sábado, 31 de janeiro de 2009

CARTA ABERTA A COMUNIDADE DA ENGENHARIA- CAENG UFRJ

FONTE: LISTA DE E-MAILS
CARTA ABERTA A COMUNIDADE DA ENGENHARIA

Nós da chapa vencedora para gestão 2009 do CAEng (chapa1, Proatividade), queremos agradecer os votos de confiança recebidos (402 votos das urnas apuradas). Cabe ressaltar que numa democracia irá sempre acontecer algumas divergências e por isso gostaríamos de pedir desculpas por atitudes ou gestos por nós cometidos e convocar a todos que queiram de forma ativa, lutar em prol da Faculdade de Engenharia.

Sabedores de alguns erros da gestão passada, da qual fazíamos parte, esclarecemos que estes nunca de má fé, e sim por falta de experiências em alguns momentos. Assim, com o aprendizado acumulado, comprometemos-nos em tentar da melhor maneira possível, sermos coerente em nossos atos e termos transparências em nossa gestão.

Junte-se a nós!

Chapa 1, Proatividade.

O inusitado caráter político da contracultura brasileira

FONTE: http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3757&bd=1&pg=1&lg=

Humanidades
-->Mídia
Liberdade cabeluda
O inusitado caráter político da contracultura brasileira

Gonçalo Junior
Edição Impressa 155 - Janeiro 2009

Pesquisa FAPESP -
© Eurico Dantas/O Globo
Houve uma vez um verão. Era o verão do desbunde, quando milhares de hippies de todo o país migraram a pé, de carona ou de carro como romaria para a pequena praia de Arembepe, no litoral baiano, em dezembro de 1970. Como se ali fosse meca e houvesse a necessidade de estar lá como uma forma de batismo para aquele novo estilo de encarar a vida e o mundo. Eram os hippies que se disseminavam pelo país, a contragosto da ditadura e da moral vigente. Por causa disso, muitos não conseguiram chegar. Foram presos em cidades como Salvador, onde a repressão aos cabeludos era uma prioridade para a polícia local, que os considerava meros vagabundos, segundo registraram jornais da época. Para a esquerda e demais envolvidos na luta contra o regime, essas moças e rapazes que não se preocupavam em tomar banho, pregavam o sexo livre e o consumo de maconha não passavam de “alienados”. E eram mesmo? Essa visão teria ajudado a academia a manter no limbo o rico movimento que ficou conhecido como contracultura ou underground – “udigrudi”, em bom português –, enquanto se dedicou exaustivamente a estudar o movimento estudantil e a luta armada? É provável que sim. Doutor em história social pela USP, Marcos Alexandre Capellari diz que se pode aventar, inicialmente, algumas razões para o pouco interesse da universidade pelo assunto. A primeira, explica ele, tem a ver com o fato de que se trata de fenômeno recente em que muitas de suas feridas (decepções, mal- -entendidos etc.) ainda não cicatrizaram. “Não é confortável lidar com um movimento cujos personagens envolvidos, em sua grande maioria, estão vivos e atuantes, e cujo ideá­rio ainda repercute culturalmente, dividindo opiniões, observa o historiador, que defendeu recentemente a tese O discurso da contracultura no Brasil: o underground através de Luiz Carlos Maciel, com orientação de Raquel Glezer. Outra explicação diz respeito às tradições de pesquisa nas universidades, no interior das quais determinados temas são ou não considerados legítimos objetos de estudo. Capellari concentrou sua pesquisa na repressão imposta pelo regime militar, sobretudo a partir do AI-5, de dezembro de 1968, para investigar o ideário libertário da contracultura propagado pelo jornalista Luiz Carlos Maciel na coluna Underground, do semanário O Pasquim, lançado em junho de 1969. Maciel seria apelidado de “guru da contracultura” pela importância que teve em difundir suas ideias no país. A análise de Capellari tenta identificar as motivações do movimento contracultural internacional e sua introdução no Brasil em um período marcado por fortes rivalidades políticas e ideológicas. A partir do discurso do jornalista, ele questiona se a concepção de liberdade proposta pelo movimento foi, como defende a crítica, mera expressão de escapismo hedonista ou efetivamente revolucionária. O trabalho procura também apontar suas origens históricas.

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© Arquivo/AE
Turma do Pasquim reunida: Jaguar, de óculos, e Tarso de Castro, ao centro
Para elaborar o projeto do doutorado, Capellari leu de forma mais sistemática desde obras de divulgação sobre o tema até teóricos evocados pelo movimento, como Theodore Roszak, Wilhelm Reich, Herbert Marcuse, David Cooper, entre vários outros. “Com a ajuda de minha orientadora, avaliei possíveis rumos da pesquisa e surgiu a decisão de abordar a coluna de Luiz Carlos Maciel.” Ao lidar com essa documentação, o historiador notou que era possível, analisando os elementos de seu discurso, compor uma interpretação não apenas da difusão, nesse período (1969-1972), do ideário contracultural no Brasil, como também do seu conteú­do, composto por elementos oriundos de diversas tradições do saber. Nesse contexto, a ditadura, de alguma forma, ao reprimir a liberdade sexual e outras manifestações como o movimento hippie, tentou conter a chegada da contracultura no Brasil. Nesse sentido, o autor observa que, além dos aspectos políticos e econômicos envolvidos no conceito, o termo “ditadura” pode ser considerado, para o período, como representação sintética do conservadorismo na esfera dos costumes. “Não resta dúvida de que ela se opôs de forma contundente ao ingresso da contracultura no cenário nacional, ao considerá-la um elemento subversivo a mais a ser combatido.” Para isso, a censura, de um lado, e a repressão, atestada por testemunhos de época, de outro, foram utilizadas como meio de impedir a liberação dos costumes. “Creio que não só o regime, mas sobretudo a cultura conservadora que ele representava foi vencedora, mas não apenas no Brasil.” Acontece que, prossegue Capellari, do ponto de vista de grande parte dos que se envolveram na contracultura, ficou a sensação de que os ideais libertários que acompanhavam a liberação dos costumes minguaram à medida que, no seu lugar, a indústria cultural transformava as bandeiras do movimento em mercadoria, esvaziando-as de suas conotações políticas e filosóficas. Juventude - Há, sobre esse aspecto, afirma o pesquisador, uma outra consideração a ser feita e que se relaciona com as disputas que ocorriam no Brasil no âmbito político e cultural. De um lado, ao contrário dos EUA, vivia-se no país um regime de exceção, contra o qual parte da juventude estudantil e de outros segmentos sociais se manifestou até dezembro de 1968, quando veio a repressão pelo AI-5. De outro lado, na arena cultural, havia uma forte disputa entre defensores de uma cultura nacional e politicamente engajada, simbolizada pelas propostas do CPC (Centro Popular de Cultura), e tropicalistas abertos às vanguardas estéticas nacionais e internacionais. “Entendo que não interessava ao regime militar a introdução de elementos culturais alienígenas quando eles tivessem alguma conotação subversiva, e realmente houve repressão a eles; creio, contudo, que a contracultura também encontrou obstáculos para a sua difusão na própria conjuntura brasileira do período.”

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© Patrícia Santos/Folha Imagem
O rebelde hoje: Luiz Carlos Maciel
Capellari acredita que até 1968 a juventude engajada tinha como norte comum a derrubada da ditadura, e outras preocupações, relacionadas à subjetividade, em geral ficavam em segundo plano. “Quando, porém, o ‘sinal se fechou’ com o AI-5, a juventude se ‘trifurcou’ (como disse Alfredo Syrkis), e uma parte dela aderiu à luta armada, outra à sociedade de consumo e uma terceira, já aberta para as influências culturais internacionais e desconfiada em relação à luta política tradicional, ‘desbundou’.” Maciel, acredita ele, ajudou e muito na difusão da contracultura no Brasil. “O Pasquim foi muito lido pela juventude da época, vendendo mais de 200 mil exemplares semanalmente e a coluna Underground, de sua responsabilidade, além de divulgar o que se passava no universo contracultural, discutia de forma sintética ideias que permeavam o imaginário dos envolvidos, em maior ou menor grau. Mas é claro que a contracultura chegou de uma forma mais ampla por intermédio do rock e da indústria cultural como um todo.” E também de publicações semelhantes, porém de menor repercussão, como A pausa, Rolling Stone, o tablóide paulistano O Bondinho e a revista Grilo, ambos editados por um grupo de jornalistas oriundos da revista Realidade. O desbunde brasileiro tinha motivações internacionais como a recusa em relação ao modelo ocidental de cultura, entendido pelos envolvidos como opressivo. Capellari observa que o “não” à família burguesa e à contenção sexual, ao serviço militar, ao trabalho e à acumulação, à religião institucionalizada e aos seus dogmas, ao conhecimento “legítimo” ministrado nas escolas, entre outros, aludia com clareza a um outro “não”. “Isto é, ao processo civilizador que caracteriza a modernidade ocidental, sobretudo desde a revolução científica do século XVII, o Iluminismo e, é claro, o capitalismo industrial.” Repressão - Para o pesquisador, trata-se, portanto, de uma questão complexa, que ele discute na tese. “No caso do Brasil, como já disse, a sua introdução se deu em uma conjuntura marcada pela repressão de extrema direita de um lado e, de outro, por uma oposição que acabou se dividindo não só na esfera política (o caso das diversas frentes de esquerda), como também no âmbito cultural. Nesse caso havia, por parte de uma das vertentes, nacional-popular, uma certa desconfiança em relação ao movimento contracultural.” Por essa razão a contracultura sofreu a oposição no Brasil tanto da direita quanto da esquerda tradicional, que a considerava uma forma de escapismo.

