anos, obrigando moradores de casas diferentes a morarem numa mesma casa sem qualquer tipo de convivência anterior, ao mesmo tempo que não garantiu casas para os moradores não oficiais, deixando dezenas de pessoas na rua.Caça às BruxasNa segunda, 9, ocorreu uma reunião do Conselho Deliberativo. Havia um quórum alto de moradores dispostos a negociar com a burocracia a questão das casas e do adiamento da reforma no bloco até que todos estejam alocados. Porém, a burocracia foi intransigente durante as quatro horas de discussão.Também do tratamento de “clandestinidade” a que estão submetendo hóspedes temporários, ou seja, estudantes que não foram aprovados no processo de seleção, mas precisam de moradia.A burocracia quer que os moradores apresentem um senso sobre quais são os moradores oficiais. Ou seja, querem que os moradores delatem quem são os hóspedes para que a administração possa ter um mapeamento da moradia e assim, quando for conveniente, expulsem essas pessoas de suas casas, como está acontecendo numa realocação errada em dois blocos diferentes.A informação de quantos hóspedes existem na moradia é cobiçada pela burocracia universitária há anos, mas por uma organização dos próprios moradores, a informação real sempre foi velada. Querem agora chantagear quem está sem teto para que entreguem o resto da moradia.Mais vagas na moradia!O que existe na moradia, para os estudantes, não são “oficiais” e “hóspedes”, mas moradores e não moradores. Os que estão na condição de “hóspedes” e necessitam da vaga, são tão moradores quanto os que recebem aval da universidade.O SAE alega que as vagas na moradia existem, o problema são os hóspedes. Uma dissimulação da realidade. Isso porque, está mais do que comprovado, que 900 vagas não conseguem cumprir com uma demanda de 15 mil estudantes. O projeto inicial da moradia, de 20 anos atrás, foi planejado em cima de uma oferta de 1500 vagas, o que não foi cumprido até hoje e já está defasado.É necessário que se faça um estudo para adaptar a situação a realidade, ou seja, analisar novamente os pedidos e aumentar o número de vagas na moradia.Os moradores devem manter a mobilização que estão criando e ampliá-la para todos os blocos, pela não expulsão dos hóspedes e pelo aumento do número de vagas na moradia.
Rety
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário