sábado, 15 de setembro de 2007

Número de estudantes no nível superior cresce 13,2%, diz IBGE

É satisfatório o aumento do número de estudantes no ensino superior brasileiro. E desejável. Mas não resolveremos os problemas do país se os novos ingressos tenham na universidade apenas a forma de resolver os seus problemas individuais e a sua ascensão social. A aprendizagem de cidadania, de participação política e de construção de um projeto de país só será efetivo quando tivermos uma direção da UNE (União Nacional dos Estudantes) presente nos campi das Universidades, de Centros e Diretórios Acadêmicos batalhando para a melhoria dos cursos e da melhor formação dos estudantes, assim como envolvidos em projetos coletivos. Resolveremos os problemas individuais de milhares de jovens (e adultos), mas nunca os problemas brasileiros que poderiam ser resolvidos com o envolvimento de jovens em projetos ainda durante o seu curso, assim como formados numa base intelectual sólida que resulte num compromisso social intenso no seu longo exercício profissional. São milhões de reais desembolsados cujo compromisso final do estudante é pagar a conta e ir embora.
Nas universidades públicas, também, ao invés de cobrar mensalidades (como muitos pretendem), o ideal seria
O bom exemplo é a Faculdade de Medicina da UFMG:
http://www.medicina.ufmg.br/dmps/internato/

Ali são aliados formação profissional e Cidadania, pois é o seguinte objetivo do Internato Rural (IR): "é uma disciplina obrigatória do Curso de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ministrada no 11o. período do curso. Chamada hoje de Internato em Saúde Coletiva, se desenvolve em rodízios trimestrais sucessivos, enviando os alunos para cidades do interior do Estado, e para a região Metropolitana de Belo Horizonte (preferência para alunos casados, com filhos, arrimo de família ou com casos de doença grave na família)".


FONTE: FOLHA ONLINE/EDUCAÇÃO
http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u328297.shtml

14/09/2007 - 10h05
Número de estudantes no nível superior cresce 13,2%, diz IBGE
CLARICE SPITZda Folha Online, no Rio
A Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) 2006, pesquisa feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que em 2006 5,874 milhões de brasileiros freqüentavam o ensino superior, cursos de mestrado e doutorado. O número representa um acréscimo de 13,2% em relação ao ano anterior.
André Porto/Folha Imagem
Segundo IBGE, Crescimento pode ser explicado pelo envelhecimento da população brasileira
Segundo o IBGE, o forte crescimento pode ser explicado pelo envelhecimento da população brasileira e por uma procura mais intensa por um curso universitário nesse ano.
Apesar do crescimento de estudantes com maior nível de escolaridade, eles ainda representam apenas 10,7% do total de estudantes brasileiros. A pesquisa mostra que a grande maioria dos estudantes de 3º grau estava na rede particular de ensino (75,5%).
A maior presença de estudantes na escola se dá na faixa etária entre 7 e 14 anos (97,6%). Santa Catarina tem quase toda a população na escola (99%). Já Acre e Alagoas são Estados com menor taxa de freqüência nessa faixa etária.
Entre 2005 e 2006 o percentual de crianças de 5 e 6 anos na escola aumentou três pontos percentuais. Este aumento, diz o IBGE, pode ser reflexo de mudança na legislação, que prevê matrícula obrigatória a partir dos seis anos até 2010.
Analfabetismo
A Pnad aponta ainda que a taxa de analfabetismo recuou de 10,2% em 2005 para 9,6% em 2006. No ano passado, 14,9 milhões de pessoas não sabiam ler e escrever. Segundo a consultora do IBGE Vandeli Guerra, a queda na taxa tem influência direta do aumento da taxa de escolarização.
"A taxa de analfabetismo caiu em todas as regiões, sobretudo, o Nordeste", disse.
Já ao considerar as pessoas com 10 anos ou mais e com menos de quatro anos de estudo, os chamados analfabetos funcionais, esse percentual sobe para 23,6%. O número médio de anos de estudo do brasileiro é de 6,8 anos. As mulheres em geral estudam mais. Enquanto as mulheres têm em média 7,0 anos de estudo os homens têm 6,6 anos.

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