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A concepção de liberdade contracultural foi o objeto de análise de Capellari. Ele observa que sobre isso há autores que entendem não passar de uma forma de escapismo, uma vez que é uma liberdade que aponta apenas para a própria subjetividade. “Haveria então, como defende Luciano Martins, uma espécie de negação da condição de sujeito histórico por parte dos envolvidos. Muito embora sua análise seja pertinente sob o ângulo sociológico, creio que o ideal de liberdade na contracultura é um pouco mais refinado do que isso, pois ele aponta sim para uma ruptura no universo social, mas por um caminho diferente, aí sim a partir da subjetividade.” Em vez da ação positiva, nos moldes convencionais de política, explica o autor, a contracultura defende o rompimento a partir de dentro, do núcleo no interior do qual a rede cultural se fecha sobre o sujeito, a sua subjetividade, pois é ela que conserva, como um nó, a rede como um todo. “Se há o rompimento de um ponto, a rede tende a se esgarçar, sendo essa então a própria ruptura na esfera social. Trata-se, pois, de um ideal de liberdade que reclama, em primeiro lugar, a libertação do sujeito para que dela surja a libertação social como um todo. Daí o apelo exercido pelas drogas psicodélicas, por algumas vertentes da psicanálise e pelas correntes filosófico-religiosas orientais.” O Brasil, nesse período, afirma Capellari, passava por um processo de modernização autoritária. A sociedade se urbanizava e, em virtude da expansão dos meios de comunicação de massa, tornava-se permeável às transformações que vinham ocorrendo “lá fora” na esfera dos costumes, dos comportamentos etc. “Era inevitável que a contracultura se introduzisse no país. E ao se introduzir sofreu a repressão do regime devido ao seu caráter subversivo, mas não só. Sofreu também a oposição de setores políticos e culturais de esquerda, para quem a contracultura era considerada uma forma de escapismo introduzido junto com outros elementos alienantes produzidos pelo imperialismo cultural.” O pesquisador dedica boa parte do primeiro capítulo da tese na discussão dessa e de outras questões. Ele confronta testemunhos e opiniões favoráveis e desfavoráveis em relação à introdução da contracultura no Brasil. “Para além da esfera nacional, discuti em profundidade a ideia de liberdade contracultural no segundo capítulo da tese, dedicada à análise de artigos da coluna Underground.” Nesse capítulo analisa certas vertentes da psicanálise (Reich, Marcuse, Brown etc.) e conceitos oriundos do universo filosófico e religioso oriental. E compõe um quadro que pode esclarecer certos comportamentos contraculturais.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

FSM: Comunicação popular para a cidadania e os direitos humanos

FONTE: LISTA DE E-MAILS

FSM: Comunicação popular para a cidadania e os direitos humanos

O Fórum em Defesa das Rádios Comunitárias é uma articulação de Rádios Comunitárias da Região Metropolitana de Belém e do interior do Estado do Pará, que lutam pela democratização dos meios de comunicação e pelos direitos das rádios comunitárias – que são legítimos instrumentos para fortalecer comunidades e viabilizar o direito humano à comunicação.
Participe da Atividade do Fórum em Defesa das Rádios Comunitárias no Fórum Social Mundial !
Dia 31/01
§ Seminário: Comunicação popular para a cidadania e os direitos humanos
Turno: 3 (15:30 – 18:30h)
Local: UFRA/ ICB Anexo/ Sala PAT06
Palestrantes:
AMARC – Associação Mundial de Rádios Comunitárias
SDDH – Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos
INTERVOZES
UFPA – Profa. Msc. Rosane Steinbrenner
FDRC – Fórum de RadCom do Pará

Contatos:
radioscomunitarias_ pa@yahoogrupos. com.br
8169-6253 / 9102-9699 / 8162-9169

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Carta do MST: Reafirmamos nosso compromisso com a luta pela Reforma Agrária


From: letraviva@mst.org.brDate: Tue, 27 Jan 2009 12:59:59 -0200Subject: Letra Viva MST Informa n° 160 - 27/01/2009


Ano VI - nº 160
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Reafirmamos nosso compromisso com a luta pela Reforma Agrária

Recebemos em nosso 13º Encontro Nacional o apoio de diversos companheiros e companheiras da luta pela Reforma Agrária. No dia 24, realizamos um ato político com a presença de representantes dos partidos de esquerda, centrais sindicais, igrejas, intelectuais, dirigentes e lutadores do Brasil e de outros países. Nosso encontro reuniu mais de 1.500 militantes dos 24 estados onde o MST está organizado e contamos com convidados de mais de 30 países. O balanço das discussões foi divulgado em um manifesto, em que reafirmamos o compromisso com a luta pela Reforma Agrária e pelas mudanças necessárias ao país (leia abaixo).
"O MST não é a doença do Brasil, é a demonstração da saúde, dos que não se dobram diante da tirania, da opressão e da marginalização. O MST no Brasil é o movimento palestino em Gaza. Esse movimento extraordinariamente organizado, que forma militantes em escolas e universidades, é uma graça de Deus para que a paz seja instaurada no país", afirmou o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB). Jackson Lago (PDT), governador do Maranhão, destacou a importância do Movimento na luta pela educação. "O MST desempenha um papel importante nas lutas sociais do país, e especialmente na luta pela erradicação do analfabetismo. Espero que o Movimento continue contando com o apoio da sociedade". "A gente só luta porque ama, e esse movimento faz com que a gente se contagie com o espírito de liberdade no seu sentido integral", disse a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT).
"Vocês estão fazendo aquilo que meu pai sempre buscou e pelo qual doou 70 anos de sua vida. Ele sempre disse que o povo precisa se organizar. A história do século XIX é uma história de luta e repressão dos movimentos sociais. No século XX, foi a mesma coisa, apenas a Coluna Prestes não foi derrotada. O MST está seguindo esse exemplo, com muito estudo, para poder transformar o Brasil em um país socialista", ressaltou Anita Prestes, historiadora e filha dos lutadores comunistas Luiz Carlos Prestes e Olga Benário.

Apoio internacional - Aleida Guevara, médica cubana e filha de Che Guevara, também levou seu apoio a Sarandi. "Quando vou a alguma área do MST, seja um acampamento, assentamento ou escola, sempre sinto a força de vida que emana de vocês. Força que mostra que, quando um povo decide criar seu próprio destino, ele pode". Representando a Via Campesina Internacional, o dirigente turco Abdullah Aysu afirmou que o MST é símbolo de terra, dignidade e vida para os camponeses da Turquia. "Sempre que algum companheiro do MST cai na luta, nós nos entristecemos na Turquia", concluiu. Ao final do ato, as delegações dos 24 estados em que o MST atua e uma delegação de convidados internacionais plantaram 25 mudas de árvores – cada uma representando um ano de vida do movimento.

Prêmio luta pela terra - O MST concedeu o Prêmio Luta pela Terra, comemorativo dos 25 anos, na noite de 23 de janeiro. O prêmio, que existe desde o ano 2000, reconhece entidades, coletivos, personalidades, lutadores e lutadoras sociais com destaque na defesa da Reforma Agrária, do MST, dos movimentos sociais e dos interesses do povo brasileiro. A premiação procura valorizar as iniciativas e lutas de outros movimentos sociais, assim como homenagear aquelas pessoas que dedicaram sua vida em defesa dos interesses do povo brasileiro. Neste ano, foram concedidos 15 prêmios, em várias categorias. O advogado Jacques Alfonsin e o promotor Afonso Henrique Miranda foram homenageados na categoria Amigos da Reforma Agrária. A personalidade internacional homenageada como amigo do MST foi Fidel Castro. Foram premiados ainda a Federação dos Trabalhadores Metalúrgicos do RS (Movimento sindical), Movimento dos Atingindos por Barragens (Movimento popular), Movimento dos Atingidos pela Base de Alcântara (Povos quilombolas) e Celso Furtado, como homenagem póstuma.

CARTA DO MST

13º Encontro Nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

1. Nós, mais de 1.500 trabalhadores rurais sem terra, vindos de todas as regiões do Brasil, e delegações internacionais da América Latina, Europa e Ásia, nos reunimos de 20 a 24 de janeiro de 2009 em Sarandi, no Rio Grande do Sul, para comemorar os 25 anos de lutas do MST. Avaliamos, também, nossa história e reafirmamos o compromisso com a luta pela Reforma Agrária e pelas mudanças necessárias ao nosso país.

2. Festejamos as conquistas do nosso povo ao longo desses anos, quando milhares de famílias tiveram acesso à terra; milhões de hectares foram recuperados do latifúndio; centenas de escolas foram construídas e, acima tudo, milhões de explorados do campo recuperaram a dignidade, construíram uma nova consciência e hoje caminham com altivez.

3. Reverenciamos nossos mártires que caíram nessa trajetória, abatidos pelo capital. E, lembramos dos líderes do povo brasileiro que já partiram, mas deixaram um legado de coerência e exemplo de luta.

4. Vimos como o capital, que hoje consolida num mesmo bloco as empresas industriais, comerciais e financeiras, pretende controlar nossa agricultura, nossas sementes, nossa água, a energia e a biodiversidade.

5. Nos comprometemos em garantir à terra sua verdadeira função social; cuidar das sementes e produzir alimentos sadios, de modo a proteger a saúde humana, integrando homens e mulheres a um meio-ambiente saudável e adequado a uma qualidade de vida cada vez melhor.

6. Reafirmamos nossa disposição de continuar a luta, em aliança com todos os movimentos e organizações dos trabalhadores e do povo, contra o latifúndio, o agronegócio, o capital, a dominação do Estado burguês e o imperialismo.

7. Defendemos a Reforma Agrária como uma necessidade popular, que valoriza o trabalho, a agro-ecologia, a cooperação agrícola, a agroindústria sob controle dos trabalhadores, a educação e a cultura, medidas imprescindíveis para a conquista da igualdade e da solidariedade entre os seres humanos.

8. Estamos convencidos de que somente a luta dos trabalhadores, e do povo organizado, pode nos levar às mudanças econômicas, sociais e políticas indispensáveis à efetiva emancipação dos explorados e oprimidos.

9. Reafirmamos a solidariedade internacional e o direito dos povos à soberania e à autodeterminação. Por isto, manifestamos nosso apoio a todos os que resistem e lutam contra as intervenções imperialistas, como hoje faz o povo afegão, cubano, haitiano, iraquiano e palestino.

10. Cientes de nossas tarefas e dos enormes desafios que se colocam, reafirmamos a necessidade de construir alianças com as organizações e os movimentos populares e políticos em torno de bandeiras comuns, para que, unidos e solidários, possamos construir um projeto popular, capaz de romper com a dependência e subordinação interna e externa ao capital, e de construir uma sociedade igualitária e livre – uma sociedade socialista.

Sarandi, 24 de janeiro de 2009

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA – MST

Foto do Licro " Do activismo à indiferença: movimentos estudantis em Coimbra", de Elísio Estanque e Rui Bebiano.


