sexta-feira, 28 de março de 2008

Documento Plenária Nacional de Entidades de Base: Belém, 23 de março de 2008

Plenária Nacional de Entidades de Base
Belém, 23 de março de 2008

ESCOLAS PRESENTES:
Cruz das Almas-UFRB, Aracajú-UFS (CRV), Mossoró–UFERSA (CRVIII), Belém – UFRA (CRVI), Cáceres–UNEMAT (CRIV), Fortaleza–UFC, Piracicaba-USP (NTP de Educação), Curitiba – UFPR (NTP de Agroecologia), Montes Claros-UFMG (CN), Lavras-UFLA (NTP de Relações Internacionais), Rural-UFRRJ, Lages-UESC (NTP de Movimentos Sociais), Santa Maria– UFSM (CRI), Porto Alegre-UFRGS (CO CONEA), Marabá-UFPA


Conjuntura

1. A FEAB se posiciona pela autodeterminação e soberania dos povos da América Latina, se posicionando contra a ofensiva recolonizadora do imperialismo.

M.E. Geral

2. A esquerda brasileira passa por um período de reflexões e acúmulo de forcas, caracterizada pelo encerramento do ciclo com centralidade na disputa institucional. Diante dessa conjuntura a FEAB acredita que a UNE sofre uma crise de origem estrutural, consolidada pela burocratização e aparelhamento dessa entidade que vai para além de uma crise de sua atual direção. Partimos do consenso da importância histórica que a UNE cumpriu para organização e impulsionando lutas da classe trabalhadora. No entanto, a FEAB consolida seu rompimento com a UNE e compreende que esta deixou de cumprir seu papel na organização do ME combativo. Esta posição não aponta neste período para a construção de uma nova entidade, pois as tarefas colocadas são o trabalho de base, a formação política e a luta concreta. No entanto, compreendemos a importância do debate da reorganização para o movimento estudantil brasileiro e do papel que a FEAB pode exercer nesse debate.

M.E. Agronomia

3. A FEAB deve potencializar a Frente de Luta contra a Reforma Universitária e o FENEX.
4. A FEAB deve avançar na relação com os movimentos urbanos.
5. Devemos analisar o funcionamento da nossa estrutura, fortalecê-la e construir as pautas do ME.
6. Devemos potencializar os espaços de formação da FEAB, a exemplo dos EIV´s, que aglutinam os estudantes para o ME, aproximando-os da classe trabalhadora.

Ciência e Tecnologia/ Agroecologia

7. A FEAB deve organizar um CFA de nível nacional com a participação do maior número de militantes dos grupos de Agroecologia.
8. Os grupos agroecológicos da Federação precisam aprofundar o debate de concepção de Agroecologia e associar com a concepção do M.E.
9. A Agroecologia hoje é um importante canal de diálogo e bandeira política de contraposição ao modelo do Agronegócio e devemos desenvolver nossas tecnologias e ciência como forma de exercício do poder popular, concomitante à busca de um processo revolucionário.

Gênero e Sexualidade

10. Devemos avançar para além da plenária de mulheres nos CONEA e da participação na jornada do oito de março.
11. A FEAB de fomentar a discussão sobre aborto.
12. A FEAB precisa aprofundar na auto-organização das mulheres com um curso de formação política das mulheres.

Comunicação

13. A FEAB deve, para o próximo período, propor uma campanha contra os trotes violentos.
Finanças

14. Os NTP’s devem refletir sobre a possibilidade de elaborar uma revista nacional, com intuito de fomentar as discussões das bandeiras da federação.

Relações Internacionais

15. A Coordenação Geral da CONCLAEA deve se inserir nos encontros, cursos e mobilizações que possuam a temática da América Latina.

Educação

16. A FEAB deve construir junto aos movimentos sociais uma proposta de educação popular.

Formação Profissional

17. Reafirmamos a necessidade de concretização do estágio profissional junto aos movimentos sociais camponeses, contribuindo assim com a formação do técnico-militante.

Juventude, Cultura, Valores, Gênero, Sexualidade e Etnia

18. A FEAB necessita fomentar o debate da relação do uso de drogas (causa e conseqüência) e o sistema capitalista.
19. Diante de sua estratégia, a FEAB necessita resgatar os valores socialistas em todas suas atividades.




