segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Radiografia dos movimentos juvenis

FONTE: http://www.folhape.com.br/folhape/materia.asp?data_edicao=29/12/2008&mat=126442

Reprodução
29/12/2008
Radiografia dos movimentos juvenis
Obra analisa e narra acontecimentos da atualidade


ROSÁLIA VASCONSELOS
Quem deu, pelo menos, uma rápida folheada nas muitas publicações deste ano, pôde perceber que muitas delas tratavam sobre o memorável ano de 1968, marcado por diversas manifestações, no Brasil e no mundo, com participação ativa dos estudantes. Uma década que, sem dúvidas, os jovens determinaram intensas transformações políticas, culturais e comportamentais, e, acima disso, puderam mostrar o poder e a força que a juventude tem. A maioria dessas publicações, contudo, preferiram ficar na superficialidade dos fatos, e, ao invés de trazer comparações profundas e bem embasadas sobre a juventude do século XX e XXI, optaram por cair em afirmações clichês, que argumentavam a alienação da geração consumista desta nova década. Mas, ao contrário desses textos, o livro “Movimentos Estudantis na Contemporaneidade”, organizado por Luís Antonio Groppo, Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz Machado, analisa e narra acontecimentos da atualidade, mostrando que a participação juvenil, hoje, é muito maior do que se possa imaginar.
A obra é uma coletânea, composta por dez artigos, escritos por vários pesquisadores brasileiros, entre eles Valéria Silva e Marcos Ribeiro Mesquita. Os capítulos contemplam diversos períodos da história, em que as manifestações estudantis se fizeram mais presentes e atuantes. Mais do que isso. O livro não aborda apenas a atuação de movimentos específicos, traz exemplos bem mais contemporâneos. “Oferecemos reflexões historiográficas mais amplas e abertas, debatendo sobre os elementos míticos e simbólicos presentes nos movimentos estudantis, bem como sobre as possibilidades sócio-políticas transformadoras contidas nas atuais juventudes brasileiras”, explicam os organizadores do livro na Introdução, sobre a proposta da obra.
Além dos já citados, o livro ainda faz um mapeamento sobre a organização estudantil na década de 1990 e suas diversas formas de atuação, reflexões e análises, além de ações coletivas juvenis na atualidade. Tudo através de uma leitura agradável, e uma linguagem longe de ser a acadêmica.
Talvez, o que ele queira dizer é que, em termos de luta armada, não se pode comparar movimentos de épocas, porque as manifestações, hoje, têm uma outra perspectiva, se comparadas, por exemplo, com os movimentos de 1968 ou do Impeachment. Se antes os protestos tinham como finalidade maior a obtenção de direitos, nesta década eles acontecem mais pela afirmação e distribuição igualitária desses direitos. Uma leitura essencial para quem ainda acredita na força e na atuação dessa juventude.
Serviço“Movimentos Estudantis na Contemporaneidade”, organizado por Luís Antonio Groppo, Michel Zaidan Filho e Otávio Luiz MachadoEditora Universitária UFPE204 páginas

Um comentário:

Anônimo disse...

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