Matérias " Múltiplas juventudes", Diário de Pernambuco, 27 de Janeiro de 2009

FONTE: http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/01/27/viver1_0.asp
E
http://www.diariodepernambuco.com.br/2009/01/27/viver1_1.asp


Foto: Acervo Infoglobo/Divulgação









Múltiplas juventudes

Levantamento inédito no Brasil, conduzido na UFPE, aponta fragmentação dos movimentos juvenis




Carolina Leão // Diario


carolinaleao.pe@diariosassociados.com.br



Nem sempre a juventude foi uma banda numa propaganda de refrigerante. Associada hoje ao consumismo e alienação, a cultura jovem já incorporou o espírito de vanguarda, clamado por Marx como o ideal do proletariado. Para Karl Marx, apenas o proletariado, destituído dos meios de produção, poderia, pela sua inacessibilidade à máquina do poder, revolucionar a sociedade e criar uma nova ordem social. A lógica do "quem nada tem, nada teme" encontrou os meios práticos de realização nos diversos movimentos juvenis do século 20. Distante das instituições e normas de padrões sociais, mais livre, por fim, para arriscar, a cultura jovem protagonizou eventos sociais de suma importância para a mudança cultural. É só lembrar dos populares Maio de 68, o francês e brasileiro, do movimento estudantil da Praça da Paz Celestial, em Pequim, ou da geração cara pintada, em 1992.
Fenômenos sociais que estão no amplo levantamento feito por um programa inédito em nívelnacional: o Proenge. A pesquisa, que incorpora estudos de História e de Sociologia dos movimentos estudantis e juvenis, está sendo desenvolvida pelo Núcleo de Estudos Eleitorais e da Democracia na UFPE. Na cooordenação, estão os professores Michel Zaidan Filho (PE), Luís Antônio Groppo (SP) e Otávio Luiz Machado (MG). Até o final de 2009, o Proenge contabilizará 52 entrevistas publicadas em livros, além da reunião de 50 pesquisadores estudiosos do tema juventude e movimento estudantil. Já foram publicadas três coletâneas temáticas contando 66 textos: Movimento estudantil brasileiro e a educação superior, Juventude e movimento estudantil: ontem e hoje e Movimentos juvenis na contemporaneidade. No prelo, estão as seletas Movimentos estudantis, formação profissional e construção de um projeto de país: a experiência da engenharia na UFPE, que é o resultado da dissertação de mestrado de Otávio Luiz Machado, Juventudes latino-americanas hoje e Perfis da juventude na contemporaneidade: ensaios e pesquisadores. Um dos coordenadores do Proenge, Otávio Luiz Machado, conversou com a reportagem do Diario sobre o levantamento da memória dos movimentos juvenis brasileiros.
ENTREVISTA: // Otávio Luiz Machado

"A ocupação da reitoria da USP me fez lembrar de 1968"

Quais as características mais marcantes dos movimentos juvenis contemporâneos?

Os movimentos juvenis hoje são marcados por diferentes pautas, formas de atuação, influências de formação e concepção de lutas. São inúmeras juventudes que buscam reconhecimento, visibilidade e legitimidade. Caracterizam-se pela ausência de um movimento dominando os demais. Existem movimentos juvenis que contribuem muito mais que a histórica UNE ou o movimento universitário. O movimento estudantil universitário era o movimento juvenil por excelência décadas atrás. Hoje temos uma fragmentação enorme a começar no próprio movimento estudantil. São muitos: das executivas de cursos, do movimento GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), das feministas, de cursinhos pré-vestibulares populares, dos estudantes negros, dos estudantes indígenas, da juventude católica ou evangélica, das pastorais, do hip hop, das casas de estudantes, dos sem-universidade, das bandas, do grafite e de tantas outras expressões. São jovens que buscam participar e intervir na sociedade, também.

Qual o legado de 1968 e como os movimentos atuais se afastam - ou não - desse paradigma?

1968 ainda está presente na memória de todos como o protótipo de participação juvenil em toda a sua grandeza e profundidade. Mas se trata de uma visão nostálgica e romanceada, que celebra o esquecimento de momentos marcantes que vieram depois, como as tentativas reprimidas do Encontro Nacional dos Estudantes (ENE), a reconstrução das entidades e as greves colossais nas universidades. As barricadas, o frio, as palavras de ordem e o envolvimento dos estudantes na ocupação da reitoria da USP em 2007 me fizeram lembrar de 1968, pois se configurou ali o retorno do movimento estudantil ao cenário e ao noticiário. A abertura maior das instituições (da universidade em especial) para a sociedade constitui-se num legado de 1968.

E a geração cara pintada? Qual a sua contribuição?

No episódio da queda de Collor tivemos toda aquela manipulação de setores da mídia mostrando que os jovens derrubaram o presidente, pois foi a imagem mais conveniente às elites, que não quiseram assumir sua responsabilidade na ascensão e na queda do presidente, para não ficarem associadas ao seu clássico comportamento golpista. Mesmo assim, acredito que a principal contribuição daqueles jovens foi demonstrar que o movimento estudantil não precisa ser partidarizado para existir. E que existe algo além da política que mobiliza e permite mudanças na sociedade.

No Brasil, os movimentos juvenis sempre estiveram historicamente ligados à esquerda. Qual a força dos movimentos de direita na atualidade?

Penso que a força maior do pensamento de direita está nos corações e nas mentes daqueles que pensam não ser mais possível mudar a sociedade. Ou o que interessa agora é se alinhar ao que aí está. Vejo como a juventude organizada em alguns partidos, algumas executivas de cursos e algumas entidades conservadoras promovem um verdadeiro arrastão contra os grupos de esquerda. Mas o pensamento único tomou conta de ambos. Não vêem saídas muito além do seu pequeno mundo.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Matéria: Resgatando o Movimento Estudantil

FONTE:
http://jc.uol.com.br/jornal/2009/01/25/not_316950.php
(Acesso para assinantes)

Matéria: Resgatando o Movimento Estudantil
Veículo: Jornal do Commercio, Recife, Domingo, 25 de janeiro de 2009, Caderno Política, p. 12
Repórter: Manoel Medeiros Neto

As pesquisas a respeito do movimento estudantil no País encontram em Pernambuco um pioneiro campo de estudos. Há quase quatro anos, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com o apoio de professores de mais de 20 universidades Brasil afora, iniciaram o Proenge, um projeto focado inicialmente na memória dos movimentos nas escolas de Engenharia – campo formado por alunos com tradição nos embates políticos juvenis.
Hoje, os estudos tornaram-se referência nacional e já alcançam um espectro bem mais amplo: as análises perpassam desde a segunda metade do século passado até a ação dos movimentos hoje. O núcleo do grupo é formado por Luis Antônio Groppo, da Universidade de Campinas (SP), Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz Machado, ambos da UFPE. Entre o acervo já pesquisado, destacam-se mais de 15 mil cópias de documentos, duas mil fotos e trezentas entrevistas. “Nosso objetivo é destacar a multiplicidade das juventudes inseridas no processo político”, afirma Otávio.
Parte da extensa documentação, antes limitada à academia, já está disponível ao público por meio da publicação de três livros: Movimento estudantil brasileiro e a educação superior (2007); Juventude e movimento estudantil: ontem e hoje; e Movimentos Juvenis na Contemporaneidade (2008). “Esses livros são importantes já que dão voz a diversos atores do processo”, destaca Otávio. Apesar de possuírem enfoques diferentes, as obras são similares no fato de buscarem uma saída para clichês relacionados aos movimentos. “Nossa pesquisa vai além do eixo Rio-São Paulo”, explica o pesquisador. Ele também ressalta os movimentos ocorridos no Estado como uma das “vítimas” da historiografia oficial. Como exemplo, cita o atentado ao estudante Cândido Pinto, na Ponte da Torre, há mais de 40 anos.
Para 2009, o grupo pretende reduzir o ritmo de produção de novos estudos para, enfim, centrar-se na divulgação das pesquisas concluídas. Entre os projetos já encaminhados, estão o lançamento de dois livros. Com os títulos provisórios de Pensamento das juventudes no século XX e Perfis da juventude na contemporaneidade: ensaios e pesquisas, as obras seguirão o padrão das anteriores, elaboradas a partir de entrevistas e textos de personalidades ligadas às manifestações. Entre as novidades, destacam-se os depoimentos do ex-prefeito João Paulo, do senador Cristovam Buarque (PDT), do ex-ministro José Dirceu e do ex-Presidente do Supremo Tribunal Federal Sepúlveda Pertence.
Outro avanço para este ano é a possibilidade de publicação da íntegra dos documentos na internet. Hoje, os pesquisadores já disponibilizam através de um blog (
www.sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com) uma série de textos. O processo de liberação das imagens, no entanto, ainda passa por dificuldades devido aos direitos autorais. “Será mais uma injeção de animo para que a juventude se mobilize”, prevê Machado.


Atualmente situação é de apatia


A atuação dos movimentos estudantis é hoje uma das principais preocupações do projeto da UFPE que estuda os movimentos. “Nós estamos preocupados em fazer a ligação entre o passado e o presente”, ressalta o pesquisador Otávio Luiz Machado. A diferença dos cenários - entre 1968 e 2009, por exemplo – é representativa. Para o pesquisador, na década de 60, os estudantes combatiam os governos militantes e seus atos repressivos.
O presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFPE, Rafael Sena, concorda na apatia quase total dos estudantes de hoje. Ele garante, no entanto, que os “ideais revolucionários” ainda sobrevivem em alguns. Estudante de História, 26 anos, Rafael ocupa a liderança do DCE desde novembro. “Muitos militantes são filiados a partidos que estão no poder e isso é um dos motivos das poucas ações”.
O disciplinamento na realização de protestos também é uma medida que, destaca Sena, deve ser observada. “Não adianta o protesto acontecer sem motivação cabível”, fundamenta, destacando que a realização de discussões através de congressos e fóruns é a maneira mais propícia para a conquista dos objetivos. O primeiro grande evento que o DCE participará este ano é o Fórum Mundial Social, na próxima semana. Duzentos estudantes da universidade embarcarão rumo a Belém (PA).

sábado, 24 de janeiro de 2009

Atividades do PSOL, Fundação Lauro Campos e Auditoria Cidadã da Dívida no Fórum Social Mundial,

FONTE: LISTA DE E-MAILS

Atividades do PSOL, Fundação Lauro Campos e Auditoria Cidadã da Dívida no Fórum Social Mundial, em anexo e abaixo.