51º CONEA

1 - Chamada do congresso: ´Agroecologia e Educação Popular: semeando para a soberania dos povos. ´


2 - Painel I (Análise de Conjuntura):
Assessores: Ribas (Corrente Comunista Luis Carlos Prestes), Roberta Traspadini, Soto (Valério Acari como 2ª opção), Bruno ou Mamão.
Metodologia: Ribas trará elementos históricos, dispondo de mais tempo para apresentar sua análise. A análise dos demais assessores trará o enfoque do papel da juventude na atual conjuntura, cada um dispondo de dois terços do tempo reservado para Ribas.

3 - Painel II (Educação Popular e Universidade):
Assessores: Roberto Leher (Schuch como 2ª opção); Ranulfo – CEPIS (Tati – ENFF como 2ª opção); Universidade Bolivariana da Venezuela (indicação da CO).
Ementas: Precarização da educação; avanço do capital sobre a educação pública; construção da universidade democrática popular; educação libertadora.

4 - Painel III (Agroecologia, Ciência e Tecnologia):
Assessores:
Enfoque político: Frei Sérgio (2ª opção: Zé Maria);
Enfoque agricultora e MS: MMC;
Enfoque Estudantil: Bento (2ª opção: ABEEF);
Enfoque ONG: Maria Rita - Terra de Direitos (2ª opção: Henri – ISA; 3ª opção: James – FASE MT);
Enfoque científico e conceitual: Gilson – PSTU (2ª opção: Horácio Martins; 3ª opção: Caporal).
Metodologia: mesa redonda, dispondo um tempo menor que o usual para os palestrantes apresentarem sua contribuição.

5 – Fica sob responsabilidade da CO criar nomes para os painéis, baseando-se nas ementas apontadas.

6- Alteração na grade proposta no Seminário de Construção: o espaço “PNEB I” ocorrerá na manhã do terceiro dia do congresso. As vivências ocorrerão à tarde e a socialização das vivências à noite do mesmo dia.

7- A comissão eleitoral da escola, caso não seja composta pelo centro acadêmico legalmente eleito, pode ser uma comissão eleitoral formada de no mínimo (3) três estudantes devidamente matriculados no semestre.

8- Comissão eleitoral do congresso será composta de: um membro da CO, um da CN e um de cada superintendência regional.

9- A plenária das mulheres ocorrerá paralelamente à outra plenária cujo tema a ser debatido será sexualidade e valores, e após terá um momento de debate numa plenária de gênero.

Avaliação da PNEB

A PNEB contou com uma significativa representatividade das escolas da federação, sendo ao todo 15 escolas presentes durante a PNEB, com militantes de todas as oito regionais da FEAB, apesar da distância geográfica colocada.
Dentre os 35 anos da federação sabemos que este foi um momento histórico da FEAB, não pelo avanço de proposições para nossas bandeiras, já que em nossas avaliações deixamos muito a desejar no fortalecimento destas. Reafirmando a crítica que já vem sendo feita há algum tempo sobre a necessidade de fomentar a formação dos militantes da federação, e o papel dos nossos NTP's para a acumulação entorno de suas temáticas, e que muitas bandeiras como Estudos Amazônicos continuam débeis.
Este momento marca nossa história não só pelo rompimento com a UNE, mas também pela forma como foram conduzidas as discussões durante toda a PNEB. Conseguimos trabalhar as discussões que ocorreram sobre concepção e papel do ME que acreditamos, e os desafios que teremos pela frente neste final de ciclo de lutas e descenso de mobilizações sociais, com um elevado nível político das três leituras que se colocavam enquanto forças do M.E geral, com um debate profundo e de grande respeito a todos os membros da federação e convidados presentes. Colocando acima das nossas diferenças táticas, o rumo estratégico da construção do socialismo.
Consideramos que o desafio colocado para federação neste momento, é de rever não só a sua estrutura organizativa, mas o conteúdo político, sendo este o determinante da forma organizativa. Partindo assim para um momento reflexivo, sobre nossa organicidade, para que possamos avançar em propostas que promovam o crescimento político e organizativo da FEAB.
Reafirmando mais uma vez que a FEAB é de luta, pois o que há de transitório na FEAB pode se apresentar como as metodologias, espaços, estruturas e os próprios estudantes de Agronomia, mas o que sempre será permanente é o combustível que nos move, o desejo e sentimento de luta de construir coletivamente o socialismo.

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