terça-feira, 11 de novembro de 2008

Abaixo a repressão! Militantes da AJR são impedidos de distribuir panfletos na Unicamp

FONTE: LISTA DE E-MAILS

Abaixo a repressão!
Militantes da AJR são impedidos de distribuir panfletos na Unicamp


Na quinta-feira, 6, militantes da AJR foram impedidos pela guarda universitária de distribuir os panfletos da campanha eleitoral para o DCE no Ciclo Básico da Unicamp 9 de novembro de 2008
Na quinta-feira, 6, à noite, estudantes e militantes da AJR (Juventude do PCO) foram impedidos de distribuir a carta-programa para as eleições do DCE no Ciclo Básico da Unicamp (CB).

Desde o início deste semestre, a segurança da universidade tenta impedir a agitação política dos militantes da AJR no pátio do CB. Antes, impediam a venda do Causa Operária, por alegarem que a venda de qualquer produto no local é proibida, menos as contas e demais serviços oferecidos pelo quiosque do Banco Nossa Caixa.

A repressão aumentou gradativamente e, com o passar de algumas semanas, a guarda universitária passou a “seguir” os militantes que passassem pelo local com o jornal, mesmo que não estivessem oferecendo para a venda. Nesta semana, a repressão chegou a ponto de não poderem nem ao menos distribuir seu material de campanha para as eleições estudantis.

Logo em seguida, os militantes da AJR passaram em sala de aula para denunciar a repressão que acabara de acontecer e fazer um chamado aos estudantes para se colocarem contra todo e qualquer tipo de ataque ao movimento estudantil. Os panfletos foram distribuídos em sala e, durante o intervalo de aula, foi passado também nas salas da Faculdade de Educação.

Campanha do Psol é apoiada pela reitoria

Segundo o segurança do local, a ordem, dada pela diretora do CB, Rute Siqueira Alves, é que os militantes do PCO não podem nem vender o Jornal e nem distribuir panfletos no CB. Enquanto os militantes da AJR eram reprimidos em plena campanha eleitoral, militantes do Psol distribuíam panfletos na boca de urna livremente desde manhã.

Quer dizer, a reitoria só permite que seus pupilos do DCE realizem campanha, pois todo mundo sabe que a diretoria atual do DCE e a chapa para a reeleição, "É preciso navegar", o Psol, não tem nenhum vínculo com o movimento real dos estudantes e suas necessidades. Um exemplo disso foram as duas ocupações da Unicamp, uma da reitoria e outra da diretoria acadêmica, em que o Psol foi o porta-voz da reitoria nas assembléias, procurando a todo custo desmobilizar os estudantes. Não por acaso, nas eleições que ocorreram no mesmo ano, a reitoria ofereceu gráfica, funcionários, urnas, ginásio multidisciplinar, moto e carro para que as eleições para a diretoria do DCE ocorressem, e, justamente durante a gestão de 2008 deste grupo que já domina a entidade há dez anos, não houve sequer uma assembléia, ou uma maior mobilização dos estudantes contra as punições.

Abaixo a ditadura da burocracia universitária!

Depois de um ano com mais de 50 ocupações de reitoria, a burocracia universitária está tomando todas as medidas possíveis para fechar o cerco ao movimento estudantil.

Para calar a voz dos estudantes, câmeras foram instaladas na maior parte dos Institutos da Unicamp, a proibição das festas foram intensificadas, houve ataques aos espaços dos estudantes, como no caso do Centro Acadêmico de Ciências da Terra, em que uma parede foi instalada no lugar da porta do CA, arbitrariamente, durante as férias. As punições aumentaram e a segurança foi instruída a ser mais repressiva, como ocorreu no Unistock, festa contra a repressão, em que um segurança da universidade bateu em um ex-estudante.

Não só no espaço do campus, mas na moradia os estudantes estão sendo atacados também, resultado dessa política repressora da burocracia universitária foi o fechamento de todos os espaços coletivos e de acesso livre dos moradores.

Mesmo estando em um sistema supostamente democrático, tais ações demonstram uma volta da censura.

A burocracia universitária está completamente em crise depois das denúncias de escândalo de corrupção nas universidades públicas, e para continuar com a roubalheira do dinheiro público e com imensos privilégios, tenta impor um clima de terror, transformando a universidade em um verdadeiro campo de concentração, onde é proibido se reunir para fazer uma discussão ou para simplesmente conversar, em que é proibido fazer festas de confraternização, e muito menos política, ou seja, qualquer ação estudantil.

É necessário organizar uma ampla campanha contra a repressão em todas as universidades, pois essa é uma situação geral, desde a chamada a depoimentos na Polícia Federal dos estudantes que ocuparam a reitoria da Unifesp, contra a corrupção do reitor, até a campanha eleitoral para o DCE na Unicamp, onde querem impedir que os estudantes discutam idéias e distribuam panfletos.

Leia mais em:
www.pco.org.br/pagina_inicial
Jornal Socialista Diário e em Tempo Real na internet
Rety
AJR - Juventude do PCO
Pedagogia - Unicamp

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