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL

Dia: 27/01 – Terça-feira
Local: Saída da escadinha do Cais do Porto e chegada na Praça do Operário (São Brás)
Horário
Atividade
Responsáveis
Observações
15 horas
Caminhada de Abertura
PSOL e Fundação Lauro Campos
Coluna do PSOL

Dia 28/01 – Quarta-feira
Tenda Multiuso II
Local: UFRA
Horário
Atividade
Responsáveis
Expositores
15:00 às 18:30
Painel: A crise econômica mundial e os desafios para a esquerda
Fundação Lauro Campos
* Heloisa Helena, presidente do PSOL
* Reinaldo Gonçalves, economista
* François Ollivier, dirigente do Partido Anticapitalista da França
* François Houtard, diretor do Centro Tricontinental de Louvain
* Gilmar Mauro, coordenador do MST

Dia 30/01 – Sexta-feira
Sala Dp-09
Local: UFPA/Profissional
Horário
Atividade
Responsáveis
Observações
12:00 às 15:00
Os desafios da esquerda latino-americana no atual período
Fundação Lauro Campos
* Eric Toussaint – pres.Comitê Belga para a Anulação da Dívida do Terceiro Mundo
* Jesus Martinez – Universidade Bolivariana de Trabalhadores de Rivero
* Luis Bonilla – presidente do CIM (Centro Internacional Miranda do Ministério de Educação Popular de Venezuela).
* Martiniano Neto – Secretário de Comunicação da Exec. Nacional do PSOL
* Pedro Fuentes – Secretário de Relações Internacionais da Exec. Nacional do PSOL
* João Batista Babá – Ex- deputado federal e membro da Exec. Nacional do PSOL

Dia 31/01 – Sábado
Tenda Pan-amazônica
Local: UFRA
Horário
Atividade
Responsáveis
Observações
12:00 às 15:00
Amazônia: Mudanças climáticas e a Crise global
Fundação Lauro Campos
Michel Lowy
Edmilson Rodrigues
João Alfredo Teles
Osmarino Amâncio
Parlamento Europeu
João Capiberibe

Dia 31/01 – Sábado
Tenda Multiuso IV
Local: UFRA
Horário
Atividade
Responsáveis
Observações
15h30 as 18h30
Auditoria da Dívida na América Latina e a CPI da Dívida no Brasil
Auditoria Cidadã da Dívida e Fundação Lauro Campos
Ivan Valente - Deputado Federal - PSOL/SP;
Eric Toussaint - Comitê pela Anulação da Dívida do Terceiro Mundo (CAIC) do Equador;
Maria Lucia Fattorelli - Auditoria Cidadã da Dívida.

MEC define novos critérios para abertura de cursos de medicina

FONTE: LISTAS

MEC define novos critérios para abertura de cursos de medicina

O MEC (Ministério da Educação) definiu uma nova lista de regras para autorizar a abertura de cursos de graduação em medicina. Ter hospital de ensino próprio ou conveniado por, no mínimo, dez anos e que possua programas de residência médica credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica é um dos itens do novo instrumento de avaliação.A SESu (Secretaria de Educação Superior) e o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) publicaram, no último dia 14, o documento com as condições iniciais. Outros critérios estabelecidos, tanto para abertura de novos cursos como para reconhecimentos e renovações de reconhecimentos dos já existentes, são:Ser criados preferencialmente por instituições nas quais haja articulação com a oferta de outros cursos já existentes e bem avaliados na área da saúde; Integração ao sistema local e regional de saúde, especialmente por meio do Sistema Único de Saúde; Número de vagas a serem ofertadas de acordo com a dimensão e qualificação do corpo docente, com a proposta pedagógica e com a infra-estrutura da instituição; Infra-estrutura mínima disponível para os três primeiros anos do curso, incluindo laboratórios e biblioteca; Núcleo docente estruturante, composto por docentes com dedicação preferencial ao curso, com alta titulação e experiência na área específica, responsáveis pela formulação da proposta pedagógica bem como sua implementação integral.Para o secretário de Educação Superior do MEC, Ronaldo Mota, os novos critérios "rígidos" vão cooperar na efetiva melhoria da qualidade do ensino médico. "Não autorizar cursos que falhem em demonstrar todos esses predicados, bem como diminuir vagas ou mesmo suspender processos seletivos, se necessário, daqueles existentes que demonstrarem deficiências devem ser partes dos instrumentos de garantia de mais qualidade no futuro próximo".

A Fundação Perseu Abramo no Fórum Social Mundial 2009

fonte: http://www2.fpa.org.br/portal/modules/news/article.php?storyid=4256
A Fundação Perseu Abramo no Fórum Social Mundial 2009

As atividades da FPA no Fórum incluem debates sobre soberania e desenvolvimento, crise, mulher na política, diversidade sexual, memória da esquerda, entre outros. Conheça a programação completa:
Dia 28, quarta-feira 09:00 - Ato em Memória de Chico MendesLocal: Tenda Cuba 50 AnosPromoção: Fundação Perseu Abramo
Dia 29, quinta-feira08:30 às 11:30 - Oficina - "Memória: coisa do passado?" Como organizar acervos e preservar a história de movimentos sociais e organizações não-governamentais.Coordenação: Carlos Menegozzo e Gláucia Fraccaro.Local: UFPA – Básico – ICB Anexo, sala PAT 07Promoção: Fundação Perseu Abramo/Centro Sérgio Buarque de Holanda
---12:00 às 15:00 - Seminário - "Governo Lula: realizações e perspectivas"Debate com representantes do governo federal e dos movimentos sindical e estudantil sobre as realizações e perspectivas do governo Lula.Palestrantes: Artur Henrique, presidente da CUT; Lúcia Stumpf, presidenta da UNE; Luiz Dulci, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República; Orlando Silva, ministro dos Esportes, Renato Rabelo, presidente do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e Ricardo Berzoini, presidente do Partido dos Trabalhadores (PT).Local: Tenda Cuba 50 anos Promoção: Fundação Maurício Grabois e Fundação Perseu Abramo, CUT e UNE
---15:30 - Debate "A participação da mulher na política" Mesa: Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil; Ana Júlia Carepa, governadora do Pará; Fátima Cleide, senadora PT/RO; e Laisy Morière, secretária Nacional de Mulheres do PT.Local: Tenda Cuba 50 AnosPromoção: Fundação Perseu Abramo
Dia 30, sexta-feira08:30 às 11:30 - Seminário - "Amazônia: soberania e desenvolvimento"Em debate, a questão amazônica, abordando os aspectos econômicos, políticos, sociais, culturais, científico-tecnológicos e de defesa das fronteiras.Palestrantes: Carlos Minc, ministro de Estado do Meio Ambiente; Enio Candotti, presidente de Honra da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência/SBPC; Eron Bezerra, secretário do PCdoB para questões da Amazônia; Gecinaldo Sateré, presidente da Confederação da Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira/COIAB; Julio Barbosa, representante da Secretaria Nacional de Meio Ambiente do PT; Valmir Ortega, secretário de Meio Ambiente do Governo do Pará.Local: Tenda PanamazônicaPromoção: Fundação Maurício Grabois e Fundação Perseu Abramo.Apoio: Assoc. Nac. Pós-Graduandos (ANPG), Central de Mov. Populares (CMP), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), CUT, Conf. Nac. Assoc. Moradores (CONAM), Coord. Nac. Entidades negras (CONEN), Org. Continental Latino-americana e Caribenha de Estudantes (OCLAE), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), União Brasileira de Mulheres (UBM), UNE
Dia 31, sábado08:30 às 11:30 - Seminário - "A crise e a integração solidária na América Latina"O aprofundamento da integração continental como resposta necessária dos países latino-americanos à crise mundial.Palestrantes: representantes de movimentos sociais, governos e partidos do Brasil, Venezuela, Bolívia,Uruguai; embaixador Oscar Laborde, representante especial para integração e a participação social do Ministério das Relações Exteriores da Argentina; Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais do PT; José Reinaldo Carvalho, secretário de Relações Internacionais do PCdoB. Local: Tenda Cuba 50 anosPromoção: Fundação Maurício Grabois e Fundação Perseu Abramo
---15:30 às 18:30 - Seminário - "Diversidade sexual e homofobia no Brasil" Apresentação da pesquisa "Diversidade Sexual e Homofobia no Brasil, Intolerância e respeito às diferenças sexuais nos espaços público e privado", uma parceria do Núcleo de Opinião Pública da Fundação Perseu Abramo com a Fundação Rosa Luxemburg.Palestrantes: Gustavo Venturi, coordenador do Comitê de Opinião Pública/FPA; Kathrin Buhl, representante da IRLS no Brasil; Paulo Mariante, da Identidade - Grupo de Ação Pela Cidadania LGTTB; Beto Paes, do Grupo Homossexual do Pará; Ray Carlos, da AGALT-AMAZON, e outros.Local: UFPA Básico – Ab, sala A1Promoção: Fundação Perseu Abramo e Instituto Rosa Luxemburg Stiftung
Mais informações e notas atualizadas sobre a programação podem ser conferidas no
Portal FPA

O GAJOP FAZ HISTÓRIA

FONTE: LISTA DO AUTOR

O GAJOP FAZ HISTÓRIA
Marcelo Santa Cruz
Realizar uma ação educativa capaz de elevar o nível de informação, consciência e autonomia das organizações do movimento popular, e oferecer assessoria jurídica na questão da posse da terra, nas favelas da Região Metropolitana do Recife. Estas eram as missões iniciais do Gajop, Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares, uma organização não governamental fundada em 1981 por um grupo de advogados e advogadas oriundos do Movimento de Anistia e identificados com a luta de resistência democrática. De lá para cá o Gajop fez história. E continua fazendo.
Na primeira metade dos anos 80, ao lado de outros setores da sociedade pernambucana, essa entidade participou intensamente da discussão pró o estabelecimento de uma política democrática do uso e ocupação do solo urbano que contemplasse vários aspectos da questão, como o institucional, o fiscal e o jurídico. O Gajop teve, por exemplo, participação destacada nos debates do Prezeis, Plano de Regularização das Zonas Especiais de Interesse Social, cuja proposta de criação partiu da Pontifícia Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Olinda e Recife, à época sob a direção pastoral de Dom Hélder Câmara. O Prezeis foi amplamente discutido, aprovado, e tornou concretas as aspirações populares de participação das entidades representativas dos moradores na elaboração e definição dos planos de urbanismo e regularização fundiárias, elaborados para as Zeis.
Em 1984 o Gajop passou a ocupar o mesmo espaço físico de outra entidade, sediada em Olinda, o Centro de Cultura Luiz Freire, também de reconhecida atuação no campo dos direitos humanos, em especial na educação para a cidadania. Essa parceria se manteve por quase dez anos, com bastante identidade de projetos e atuação conjunta em diversas atividades, até que os associados do Gajop entenderam que era chegado o momento de fortalecer a proposta institucional da organização, mostrar a sua cara, a sua personalidade, e decidiram se estabelecer novamente no Recife, em sede própria.
O afastamento da entidade da temática de habitação teve início em 1986, quando Miguel Arraes foi eleito pela segunda vez governador do estado de Pernambuco, representando o sentimento de mudança das forças progressistas. Vários técnicos envolvidos com as questões urbanas que militavam em organizações não governamentais, entre os quais alguns dos fundadores do Gajop, foram participar do governo com a perspectiva de consolidar uma política de habitação que contemplasse os interesses populares.
Foi nesse momento histórico que o Gajop assumiu institucionalmente a difícil temática da Segurança Pública como política de Direitos Humanos. Ressalte-se que até então não havia, no Brasil, quem se propusessem a trabalhar com essa questão. Em conseqüência do longo período ditatorial, que colocou pessoas em campos diametralmente opostos, o diálogo nesta área se apresentava revestido de muitas dificuldades. O direito à segurança e a justiça passou então a ser o foco de intervenção da entidade, no lugar do direito à moradia. E já em 1986 o Gajop participou ativamente do plano Mutirão Contra a Violência, projeto idealizado pelo Ministério da Justiça. Esse plano refletia uma nova concepção política, partindo de um governo não autoritário que chamava para si a tarefa de promover uma luta nacional contra a violência.
O projeto apresentado pela entidade ao Ministério contemplava três ações: Violência Zero, um programa radiofônico transmitido pela Rádio Tamandaré que debatia, informava e educava a população a respeito do problema da violência; Paz na Serra do Araripe, que tinha por objetivo implantar um núcleo de educação e assessoria jurídica popular no sertão do Araripe, região interiorana de Pernambuco; e Segurança e Participação Popular, para elaboração de vídeos e cartilhas sobre criminalidade e segurança.
Em 1987 o Gajop viveu uma grande experiência trabalhando no combate à violência contra crianças e adolescentes na comunidade da Ilha de Santana, em Olinda. Essa prática deu origem ao Projeto de Expansão da Experiência Comunitária Contra a Violência, viabilizado conjuntamente com o Centro de Cultura Luiz Freire, a Secretaria de Justiça do Estado e a Funabem. Destaque-se que a educação em Direitos Humanos sempre foi uma preocupação institucional dessa entidade. Nesse mesmo ano foi criado, com muito sucesso, um projeto de formação para estudantes de Direito, denominado “Direitos Humanos e Realidade Social”. Esse trabalho já refletia a concepção, inaugurada na época, de que os Direitos Humanos se constituem num todo indivisível, interdependente e inalienável.
A Assembléia Nacional Constituinte propiciou um amplo debate social. O movimento Constituinte Popular reunia-se, em Recife, na sede da Ação Católica Operária, hoje chamada Movimento dos Trabalhadores Cristãos, MTC, e este espaço político foi ocupado pelo Gajop com eficácia e competência. A entidade entendia que somente a pressão popular garantiria os direitos fundamentais do povo, na nova Carta Magna. Iniciou, então, o monitoramento do Sistema de Justiça e Segurança de Pernambuco, e assumiu o desafio institucional atuar de forma propositiva em políticas públicas na área de Segurança e Justiça e na perspectivas dos Direitos Humanos, contribuindo para controlar a criminalidade num quadro social e político marcado pela impunidade e pela banalização da violência.
A década de 90, no Brasil, foi marcada pela crise da polícia e pelo aumento da violência que levou a população a desacreditar na capacidade do Estado de garantir a tranqüilidade pública. O governo federal criou então o Programa Nacional de Direitos Humanos, um marco institucional na abertura do diálogo entre as polícias e as organizações não governamentais que lutam pelo direito à segurança. Daí despontou, em 1996, uma parceria entre o Gajop e o Comando da Polícia Militar de Pernambuco, para a criação do Programa Educação para Cidadania, que tinha como objetivo inicial qualificar e democratizar os serviços prestados pela polícia à população.
No ano 2000 teve início a ação educativa para o policial, que se expandiu para além das salas de aula e introduziu novas formas pedagógicas de interação polícia/comunidade. Em parceria com o Programa Governamental de Polícia Comunitária, o Gajop prestou assessoria aos Conselhos Comunitários de Defesa Social, capacitando representantes das comunidades para o exercício de suas funções constitucionais de controle social da política de segurança pública. A partir de 2002 passou a desenvolver ações político-educativas articuladas com as organizações comunitárias, formando a chamada Rede Solidária de Defesa Social, implementando uma abordagem integrada de defesa, garantia e promoção dos direitos humanos.
Finalmente, não podemos concluir essa apresentação sem tecer alguns comentários a respeito do Programa de Apoio e Proteção as Testemunhas, Vítimas e Familiares de Vítimas da Violência, popularmente conhecido pela sigla Provita. Esse programa, que tem o desiderato de ser uma política pública, teve inicio em 1995, quando o Gajop buscava contribuir para a redução dos elevados índices de impunidade. Fundamentado em sua larga experiência de assessoria jurídica em diversos casos criminais com envolvimento de grupos de extermínio, a organização apresentou ao governo de Pernambuco uma proposta para a criação desse programa.
Essa inédita proposição refletia as transformações atravessadas pelo País, com o retorno ao Estado Democrático de Direito, e estava em sintonia com o cenário internacional de fortalecimento da luta pelos Direitos Humanos após a Conferência das Nações Unidas, ocorrida em Viena, em 1993. Até então as testemunhas eram tratadas com total descaso pela legislação brasileira, e as vítimas só começaram a ser visíveis para o sistema judicial após o advento da lei 9099/95.
Atualmente, esse programa encontra-se implantado em vários estados da federação, entre os quais Acre, Amazonas, Bahia, Ceara, Espírito Santos, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande do Sul. Existe ainda o Programa Federal de Proteção que atende os demais Estados e os réus colaboradores (testemunhas com envolvimento criminoso), através da Policia Federal.
Resta dizer que o Gajop é filiado ao Movimento Nacional de Direitos Humanos, hoje articulado em rede com mais de 400 entidades filiadas em todo o Brasil. Dele faz parte desde a sua fundação, em 1982, e tem participado de suas coordenações estadual e nacional. Também faz parte da Associação Nacional de Centro de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Anced; da Plataforma dos Direitos Humanos Econômicos, Sociais Culturais e Ambientais, DHESCA; da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais, Abong; e do Conselho Nacional de Serviço de Assistência Social, CNAS. É reconhecido como entidade de interesse público por lei estadual e federal.
Em sua trajetória registra-se o recebimento de vários prêmios e homenagens, destacando-se a medalha Chico Mendes de resistência; a de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara, concedida pela Câmara Municipal de Olinda; e o Prêmio Herbert de Souza, outorgado pela Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco. O projeto Justiça Cidadã, desenvolvido pelo Gajop e a Secretaria de Assuntos Jurídicos da Prefeitura do Recife, foi distinguido em dezembro de 2003 com o Prêmio Gestão Pública e Cidadania, iniciativa da Fundação Getúlio Vargas e Fundação Ford, com o apoio do BNDES. O Gajop foi ainda agraciado com o Prêmio Márcia Dangremont, pelo Conselho Estadual de Direitos da Criança e do Adolescente de Pernambuco. Também recebeu o Prêmio Bem Eficiente, concedido em 1998, pela Kanitz e Associados, entidade que conta com o patrocínio de sete empresas brasileiras (Accor Brasil, Banco Dibens, DM9DDB, Fiormenich, Intermédica Saúde, Natura e TAM); e, finalmente, o Prêmio de Direitos Humanos, categoria organizações não governamentais, concedido pela Presidência da República, em primeira colocação.
Foi com muito entusiasmo que assumi essa incumbência de relatar a trajetória do Gajop, entidade que faz historia, e aproveito para prestar minhas homenagens a Chico Mendes, herói do povo brasileiro, presente agora e sempre.
TORTURA NUNCA MAIS.

Olinda, 06 de janeiro de 2009

Marcelo Santa Cruz
Advogado, militante de Direitos Humanos e Coordenador Adjunto do Centro Dom Hélder Câmara de Estudos e Ação Social – CENDHEC.MARCELO SANTA CRUZ

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Movimento dos Sem Universidade vai à AGU contra bolsa a aluna da rede privada no PR


FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u493394.shtml

23/01/2009 - 08h24
Movimento dos Sem Universidade vai à AGU contra bolsa a aluna da rede privada no PR


MATHEUS PICHONELLIda Agência Folha
O MSU (Movimento dos Sem Universidade) encaminhou nesta quinta-feira (22) uma representação à AGU (Advocacia Geral da União) contra a decisão da Justiça Federal de conceder a uma estudante o direito a uma bolsa do Prouni (Programa Universidade para Todos) mesmo tendo ela estudado em uma escola particular.
Por determinação do juiz federal Friedmann Wendpap, a Unibrasil, instituição particular com sede em Curitiba, deve conceder bolsa de 50% sobre a mensalidade (de R$ 1.080 do curso de farmácia) a Rosenalva da Silva Garcia, 37, mesmo tendo ela cursado o último ano e meio do ensino fundamental em uma escola particular.
Para obter o benefício, é preciso ter estudado apenas em escolas públicas ou ter recebido bolsa integral em instituições particulares durante o ensino médio --o que não era o caso de Rosenalva.
Após a decisão, o movimento pediu que a AGU intervenha no caso. Na representação, o MSU citou reportagem publicada ontem na Folha e argumentou que o Prouni é "fruto de árdua luta de muitos anos dos movimentos sociais brasileiros".
No pedido, o MSU afirmou também que a decisão judicial fere a lei do programa e "posiciona o juiz como legislador, usurpando funções e criando regra singular contra os milhares de cidadãos que concorreram a uma bolsa do Prouni 2009". O magistrado não atendeu as ligações da reportagem feitas ontem durante a tarde.
Segundo o coordenador nacional do MSU, Sérgio José Custódio, a decisão abre um "precedente muito grande".
"Cabe ação à União porque [a decisão] envolve uma lei federal, recursos públicos e isenção de impostos. E a lei está sendo burlada. E esse critério alternativo [da Justiça Federal] questiona todo o sistema", afirmou o coordenador.
Custódio disse temer que a determinação leve instituições de ensino privado e supletivos a estimular seus estudantes a se inscrever no programa.
A Unibrasil informou ontem que ainda não decidiu se irá recorrer da decisão. Segundo o advogado da instituição, Carlos Eduardo Dipp Schoembakla, a União poderia entrar no processo durante a revisão da decisão, na segunda instância, como parte interessada.
Entretanto, o Ministério da Educação disse ontem que a consultoria jurídica da pasta "entendeu que a decisão não coloca em risco as normas do ProUni, já que é uma ação direta entre a aluna e a instituição, e não tem efeito vinculante".
A pasta havia dito nesta quarta-feira (21) que acionaria a Justiça caso fosse observado prejuízo.
Leia mais sobre o ProUni

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

seminário "Participação juvenil e a construção do espaço público na América do Sul: contribuições e olhares"

seminário "Participação juvenil e a construção do espaço público na América do Sul: contribuições e olhares"

FONTE: juventudesulamericanas.org.br

Prezad@s,O IBASE, o Instituto Polis, o Friedrich Ebert Stinftung - FES e Ação Educativa organizarão o seminário "Participação juvenil e a construção do espaço público na América do Sul: contribuições e olhares" no Fórum Social Mundial, em Belém do Pará.
Apoio: Conjuve

TABELA DE LINKS DO BLOG ORGANIZADO

TABELA DE LINKS DO BLOG ORGANIZADO

VER EM:

http://sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com/2008/03/tabela-de-links-do-blog-registros.html

- LIVROS;

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- DOCUMENTOS;

- VÍDEOS-

- MATÉRIAS;

- E MUITO MAIS

Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos? (Por Eduardo Galeano)

FONTE: LISTAS
Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?
EDUARDO GALEANO

Este artigo é dedicado a meus amigos judeus assassinados pelas ditaduras latinoamericanas que Israel assessorou. Para justificar-se, o terrorismo de estado fabrica terroristas: semeia ódio e colhe pretextos. Tudo indica que esta carnificina de Gaza, que segundo seus autores quer acabar com os terroristas, acabará por multiplicá-los. Desde 1948, os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu tudo. Nem sequer têm direito a eleger seus governantes. Quando votam em quem não devem votar são castigados. Gaza está sendo castigada. Converteu-se em uma armadilha sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições em 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador. Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e, desde então, viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem. São filhos da impotência os foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com desajeitada pontaria sobre as terras que foram palestinas e que a ocupação israelense usurpou. E o desespero, à margem da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há muitos anos, o direito à existência da Palestina. Já resta pouca Palestina. Passo a passo, Israel está apagando-a do mapa. Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira. As balas sacralizam a pilhagem, em legítima defesa. Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva. Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha. Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo. Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel devorou outro pedaço da Palestina, e os almoços seguem. O apetite devorador se justifica pelos títulos de propriedade que a Bíblia outorgou, pelos dois mil anos de perseguição que o povo judeu sofreu, e pelo pânico que geram os palestinos à espreita. Israel é o país que jamais cumpre as recomendações nem as resoluções das Nações Unidas, que nunca acata as sentenças dos tribunais internacionais, que burla as leis internacionais, e é também o único país que legalizou a tortura de prisioneiros. Quem lhe deu o direito de negar todos os direitos? De onde vem a impunidade com que Israel está executando a matança de Gaza? O governo espanhol não conseguiu bombardear impunemente ao País Basco para acabar com o ETA, nem o governo britânico pôde arrasar a Irlanda para liquidar o IRA. Por acaso a tragédia do Holocausto implica uma apólice de eterna impunidade? Ou essa luz verde provém da potência manda chuva que tem em Israel o mais incondicional de seus vassalos? O exército israelense, o mais moderno e sofisticado mundo, sabe a quem mata. Não mata por engano. Mata por horror. As vítimas civis são chamadas de "danos colaterais", segundo o dicionário de outras guerras imperiais. Em Gaza, de cada dez "danos colaterais", três são crianças. E somam aos milhares os mutilados, vítimas da tecnologia do esquartejamento humano, que a indústria militar está ensaiando com êxito nesta operação de limpeza étnica. E como sempre, sempre o mesmo: em Gaza, cem a um. Para cada cem palestinos mortos, um israelense. Gente perigosa, adverte outro bombardeio, a cargo dos meios massivos de manipulação, que nos convidam a crer que uma vida israelense vale tanto quanto cem vidas palestinas. E esses meios também nos convidam a acreditar que são humanitárias as duzentas bombas atômicas de Israel, e que uma potência nuclear chamada Irã foi a que aniquilou Hiroshima e Nagasaki. A chamada "comunidade internacional" , existe? É algo mais que um clube de mercadores, banqueiros e guerreiros? É algo mais que o nome artístico que os Estados Unidos adotam quando fazem teatro? Diante da tragédia de Gaza, a hipocrisia mundial se ilumina uma vez mais. Como sempre, a indiferença, os discursos vazios, as declarações ocas, as declamações altissonantes, as posturas ambíguas, rendem tributo à sagrada impunidade. Diante da tragédia de Gaza, os países árabes lavam as mãos. Como sempre. E como sempre, os países europeus esfregam as mãos. A velha Europa, tão capaz de beleza e de perversidade, derrama alguma que outra lágrima, enquanto secretamente celebra esta jogada de mestre. Porque a caçada de judeus foi sempre um costume europeu, mas há meio século essa dívida histórica está sendo cobrada dos palestinas, que também são semitas e que nunca foram, nem são, antisemitas. Eles estão pagando, com sangue constante e sonoro, uma conta alheia.


(*) Texto publicado originalmente no jornal Brecha. (Tradução: Katarina Peixoto)Quem deu a Israel o direito de negar todos os direitos?

Memorial da Resistencia

FONTE: LISTA DE E-MAILS

Memorial da Resistencia

Car@s amig@s e companheir@s,

No proximo dia 24 de Janeiro serah inaugurado o Memorial da Resistencia, objeto de muita luta e insistencia dos ex-presos politicos de Sao Paulo.
Nao serah uma simples reinauguracao do mesmo espaco, mas a instalacao publica de um projeto museologo criativo e marcante do periodo de ditaduras em nosso pais.

O velho predio do Largo General Osorio, que foi sede de estacao ferroviaria e do antigo DEOPS/SP, passou por uma cruel descaracterizacao. Foram destruidas duas celas e o Fundao (antigas celas fortes solitarias); todo o espaco recebeu pinturas modernosas; foram destruidos os infectos banheiros e rasparam as paredes onde estavam inscricoes feitas por geracoes de presos politicos das varias ditaduras e periodos de repressao do movimento operario e popular do Brasil.

Com um toque de ironia, o lugar maquiado recebeu o nome de Memorial da Liberdade como forma de apagar a Resistencia e a determinacao de milhares de combatentes, que nunca aceitaram a opressao das classes dominantes e seus instrumentos ditatoriais.

Varios ex-presos politicos e pessoas sensiveis aa Historia lutaram pela reconstituicao daquele lugar, como marco de lutas contra as ditaduras e comecaram por exigir a mudanca de nome para Memorial da Resistencia, pois ali havia Resistencia e nenhuma Liberdade.

O atual governo estadual aceitou a visao dos militantes do Forum Permanente dos Ex-Presos e Perseguidos Politicos do Estado de Sao Paulo e fez a mudanca do nome e uma significativa reforma para devolver um aspecto semelhante ao que era originalmente.
Foram instalados varios equipamentos audio-visuais que permitem ao visitante saber o que foi aquele lugar e as tantas barbaridades cometidas contra nosso povo e seus mais destacados militantes.

Uma das celas foi reconstituida para mostrar as condicoes de vida dos presos e, para nao esconder as torturas e assassinatos cometidos pelos carrascos, os equipamentos mostram depoimentos de pessoas que por la passaram.

Desde o ano passado o Forum dos Ex-Presos Politicos realiza no auditorio daquele predio palestras e debates para jovens e todas as pessoas interessadas. Sao os Sabados Resistentes, que reuniram uma media de 70 pessoas por evento.

A inauguracao do novo Memorial da Resistencia, marca o inicio de varias atividades que, ao longo do ano de 2009, o Forum vai desenvolver, para marcar, entre outras datas:

- Os 30 anos da Lei da Anistia;

- Os 40 anos sem Marighella;

- Os 30 anos sem Santo Dias da Silva;

- Os 40 anos da morte do Almirante Negro, Joao Candido;

- Os 45 anos do Golpe de 1964;

- Os 40 anos da criacao da infame OBAN.

Durante todo o ano, vamos continuar lutando pela Memoria, Justica e Verdade, para que nunca mais se repitam os horrores da ditadura.

Ajude a divulgar esta mensagem e vamos todos nos encontrar, para continuar nossa luta pela Verdade e relembrar que somos Pela Vida, Pela Paz: Tortura, Nunca Mais!


Data: dia 24 de Janeiro de 2009

Hora: 11 horas

Local: Memorial da Resistencia (Estacao Pinacoteca - Largo General Osorio, 66)

Estacionamento no local

O novo Memorial da Resistencia quer mostrar que a Humanidade foi mais forte, derrotou a opressao, a tortura e a barbarie.
Mais importante que tudo eh passar para as novas geracoes a certeza de que vale a pena lutar por Liberdade, Justica e por uma Sociedade Justa e Igualitaria.

Contamos com sua presenca e participacao!

Raphael Martinelli, Maurice Politi e Ivan Seixas
Forum Permanente dos Ex-Presos e Perseguidos Politicos do Estado de Sao Paulo

Oficina sobre Justiciabilidade com Boaventura de Sousa Santos no FSM

FONTE: LISTA DE E-MAILS

Oficina sobre Justiciabilidade com Boaventura de Sousa Santos no FSM

Dia: 28 de janeiro (quarta-feira)Local: UFPA Profissional, Pavilhão Ap, Sala Ap 10. O doutor em sociologia Boaventura de Sousa Santos será o expositor principal da oficina realizada pela Terra de Direitos, Ação Educativa, CPT e MST, que terá como temas a Justiciabilidade dos Direitos Humanos e a Democratização da Justiça.
O Poder Judiciário como um espaço legítimo para as disputas em Direitos Humanos e o papel da advocacia popular brasileira para as conquistas de direitos serão os temas centrais da oficina "Justiciabilidade dos Direitos Humanos e Democratização da Justiça", organizada pelas entidades Terra de Direitos, Ação Educativa, CPT e MST. A oficina será uma das atividades da edição 2009 do Fórum Social Mundial, que neste ano acontece em Belém (PA).
O expositor principal da oficina sobre Justiciabilidade será o doutor em sociologia Boaventura de Sousa Santos, professor da Faculdade de Coimbra e diretor do Centro de Documentação 25 de Abril. Boaventura realizou recentemente uma pesquisa sobre a advocacia popular no Brasil, partindo de experiências concretas como a da Rede Nacional de Advogados Populares (RENAP). Além dele, outros estudiosos irão compor a mesa de debate, além das organizações promotoras da atividade.
Para as organizações promotoras da oficina, é necessário se aprofundar no papel desenvolvido pela advocacia popular no Brasil, já que desde a década de 90 tornou-se perceptível um afastamento entre organizações populares e o poder judiciário. A oficina no FSM será um espaço de discussão e deverá reunir advogados populares, movimentos sociais e organizações da sociedade civil.
A oficina sobre Justiciabilidade dos Direitos Humanos e Democratização da Justiça acontecerá no dia 28 de janeiro (quarta-feira) , no período da tarde, na UFPA Profissional, Pavilhão Ap, Sala Ap 10. Terra de Direitos – Organização de Direitos Humanos
http://www.terradedireitos.org.br/ (41) 3232-4660-- "A ordem universal frequentemente apresentada como irresistível é, todavia, defrontada e afrontada, na prática, por uma ordem local, que é sede de um sentimento e aponta um destino." M.S.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Fórum Social Mundial, Boletim FSM, 17 de Janeiro de 2009, Índice1

Fórum Social Mundial, Boletim FSM, 17 de Janeiro de 2009, Índice1


---------- Forwarded message ----------From: BOLETIM FSM <gerente@forumsocial mundial.org. br>Date: Mon, 19 Jan 2009 02:36:34 -0200Subject: [Boletim-fsm] Dez dias para o Fórum Social Mundial 2009To: boletim-fsm@ brasilocal. org.brFórum Social MundialBoletim FSM17 de Janeiro de 2009Índice1) Credenciamento de participantes(delegados/as) , organizações e Acampamento da Juventude2) Inscrições no local, pagamento e imprensa3) Contribua para o fundo de solidariedade4) Participação indígena será a maior da história do FSM5) Programação de Belém Expandida6) Mais um espaço para o AcampamentoIntercontinental da Juventude*** TUDO SOBRE O FSM 2009: www.fsm2009amazonia .org.br1) Credenciamento de participantes (delegados/as) ,organizações e Acampamento da JuventudeTodos os participantes inscritos no FSM 2009 deverãoefetuar o credenciamento para ter acesso ao território.O credenciamento para o FSM 2009 começa às 12 horasdo dia 25 de janeiro, no Ginásio de Esportes da Universidade FederalRural da Amazônia (UFRA). É exigido comprovante de pagamento edocumento de identificação.Nos dias 26 e 27 de janeiro, o credenciamento poderáser feito entre 8h e 20h. Entre 28 e 31 de janeiro, o horário defuncionamento é entre 18h e 20h.Credenciamento de delegações e organizações: Para ocredenciamento de grandes grupos, apenas os coordenadores/ as e/ou,responsáveis pela inscrição deverão ter acesso ao interior do ginásiopara confirmar ou realizar o credenciamento de sua delegação, levandoo numero de inscrição, um documento do responsável e os nomes dosdelegados.2) Inscrições no local, pagamento e imprensaOrganizações, indivíduos e imprensa poderão fazernovas inscrições de 25 a 28 de janeiro, no posto de credenciamento.Para indivíduos e organizações, o pagamento poderá ser feito no local,em moeda brasileira (Real), tanto para brasileiros como pessoas eorganizações de fora do Brasil.Imprensa: As listas de profissionais e veículos deimprensa cadastrados no FSM 2009 estão disponíveis emhttp://www.fsm2009a mazonia.org. br/inscricoes/ imprensa/ consulte- a-lista-de- imprensa- cadastrada- no-fsm-2009,organizadas por ordem alfabética e foram geradas no dia 12 de janeiroàs 15 horas (horário de Belém). Consulte a lista. Caso o seu nome, doveículo de comunicação ou da organização não esteja nas listas, serápossível fazer o cadastramento entre 25 e 28 de janeiro, no posto decredenciamento.Pagamento: As pessoas ou organizações que nãofizeram o pagamento, mas já possuem um boleto bancário, poderãoefetuar o pagamento até a data especificada no boleto. Pessoas eorganizações que não efetuaram o pagamento e não possuem boleto, podemfazer o pagamento ato do credenciamento em moeda brasileira (real).3) Contribua para o fundo de solidariedadePensando na participação de grupos e organizações detodo o mundo foi criado um Fundo de Solidariedade, que visa garantir avinda dessas delegações a Belém.O Fundo é financiado por organizações internacionaise nacionais e tem como objetivo auxiliar a participação equilibradadas entidades, de acordo com as prioridades decididas na últimareunião do CI (Conselho Internacional) , como os povos indígenas etradicionais, e em seguida, de organizações e entidades de países quehistoricamente não faziam parte do processo Fórum, mas que desde o Diade Ação Global em janeiro de 2008, passaram a participar.Todos os participantes do FSM estão convidados aefetuar doações e, assim, contribuir para ampliar ao máximo o carátermundial do FSM 2009 no site.Visite o linkhttps://vpos. bancaetica. com/wsf2009? language= IT&campagna= ITD econtribua.4) Participação indígena será a maior da história do FSMEm 2009 a mobilização indígena será a maior dahistória do Fórum Social Mundial. Belém será o destino de cerca de 3mil índios e índias de todo o mundo que irão debater sobre a realidadedos indigenas do mundo e pedir apoio de toda humanidade para lançaruma campanha em defesa do planetaCerca de 27% do território amazônico, formado pelosnove países da Pan Amazônia, é ocupado por terras indígenas e 10% detoda a população da América Latina, o equivalente a 44 milhões depessoas, é composta por 522 povos tradicionais de diferentes etnias.São crianças e adultos protagonistas de uma luta de resistência e quesofrem perdas irreversíveis provocadas pelo capitalismo neoliberalpredatório, impulsionado pela expansão das atividades de empresasmultinacionais - mineradoras, petrolíferas, hidrelétricas,madeireiras, sojeiras, entre outras - , sobre as reservas indígenas.Essa realidade, assim com a campanha mundial emdefesa do planeta, está na agenda dos indígenas durante a 9a edição doFórum Social Mundial, que será realizado de 27 de janeiro a 1ºfevereiro, na Universidade Federal do Pará (UFPA) e UniversidadeFederal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém, Pará, Brasil.5) Programação de Belém ExpandidaMais de 30 cidades ao redor do planeta realizarãoatividades descentralizadas durante o Fórum Social Mundial 2009. Oprograma de atividades de Belém Expandida já está disponível. Visite olink: http://openfsm. net/projects/ fsm2009intercone xoes/belexworldp rogram-enDiversas atividades descentralizadas também estarãoconectadas através de videochat e conversas por áudio e texto, queacontecerão no espaço de Belém Expandida no território do FSM duranteos dias do Fórum (em Belém, o espaço de conexões será em salas daFACOM, na UFPA). Veja o programa das conexões emhttp://openfsm. net/projects/ fsm2009intercone xoes/project- home .6) Mais um espaço para o AcampamentoIntercontinental da JuventudeO AIJ terá dois espaços centrais: a UFRA -Universidade Federal Rural da Amazônia (acampamento) e a UEPA -Universidade Estadual do Pará (alojamento) . Todas as atividadesautogestionadas do AIJ Belém serão realizadas na UFRA, que possui maisde 26 espaços (tendas e salas) destinados ao acampamento para arealização de cerca de 180 atividades políticas e culturais jáinscritas.O novo alojamento na UEPA conta com espaços cobertospara barracas, ginásio para colchonetes, banheiros, vestiários comchuveiros, bebedouros, restaurantes próximos, telecentro, entre outrasfacilidades, além de linhas de ônibus que permitem o rápido acesso aoterritório do FSM (composto pelo Núcleo Pedagógico Integrado - NPI,UFPA e UFRA).As vagas na UEPA são limitadas, portanto, asdelegações e pessoas que têm interesse em ficar no alojamento deverãoproceder da seguinte maneira:1) Realizar sua inscrição no AIJ através do link:http://sistemas. pa.gov.br/ acampamentojuven tude/?do= Main.acampado_ form2) Enviar email paraacomodacao@fsm2009a mazonia.org. br com as seguintes informações: nocampo assunto coloque ALOJAMENTO UEPA; no corpo do texto o número desua inscrição no AIJ e nome completo.As inscrições do AIJ (acampamento / alojamento)custam R$ 15,00 e asseguram a participação nas atividades do FSM. Opagamento deve ser efetuado conforme as orientações dadas no processode inscrição. Guarde o comprovante e apresente-o no momento docredenciamento do AIJ.Para maiores informações, acesse o sítio:www.fsm2009amazonia .org.brUEPAEndereço: Av. João Paulo II, nº 817Bairro: MarcoReferência - entre Rua Vileta e Rua TimbóESTE BOLETIM É APENAS INFORMATIVO. POR FAVOR,NÃO RESPONDA A ESTA MENSAGEMBoletim FSMPara receber o boletim FSM, escreva paragerente(em)forumsoc ialmundial. org.br com a palavra INSCRIÇÃO no campo"assunto" do email.Para cancelar o recebimento do boletim, envieum e-mail a gerente(em)forumsoc ialmundial. org.br com a palavraCANCELAMENTO no campo "assunto".Escritório FSM - BrasilEndereço: Rua General Jardim, 660, 7º andar,São Paulo - SP- Brasil, Cep: 01223-010email: escritorio(em) forumsocialmundi al.org.brSite: www.forumsocialmund ial.org.brEscritório FSM 2009 - Belém (PA) - BrasilEndereço: Rua Presidente Pernambuco S/N(Prédio da Ouvidoria do Estado - Fundos), Cep 66823-010email: escritorio(em) fsm2009amazonia. org.brTelefone: (91) 3230-2326Site: www.fsm2009amazonia .org.br-- Atenciosamente,
FABRICIO OLIVEIRA GOMESDiretor do DCE / UFPAFone: (91) 81809667MSN: fabricioexnel@ hotmail.comBlog: http://www.gomesfab ricio.blogspot. com/Site: www.hploco.com/ romperodiaparaOrkut: http://www.orkut. com/Profile. aspx?uid= 8233901381700250 575

TESE DA JUVENTUDE REVOLUCIONÁRIA

A TESE DA JUVENTUDE REVOLUCIONÁRIA NO CONEB PODE SER OBTIDA AQUI:


WWW.REVOLUCAO.ORG

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6000 textos on-line sobre América Latina / 6000 texts on-line on Latin America

6000 textos on-line sobre América Latina / 6000 texts on-line on Latin America

Estimado(a) colega,
Tenemos el agrado de informarle que la biblioteca virtual de Plataforma Democrática llegó a la cifra de 6.000 textos sobre temas relacionados con la democracia en América Latina. Todos los textos están disponibles para acceso gratuito en el siguiente vínculo:
www.plataformademocratica.org/BuscaPublicacoes.aspx. Son textos producidos por Plataforma Democrática, sus instituciones asociadas y por diversos centros de investigaciones latinoamericanos.
Contamos con vuestro apoyo para expandir nuestra base de datos sobre centros de investigación (
www.plataformademocratica.org/CentrosPesquisadores.aspx) y esperamos que la biblioteca le sea útil.
Cordialmente,
Bernardo Sorj / Sergio Fausto
Directores
Plataforma Democrática
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Dear colleague,
We are pleased to announce that Plataforma Democratica’s virtual library has reached the mark of 6,000 texts on issues related to democracy in Latin America. All the articles and books were produced either by Plataforma Democrática or by its associated institutions and other Latin-American research centers. They can be freely downloaded at
www.plataformademocratica.org/English/BuscaPublicacoes.aspx
We would like to count with your support to expand our database on research centers (www.plataformademocratica.org/English/CentrosPesquisadores.aspx) and hope you find the library useful.
Best regards,
Bernardo Sorj / Sergio Fausto
Directors
Plataforma Democrática
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Caro(a) colega,
Temos a satisfação de lhe informar que a biblioteca virtual de Plataforma Democrática chegou à marca de 6.000 textos sobre temas relacionados com a democracia na América Latina. Todos os textos estão disponíveis para acesso gratuito no seguinte link:
http://www.plataformademocratica.org/Portugues/BuscaPublicacoes.aspx
São textos produzidos tanto por Plataforma Democrática como suas instituições associadas e centros de pesquisa latinoamericanos.
Contamos com seu apoio, expandido nossa base de dados sobre centros de pesquisa (
http://www.plataformademocratica.org/Portugues/CentrosPesquisadores.aspx) e esperamos que a biblioteca lhe seja útil.
Cordialmente,
Bernardo Sorj / Sergio Fausto
Diretores
Plataforma Democrática

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Revolução Cubana: 50 anos de independência e democracia para os trabalhadores!

FONTE: LISTA DE E-MAILS


Revolução Cubana: 50 anos de independência e democracia para os trabalhadores!


Quando raiou o dia primeiro de janeiro de 1959, há cinqüenta anos, o povo cubano, ao fazer a saudação de Feliz Ano Novo, não estava expressando apenas um desejo ou cumprindo uma formalidade. Começava de fato uma nova era, com o triunfo da Revolução. O Exército rebelde ainda não chegara a Havana, mas o ditador Fulgencio Batista e seus lacaios já haviam fugido. “Durante três dias a capital ficou sem governo, mas não houve violência nem atos de vingança na cidade, apenas alegria, passeatas e cantos que vararam a noite. Os cubanos seguiram à risca os apelos transmitidos por Fidel Castro no sentido de não fazerem justiça com as próprias mãos”. 1
No dia dois de janeiro, Che Guevara e Camilo Cienfuegos entraram em Havana à frente das tropas revolucionárias, saudados por uma multidão em festa, “banhados em suor camponês, com um horizonte de montanhas e nuvens, sob o sol ardente da ilha”. 2 No mesmo dia, “cercada por uma explosão de alegria popular", 3 outra coluna do Exército Rebelde chegou a Santiago de Cuba. À sua frente, o comandante-em-chefe Fidel Castro e seu irmão Raúl. Fidel, simbolicamente, ocupou o quartel de Moncada e proclamou: “Esta guerra foi vencida pelo povo. A revolução cubana começa agora. Será uma empreitada difícil, cheia de perigos. Não será como em 1898, quando os norte-americanos vieram e se apossaram do nosso país, como se fossem os donos. Tenho certeza de que, pela primeira vez, o povo será inteiramente livre”. 4
Pela primeira vez, a liberdade
Como toda a América Latina, à exceção do Brasil e das Guianas, Cuba fora dominada pelos invasores espanhóis. Seu povo nunca se acomodou, e no processo de lutas de libertação gerou líderes do quilate de José Martí, combatente, poeta e filósofo. Martí veio do exílio na Espanha e Estados Unidos, em 1895, para comandar a guerra de libertação nacional, e, no mesmo ano, foi morto em combate já em plena guerra. Interessada em apossar-se da Ilha, a burguesia norte-americana passou a “ajudar” os cubanos na luta contra os espanhóis, finalmente expulsos em 1898. Foi proclamada a independência de Cuba, mas na verdade os EUA dominaram-na economicamente, tornando-a uma espécie de quintal da Casa Branca onde implantaram cassinos e casas de prostituição, adquiriram as melhores terras e indústrias. Em seus planos estava a anexação formal da Ilha.
Sessenta e um anos depois do desembarque de Martí, num roteiro muito semelhante, um seguidor e líder da mesma têmpera que o Apóstolo da Independência também desembarcou clandestinamente no território cubano. Procedia do México, para onde fora exilado após sair da prisão, sentenciado em razão do ataque ao quartel de Moncada, em 1953, quando 80 militantes do Movimento que viria a se chamar 26 de Julho em homenagem ao ato rebelde ocorrido naquela data sacrificaram a vida para que todos os cubanos pudessem viver livremente.
Fidel Castro desembarcou na Costa Oriental, no fim de 1956, juntamente com 81 companheiros, num ponto distante do previsto e com dois dias de atraso, tendo em vista problemas na travessia marítima. “Não foi um desembarque, foi um naufrágio”, lembrava Che Guevara, um dos expedicionários. Com o atraso do Granma, o plano traçado para o início da luta em Sierra Maestra, com levantes articulados em todo o país, literalmente foi por água abaixo. Isolados do Movimento, os expedicionários foram atacados pelas forças armadas da ditadura, por terra, mar e ar. Dispersos, somente 12 guerrilheiros conseguiram sobreviver e reagrupar-se. Quando se reencontraram, dias depois, Fidel, embora lamentando a morte da maioria dos companheiros, exclamou: “Eis a vanguarda do Exército Rebelde. A vitória é certa”.5 Não era um simples ato de fé. O comandante conhecia profundamente o povo cubano ? sua ânsia e disposição de lutar por independência, liberdade, terra e trabalho. Sabia que o núcleo rebelde conseguiria facilmente a adesão dos camponeses e dos trabalhadores das cidades. A certeza de que aqueles 12 guerrilheiros se transformariam em milhares de homens e mulheres em pouco tempo tinha base na realidade e não apenas no seu ideal revolucionário. Assim, em apenas dois anos de guerra revolucionária concretizou-se a sua profecia.
As grandes conquistas da Revolução
A primeira grande conquista foi a reforma agrária, a base sobre a qual se edificou a nova Cuba. A terra para quem nela trabalha. A implementação dessa bandeira implicou a desapropriação dos latifúndios e das grandes empresas agroindustriais, a maioria pertencente a norte-americanos. A Revolução teve de enfrentar o imperialismo, que articulou uma invasão pela Baía dos Porcos, em abril de 1961, e foi fragorosamente derrotado pelo povo armado: operários, camponeses, estudantes e soldados. Ficou claro para o povo que as mudanças necessárias não se daria nos marcos do capitalismo. A liderança proclamou o caráter socialista da Revolução, e o povo cubano conquistou a sua verdadeira independência. Imediatamente os EUA decretaram o bloqueio econômico. O povo cubano compensou essa medida, estabelecendo relações comerciais de novo tipo com o bloco socialista, passando a integrar o Conselho de Assistência Econômica Mútua (Came).
Com a reforma agrária e a socialização da indústria, dos bancos e do comércio, o Estado pôde investir em educação, saúde, enfim no atendimento das necessidades fundamentais do povo, pondo fim ao analfabetismo, à mortalidade infantil, ao desemprego e à prostituição. Cuba construiu sistemas de educação e de saúde que são referenciais no mundo inteiro.
Nestes 50 anos, o povo cubano sofreu muito com as conseqüências do bloqueio genocida do imperialismo norte-americano, mas suportou firme e está se recuperando sem ceder nenhuma de suas grandes conquistas sociais, nem um ponto de sua independência política. O imperialismo pretendeu isolar Cuba, mas ele é que está isolado, com o repúdio dos povos de todas as nações ao bloqueio.
Um povo solidário
A solidariedade é também uma marca da Revolução cubana. Mesmo passando por tantas dificuldades, os cubanos nunca deixaram de ajudar os povos sofridos do Terceiro Mundo. Mais de 380 mil cubanos estiveram na África, de armas nas mãos, defendendo a independência de Angola, Moçambique, Namíbia e Congo. Milhares de médicos e professores foram ajudar esses e outros povos como a Venezuela e a Bolívia a construir sua educação, sua saúde. Em todas as intempéries ocorridas na América Central ou na América do Sul, como furacões, terremotos, chuvas, lá estão os profissionais cubanos ajudando a salvar vidas. E tudo isso sem nenhuma vantagem financeira. Apenas “movidos por grandes sentimentos de amor”, característica dos revolucionários, como disse Che Guevara, e ele próprio deu o exemplo, deixando o cargo de ministro de Cuba, para lutar ao lado do povo boliviano. Ou como diz o poeta e músico Silvio Rodríguez, na canção Por quem merece amor: “Nosso amor não é amor de mercado. Esse amor tão sagrado não se tem pra trocar... é amor de humanidade... o mais apaixonado pelo injustiçado, pelo mais sofredor... é como a primavera; não aceita fronteiras, não escolhe jardim”.
Por tudo isso é que celebramos os 50 anos da Revolução Cubana. Uma revolução, que apesar de alguns recuos, continua sendo um exemplo de firmeza, de perseverança, de honra e dignidade e estará sempre viva na memória e na luta dos povos oprimidos e explorados do mundo inteiro.
Comitê Central do Partido Comunista Revolucionário - Brasil